Quinta-feira, 31 de Março de 2011

Um Apelo ao PR !

Hoje, logo por azar, só pude, de manhã, enviar emails pelo tlm! Logo hoje que se justificava um texto com um Apelo ao PR, apelo inútil eu sei, mas apelo necessário e de divulgação massiva, porque o PR pode ainda emendar a mão deste incrível erro da AR, imposto pela espúria coligação, esta neo direita PSD PCP CDS BE, que entregou o pais as mãos das agencias de notação e do FMI. Podiamos ter uma Esquerda Não Pagamos, como a Islandia, mas Não, surgiu-nos uma Esquerda que está vendida ao FMI e à alta finança, por meras razoes eleitoralistas. Por isso falo nesta nova direita. Na verdade, poderia Nao concordar com o modelo da Esquerda Islandesa, mas trata se de um modelo respeitável, pois na verdade, aí temos Esquerda, porque, com ou sem erro, quem está posta em causa, é a alta finança e os terroristas das actuais agencias de notação. Na Islandia, a Esquerda recusa pagar um abuso de gestão da banca, mas procura também recusar o modelo FMI. Em Portugal, o PCP e o BE limitaram se a ceder ao PSD a oportunidade de entregar o pais ao FMI, eis a diferença, e eis porque insisto em falar nesta nova direita. Ora, como o eleitorado votou PCP e BE, olhando para eles como partidos do leque político da Esquerda, cabe ao PR pôr ordem no sistema e travar este louco caminho para o suicídio, vivido na AR, pondo-a de novo num bom caminho, sem o desperdício de cerca de dois meses, a pagar juros em alta dado o facto de se ter impedido o PEC IV, e com umas eleições antecipadas que custam dinheiro ao pais. O PR pode e deve recusar o pedido de demissão do primeiro ministro, e pode e deve retomar a função da promoção do dialogo inter partidário. Eis o que se exige, na minha opinião, dele. Porque há que acreditar que, depois do vivido nestes últimos dias, este violento e assassino ataque das agencias de notação ao Estado português e a empresas portuguesas, ficou mais que provado que a rejeição do PEC IV foi um gravíssimo erro. Erro que se Não se trava fica sem solução e onde só estaremos todos a pagar, mais e mais juros ! Havendo essa possibilidade, há que procurar concretizá-la poupando o pais a uma autentica desgraça. E Não duvidem, a Não nos pouparmos a esta desgraça, pagaremos todos muito. A começar precisamente por aqueles que esta aliança espúria quis representar corporativamente - os funcionários públicos professores incluídos, os desempregados e os pensionistas, pois sobre eles cairá o desemprego e a redução até ao zero, do apoio social do Estado. Somente.
publicado por JoffreJustino às 15:34
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Terça-feira, 29 de Março de 2011

Esta Nova Direita Está Feliz! Pôs o País No Charco! E Agora Que As Agências De Rating/Notação Até Já Atacam O Banco Onde Está A Tua Conta, Já Assinas A Petição Pela Regulamentação das Agencias De Notação em http://www.peticaopublica.com/?

