Quarta-feira, 28 de Abril de 2010
"Temendo a falência do país mais pobre
da Europa Ocidental, os investidores
fugiram em massa dos títulos portugueses",
escreve o Financial Times, dizendo ainda
que a dívida coloca a bandeira portuguesa
"a meia haste."
(in site do Diário Económico)
Mostrando uma fotografia da estação de
comboios do Rossio, no dia da greve, o New
York Times escreve que "ambos os Governos
[Portugal e Grécia] estão a ser confrontados
com protestos de trabalhadores, que têm pela
frente um futuro cheio de incertezas" .
"(in site do Diário Económico)
Escrevi antes e logo após as eleições do ano passado que Portugal só tinha uma solução Um Governo de Salvação Nacional.
De então para cá algumas oposições limitaram-se a alimentar o país não de soluções para a crise mas sim de fait-divers de baixo calibre e moral que se limitam a incentivar o vivermos todos neste estado, burguês, no mais que mau sentido desta palavra que já foi revolucionária, de os ricos que paguem a crise.
Não pagam nunca, não irão pagar e mesmo que pagassem não resolviam o problema de uma economia que desde 1986 viveu para a autodestruição das suas potencialidades e para o novo riquismo.
Uma coisa é exigir que haja moral e que não se sustentem cidadãos a pão de ló de 4000 euros dia, outra coisa é fazer acreditar que pôr fim a tal resolve seja o que for da crise em Portugal.
Não resolve.
Hoje está, nos mercados internacionais, mais que claro o que é que os meios da alta finança americana querem acabar com esta experiencia linda que foi o Euro!
A Europa não tem razões para imaginar que os EUA a iriam deixar ser, de novo, uma super potencia.
Tem, a Europa, a União Europeia, demasiado potencial para tal, em mercado, em recursos, naturais e financeiros, em Organização e em knowhow, para que possa sobreviver, acham os da alta finança de Nova Iorque, (vale começar a escrever assim os nomes
)
A RP da China sim vale a pena tem mercado, não tem organização, nem tem know how que a sustente enquanto superpotência a temer.
Por enquanto.
Porque põe na ordem a Ásia.
A Rússia sim vale a pena - tem mercado, não tem organização, o know how é ainda insuficiente para que seja uma superpotência a temer.
Por enquanto.
Porque pode pôr, agora sem problemas ideológicos, do Atlântico aos Urais, islâmicos incluídos, este gente na ordem.
Ficarão, as potencias médias a Alemanha, a França, a colónia americana que é a Grã Bretanha, a Espanha, na Europa, na América Latina o Brasil, na Ásia o Japão.
Úteis mercados, úteis para o controlo regional.
Não escrevo isto por anti americanismo.
Fui e não me importei de ser um freedomfighter.
Porque havia que lutar pela Liberdade!
Escrevo-o porque existem os EUA e os EUA!
Os EUA que, como Stigltz entendem que já não é possíevl controlar o mundo como outrora e os EUA que como os da alta finança continuam a achar que sim que não só é possível como é necessário, sendo certo que Obama será um fenómeno passageiro.
Para eles.
Portugal, como a Grécia, como a Islândia, como a Irlanda, são meros peões para fazer abater a União Europeia e o Euro.
Por cá alguns andam a brincar com o fogo.
Vejam a noticia americana sobre a greve dos transportes, que foi, todos o sabemos, um fracasso.
Virou o fim do mundo e felizmente não existem em Portugal os anarquistas que existem na Grécia, para dar mais credibilidade à noticia!
Mas aparecerão não duvidem.
Pagos por estes da alta finança nova iorquina.
Felizmente existem Sócrates e Passos Coelho.
Parabéns aos dois.
E deixemo-nos de fingimento.
A CPLP está aí, a União Europeia ainda existe, o Euro ainda não morreu.
Há que ultrapassar esta crise, em Portugal e na CPLP.
Há que ultrapassar esta limitação que é a tentação existente na Alemanha, que a leva a pensar preferir regressar ao marco e a matar o Euro.
E há que acabar com os fait divers, pensar num governo de Salvação Nacional e encontrar as soluções necessárias para travar os ímpetos destrutivos que vemos existirem nos EUA, na sula alta finança.