Porque escrevo Nova Direita? Porque nela tenho, estou forçado a fazê-lo, de incluir o PCP e o BE, pelo menos até que eles reconheçam o gravíssimo erro de sectarismo que os levou a alinhar com o CDS e o PSD na ideia de pôr o país nas mãos do FMI. Na verdade não basta ter discursos “muito alinhadinhos e muito de Esquerda”, pois como já dizia o velho Marx a prática é o critério de verdade e, na prática entregar como o PCP e o BE fizeram na Assembleia da República o país ao FMI, votando pelo FMI juntamente com o PSD e o BE é ficar colado à Direita mais neo liberal de sempre. Aliás, quem viu o Fazenda, feito mestre escola do antigo regime, a explicar nem se percebeu o quê, com aquele ar, a uma personalidade do PSD (que só recordou a Fazenda o mau exemplo da sua única governação em Salvaterra para o calar), entende bem o que escrevo. Na verdade, em consequência daquela reaccionária votação na Assembleia da República, estamos com os juros da dívida acima dos 8% e as Agências de Notação ficaram com argumentos para atacarem o sistema bancário português, enfim todo o sistema empresarial. Claro que podemos seguir a via Islandesa – Não Pagamos! Poder podemos, mas estaremos capazes de resistir sem televisões a cabo, sem telemóveis, sem Nikes, sem automóveis, com pelo menos metade dos produtos alimentares que diariamente nos habituamos a usar, durante o tempo suficiente para fazer vergar o FMI, (que já está e sem resultados na Islândia também), as Agencias de Notação e todas e todos os que apostando em Portugal foram comprando a nossa divida? Porque essa está a ser a estratégia da Islândia, isto é dos Islandeses… Claro que no silencio desta direitista comunicação social portuguesa. Enfim, neo direitista. A via do governo do PS, do governo de Sócrates estava a ser bem mais eficaz e a gerar bem menos sacrifício, negociar, negociar permanentemente, mas teimar o essencial – com o FMI Não! E esteve o país a um milímetro de ter o seu problema resolvido, não fora a espúria aliança CDS, PSD, PCP, BE, na Assembleia da República. Aliança que quer vergar-nos ao peso do FMI, e que segue a linha da redução a todo o custo da Despesa Pública, do desemprego dos funcionários públicos, da redução do investimento no Ensino, na Saúde, de vez. Professores, professores, porque acham que esta espúria aliança eliminou a Avaliação de Desempenho? Porque boa parte de vocês, estarão, com esta espúria aliança, no Desemprego A bem do FMI que os vossos representantes tanto desejam. Pois a solução agora ou é a Presidência da República recuar e forçar a Assembleia da República a recuar, ou é uma votação maioritária no PS. São ambas soluções plausíveis face à asneira. Ao que acrescento a urgente necessidade de termos uma Petição Pela Regulamentação das Agencias de Notação massivamente apoiada. Qualquer outra solução significa o alimentar-se o erro, o caminho para o suicídio. Ou, claro, o caminho da Islândia. Se tivermos coragem para tal e se aceitarmos penalizar que nos ajudou – os que nos foram emprestando dinheirinho que nos permitiu ir vivendo. E, para ajudar um pouco a entender o que é a Globalização, o que parece que esta Nova Direita não quer ver, não quer entender, de maneira a autojustificar-se, segue o endereço abaixo para verem um videoclip bem curioso, http://www.youtube.com/watch?v=QiY8QB1fNAY Joffre Justino
publicado por JoffreJustino às 12:15
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Segunda-feira, 28 de Março de 2011

Dizer, Inteligentemente, Que Não !

http://www.peticaopublica.com/?pi=P2011N6501 A Islândia, em dois referendos, disse Não ao pagamento da tremenda divida, que terá de ser paga por todos, mas que fora feita por uns poucos, no caso um banco, privado, o ICESAVE. Está a Islândia, que nestes tempos viu os seus cidadãos perderem 30% do seu Poder de Compra, e que se encontra em total estado de falência, em conflito internacional com interesses holandeses e britânicos, e assim, a pôr, de certa forma, em causa, o sistema financeiro desses dois países . No entanto, há que reconhecer que os Islandeses, com estas atitudes, estão também a mostrar que o sistema financeiro mundial tem de ser definitivamente regulado e que estas veleidades da livre circulação financeira sem qualquer regulação não pode continuar! Na verdade, o FMI, que já se instalou na islândia, em nada resolveu a situação catastrófica do mesmo, alimentando pelo contrário a instabilidade social e política e tão somente. Tal qual temos dito, nós os que avançamos com a Petição Pela Regulamentação das Agências de Notação, http://www.peticaopublica.com/?pi=P2011N6501 , (já com 554 assinaturas!) nem o FMI nem estas ultimas, resolveram, na Islândia também, absolutamente nada. Há pois que regulamentar este sistema financeiro mundial, há que o pôr sob as orientações dos Estados e das Instâncias Internacionais, e, assim, há também que Regulamentar as Agencias de Notação! Como há que assumir que Portugal, com o primeiro ministro Sócrates e o ministro das Finanças a gerirem milímetro a milímetro a divida portuguesa, estava no bom caminho ao teimarem em Não Ceder às pesporrencias dos que nos querem empurrar para as mãos do FMI – isto é as Oposições todas CDS, PSD, PCP e BE ! Sócrates tinha seguido o caminho de dizer, inteligentemente, que o caminho FMI teria o Não português e os resultados estavam visíveis no PEC IV e na sua aceitação na União Europeia. Duro conjunto de medidas é certo, mas que permitiam que se mantivesse a autonomia decisória em Portugal e se mantivessem, nos limites da divida externa, um Estado Social, e um Desemprego doloroso mas controlado e não o que se vive na China ou em Cuba que acabou de enviar 500 000 funcionários públicos para o Desemprego, sem contar com os que já lá estavam! Note-se que o Desemprego resulta, basta ver o que sucede na Industria das Madeiras, hoje noticia, do mercado perdido, em consequência da concorrência desleal de “países sem regra como a China e outros”, e, também claro, de um Mercado desregulado, como os próprios empresários acentuam. Infelizmente, a aliança dos que, mesmo que por razões diferentes, (nenhuma delas saudável), nos querem amarrar à escravatura FMI, com a decisão tomada na Assembleia da República, levou a este impasse, a este envergonhar de Portugal na Europa e no Mundo, já aproveitado claro por essas agencias de notação, que já começaram a classificar, em baixa claro, também empresas portuguesas, para as tornar mais frágeis, mais baratas! Essa aliança espúria, juntando a Direita e os partidos minoritários da Esquerda, que não escapam à acusação de serem meras muletas da Direita, mostra como o ódio que os empurrou a este não ao PEC IV, nos está a empurrar para um precipício. Precipício que significa como já referi, despedimentos à chinesa e à cubana, na Administração Publica, aumentos no IVA, que o PSD se encarregou de divulgar, com forte impacto negativo no Consumo, tudo gerando um economia em queda, mais falências e mais desemprego, num verdadeiro tsunami económico. E tudo isto quando a Europa começa a acordar, a pôr em causa o neo liberalismo dominante, com as vitórias socialistas na Alemanha e na França, e quando se vislumbrava uma solução europeia onde a participação portuguesa, de Sócrates, e a sua persistente recusa em aceitar a solução FMI, foi essencial. O que deveria orgulhar o pais, esta negociação de Sócrates, travada pela votação parlamentar que gerou o chumbo do PEC IV, foi transformado, por causa da vertigem pelo poder, nesta crise ridícula que nos envergonha! Há que pôr travão a este caminho suicida! Há que repor o bom senso. E só existem dois caminhos. Um é o Presidente da República recusar o pedido de demissão, e impôr aos partidos da oposicao o bom senso de uma negociação para o PEC, em nome da salvação do país. O outro é derrotar, nas mais que previsíveis eleições antecipadas, absolutamente, a espúria coligação existente na AR. Porque visivelmente a sede de poder tem de ter limites e necessita de ser castigada. Na verdade, o bom senso mostrava que se deveria esperar os dois anos que esta legislatura ainda tinha e, de seguida, com a crise controlada, vivermos calmamente um natural período eleitoral. Ninguém, mas mesmo ninguém, entende que políticos experientes Nao saibam que uma negociação, como a que Portugal desenvolvia no contexto europeu, tem de ser discreta e muitas vezes até, secreta. Pelo que os argumentos surgidos na AR são ridículos e demonstram somente uma cega vontade de poder. Vontade essa que por ser cega tem de ser travada. Como disse por via de ou uma negociação imposta, ou por via da derrota absoluta de quem nos empurrou para esta desgraça! E não me venham dizer que isto é propaganda, porque goste-se ou não, é somente bom senso!
publicado por JoffreJustino às 15:57
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Quinta-feira, 24 de Março de 2011

Definitivamente! Os deusinhos estão loucos! (…Ou o Burguês Ódio ao Povo!)

"Temos de abandonar a mentalidade de vítimas que adoptámos há tanto tempo: a noção de que alguém nos deve algo. Temos de acabar com as lamúrias e deixar de pedir esmolas ao resto do mundo". Para Chika Onyeani, "temos que reconhecer e aprender com os brancos e com os asiáticos o que é necessário fazer para se conseguir sucesso" in, email recebido, sobre o livro PRETO CAPITALISTA, um livro do nigeriano, negro claro, Chika Onyean Não, não vou falar de África. A não ser de uma pequena parte dela, a que está no nosso sangue, aquela de que nos devíamos orgulhar, porque é prova inesquecível da nossa capacidade e vontade em termos feito a 1ª Globalização. Facto que alguns fazem por esquecer, como fazem por esquecer a multivariedade de sangues que existe no nosso sangue “português”, a que eu prefiro denominar de “imperial português”, precisamente para não me misturar, eu luso angolano nascido em Nampula Moçambique, com o que por aí anda. Recordo que o titulo do texto o fui buscar a um dos mais divertidos filmes do século XX, que relata uma hilariante história em volta de uma garrafa de COCA COLA, que prova precisamente que, estranhamente, os Deuses, sempre bons e acertados, viraram loucos. Passado claro ali pelas Áfricas… Os “portugueses”, ou “imperial portugueses”, correspondem ao conceito que leva Camões a divergir entre os Velhos do Restelo, os que se opunham à Globalização, e os outros, os que a praticavam, alinhando com estes últimos. Enfim, entre os que acreditavam que havia um espaço próprio para Portugal, os imperial portugueses, tal qual o recorda Fernando Pessoa que lembra que a sua Pátria é a Língua Portuguesa, e os que achavam que este país deve atirar a toalha ao tapete e render-se. Era bem estreita a via que relacionava mais uma vez Portugal com o Mundo, num contexto pós imperial, entre a CPLP, as comunidades de expressão portuguesa espalhadas pelo Mundo, (daí o papel do sr Chavez…), e a União Europeia. Parece que esta via está derrotada. A via da gestão dos investimentos no exterior e do exterior para Portugal, (e não falo somente dos investimentos angolanos, que ainda bem que existem, pois prefiro recordar o gesto solidário, que mostra que há “outro mundo” ainda, de Ramos Horta, Presidente de Timor Leste), a via da economia global, ou das “exportações”, a via da percepção de uma autonomia relativa, difícil, mas concretizável, é a via que parece derrotada, hoje, 24 de Março de 2011. Porque temos uma História, imperial, de 8 séculos e somos caso único, mas dela estamos esquecidos. Bem, estamos claramente a deixar de ser autónomos. Somos cada vez mais Boliqueime, e cada vez menos Goa. E um Boliqueime feito de pequenos ódios, à Manuela Ferreira Leite, e não de grandes solidariedades à Ramos Horta. Cito a ultima declaração de José Sócrates, onde assume que lutou por“ proteger o país da necessidade de recorrer a um programa de ajuda externa para que Portugal não ficasse na situação da Grécia e da Irlanda”, luta que culminava neste PEC IV e na vitória que se adivinhava na próxima negociação europeia e que manteria o sonho de uma autonomia relativa neste Mundo Global agora à americana, amanhã à chinesa. A visão conservadora do mundo, o velho restelismo, não desejava que tal sucedesse, porque odeia o trabalho que dá a autonomia relativa. E, recordo, o velho restelismo, visão bem reaccionária do Mundo, não é uma visão somente “de Direita”, pois há esquerda na Direita e o PCP e o BE resvalaram para o velho restelismo há já um bom tempo. Aliás não é de esperar com bernardinos e anacletos a dirigi-los… Ontem, a Assembleia da República destilava esse velho e burguês ódio ao Povo que levou no final do século XIX à espantosa evolução de um pequeno partido, o Republicano que se opôs, então, a esse ódio . O Povo que fez o Império, que construiu a mestiçagem e não a escravatura, que deu origem à comunicação social liberal, solta, do final do século XIX, no espaço africano português e aos partidos africanos do século XX e não ao salazarento colonialismo desse século, ( que para o Império terminou a 25 de Abril de 1974 quando deveria ter terminado em Abril de 1961 com Botelho Moniz a dirigir a Mudança de mentalidades no seio do Império). O Povo que se espalhou pelo Brasil, pela África do Sul, por Portugal, (dando-lhe um ânimo que já estava esquecido com a ditadura salazarenta), que trouxe o boé, a moamba, o Kuduro, o catembe, também para o antigo centro do Império, contra os velhos restelistas ditos europeus pensando-se brancos, mas de segunda e submissos aos europeus autênticos, as merkells. Ontem foi outra coisa. Foi a submissão aos partidos de direita europeus, às agências de notação, a uns ditos e fantasmagóricos mercados, por parte das bancadas do PSD, do CDS, do PCP e do BE. Fomos entregues ás mãos do FMI. Como convinha. Porque estávamos a ser demasiado autónomos o que era perigoso para esta noção europeia decadente e dominadora, de um centrismo vindo da visão fechada e continental, da Europa. Tão fechada quanto dependente dos interesses da alta finança, essa não europeia, sem rosto, a quem chamam de “os mercados”. Mas há ainda Resistência a fazer! Porque não queremos ser umas coitadinhas vitimas, mas sim Senhores do Nosso Destino! Os caminhos ficaram mais apertados? Eleições antecipadas pois! Querem-nas? Vamos a elas, com Sócrates! Porque, aí à frente, há mais Mar a Percorrer.
publicado por JoffreJustino às 10:26
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Quarta-feira, 23 de Março de 2011

Pobres dos Nossos Ricos….(…Mas Vamos Já Começar a Exigir Eleições Antecipadas, Já Antes Destas Eleições Antecipadas, Para Logo Depois das Mesmas…Certo?)

Pobres dos nossos ricos Mia Couto - Poeta Moçambicano POBRES DOS NOSSOS RICOS A maior desgraça de uma nação pobre é que em vez de produzir riqueza, produz ricos. Mas ricos sem riqueza. Na realidade, melhor seria chamá-los não de ricos mas de endinheirados. Rico é quem possui meios de produção. Rico é quem gera dinheiro e dá emprego. Endinheirado é quem simplesmente tem dinheiro, ou que pensa que tem. Porque, na realidade, o dinheiro é que o tem a ele. A verdade é esta: são demasiados pobres os nossos "ricos". Aquilo que têm, não detêm. Pior: aquilo que exibem como seu, é propriedade de outros. É produto de roubo e de negociatas. Não podem, porém, estes nossos endinheirados usufruir em tranquilidade de tudo quanto roubaram. Vivem na obsessão de poderem ser roubados. Necessitavam de forças policiais à altura. Mas forças policiais à altura acabariam por lançá-los a eles próprios na cadeia. Necessitavam de uma ordem social em que houvesse poucas razões para a criminalidade. Mas se eles enriqueceram foi graças a essa mesma desordem ... MIA COUTO Uma amiga minha na Internet, (espero que ela não se zangue em a tratar assim,…), enviou-me o texto acima de Mia Couto. Ora é evidente que Mia Couto, cidadão Moçambicano, escreveu, só pode, este texto a pensar em algo maior que Moçambique – ele escreveu, só pode, a pensar na CPLP e, muito em especial, nos PALOP e em Portugal. Estamos, sobretudo em Portugal, a ser alvo de um descabelado ataque ao Estado português. Todos o sabemos. As Agências de Notação, com o argumento de se reverem somente nas contas da conjuntura, isto é nos OE’s do ano, e sequente concretização, escamoteiam uma realidade que é inadmissível. Portugal, durante 48 anos, por razões inaceitáveis, foi abandonado à sua sorte pelos seus parceiros europeus e ocidentais, em especial a CEE e os EUA. Na verdade, estes parceiros, por razões estritas de interesse económico egoísta, sustentaram, mais ou menos veementemente, um regime totalitário que manteve o país e o Império num atraso incrível, se comparado com os países com níveis próximos de evolução a 1926. (Por isso nunca me espantei com o egoísmo da srª Merkell, a primeira a recusar as regras do rigor orçamental quando tal lhe deu jeito,…). O 25 de Abril foi um acto português e, no seu decurso, responsáveis políticos como o americano Kissinger, entendiam que Portugal seria mais um país a cair na alçada da União Soviética, sem qualquer possibilidade de tal não acontecer. Não aconteceu, contra Kissinger também e porque tivemos leaderes como Mário Soares, hoje tão unânime, (mas lembram-se o que dele se disse nas Oposições?). A adesão à CEE foi também um acto português, um dos feitos de Mário Soares, mas com uma negociação feita à Direita, por um governo com maioria absoluta, liderado por Cavaco Silva, e há que não esquecer o que aconteceu, antes e depois, com a Marinha Mercante, com as Pescas, com a Agricultura, com a Siderurgia, sectores hoje de nula influencia na economia portuguesa, por responsabilidade dessas más negociações. No percurso desta evolução, surgiram novos empresários, os empresários do pós 25 de Abril, (os 3 mais ricos do Portugal de hoje, são desse segmento), e, na verdade, com eles, Portugal tem introduzido muito pouco valor acrescentado nos bens e serviços da sua economia. Na verdade, estamos mais perante endinheirados que perante empresários, (que felizmente também os há), e o resultado não é brilhante – os tais precários, os salários mais baixos da Europa, o salário mínimo nacional mais baixo da Europa, uma qualificação escolar e profissional que é a mais baixa da Europa e um tecido empresarial dos mais frágeis da Europa. Porque temos endinheirados e não ricos como diz Mia Couto. Endinheirados que nem se importam com o seu país que em nada procuraram resolver a actual crise, para além de exigirem salários ainda mais baixos. E não falo dos ricos, dos empresários, que se têm esforçado por manter postos de trabalho e manter os salários que pagavam antes desta crise rebentar. Porque sabemos todos bastante bem onde têm acontecido os encerramentos de empresas e onde se exigem salários ainda mais baixos – nos sectores que enriqueceram com a União Europeia como a Construção Civil e Obras Públicas, ou a Distribuição, que agora fazem uma fuga em frente para “novos mercados”! E onde a fuga aos impostos foi e é ainda uma quase constante. Empurrados pela comunicação social que gerem, somos orientados para atacar o governo quando o essencial da resolução da crise está fora da alçada do mesmo perante o endividamento em que o Estado, e o país, se encontram. Empurrados pela comunicação social temos “peninha dos precários”, que jeito que eles dão, mas nada vemos a ser feito nos segmentos de actividade onde a precariedade domina – Construção Civil e Obras Publicas, Distribuição, Restauração e telecomunicações – para que a situação mude. Empurrados pela comunicação social, rimo-nos quando nos chamam a todos os residentes em Portugal, de PIGs, (em português significa, lembram-se, (!) que somos PORCOS) achamos bem quando, sem qualquer fundamento as Agencias de Notação nos “baixam de classificação” em vez de assinarmos a Petição pela Regulamentação das Agencia de Notação, que está em http://www.peticaopublica.com/?pi=P2011N6501 e que já conta com 453 assinaturas, apesar do silencio a que é alvo! Empurrados pela comunicação social esquecemos que “os juros da divida irlandesa atingiram o máximo histórico de 10, 366%”, a cinco anos e como FMi a “apoiá-los”, para os ainda 8% de Portugal, sem o “apoio” do FMI e deixamo-nos embalar para umas desastrosas eleições antecipadas! Porque no meio desta crise ficaremos sem governo pelo menos até Setembro! Como dizia Kennedy, que estão a fazer pelo país? Porque, para eles, já percebemos o que estão a fazer! Com a desculpa futura do FMI, que nos fará o mesmo que sempre faz, e que será idêntico ao que está a fazer na Grécia e na Irlanda, chegaremos aos 500 000 expulsos da Função Pública tal qual Cuba, o país de eleição de alguns dos dirigentes, os mandantes infelizmente, do PCP e do BE!
publicado por JoffreJustino às 11:44
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Segunda-feira, 21 de Março de 2011

Querem Eleições? Olhem para o Japão, Poxa! (O Neofascismo está aí!) (E Assina a Petição Pela Regulamentação das Agencias de Notação, que está em http://www.peticaopublica.com/?pi=P2011N6501 )

O Japão vive uma catastrofe resultante de um equipamento industrial, do quase dominante período tecnonuclear, felizmente bloqueado a tempo. A energia nuclear era considerada, entre comunistas e capitalistas, em ambos os casos e dos ferrenhos, tipo Estaline e Reagan, como a energia do futuro a chegar. Eis o futuro que nos esperava se aquele equipamento tivesse sido o dominante! Chernobyl e agora Tóquio serão dois exemplos da insanidade que quase nos empurrou para uma III guerra mundial, que seria termonuclear! Tóquio juntou uma catástrofe natural a uma catástrofe tecnológica, e vejam só como esta comunicação social de direita, que ate já tentava justificar Chernobyil, trata o tema com uma cautela tão inabitual. Pois, mas Portugal, e o Mundo, vivem no contexto de uma outra catástrofe. Não é natural, não mostra a terra a tremer e a afundar se em crateras, como não mostra o mar e as águas a agigantarem-se sobre nós, em terramotos e Tsunamis curtos mas violentos e inesperados. A catástrofe que vivemos, nós e o mundo todo, cresce e diminui em ondas que não param, por vezes violentas, outras menos, mas que batem tão cegamente quanto um tsunami. Só que as ondas não são naturais e as crateras não resultam de buracos no chão, mas sim evidenciam se em edifícios vazios, postos de trabalho encerrados, rendimento nacional desestruturado, com pouquissimos muito, mas mesmo muito ricos, e imensos, demasiado mesmos, muito pobres. Se não acreditam, vejam as 20 empresas que se encontram no monopólio dos ricos, a Bolsa Lisboeta, o PSI-20, que tiveram um aumento de lucros de 153,46%, numa variação que vai dos -49,32%, da SONAE Industria, aos 728,42% da PT, neste ano de brutal crise em Portugal. O terramoto surge etereamente porque se reforçou com o instrumento típico da sociedade de informação - a internet- que liga o Planeta norte a Sul, leste a oeste, e desestruturou o mais que clássico instrumento base da economia, a moeda. Nascida como meio de troca, e depois como meio de contagem, a moeda gerou um sector, o financeiro, que, por ser flexível e global, mais rápido se adaptou à internet, à microinformatica, com o dinheiro, os pagamentos e recebimentos, transformados em electrónicos. E, claro, com meios de captação financeira eletrônica, gerando produtos de gestão global, sem controlo dos Estados nem de nenhuma instancia internacional, e fazendo nascer uma economia global já nao neo liberal, mas sim neo fascista. Pois não se pode chamar outra coisa, quer no plano da politica concreta, quer no plano da ciência politica e económica, pois estamos a caminhar para alem do neo liberalismo. O que todos vemos é um esforço, concertado de destruição dos Estados. Não havendo Estado, nacional e ou transnacional, não há Estado de Direito e não havendo Estado de Direito, não há Estado Democrático, eis porque digo que assistimos ao surgimento de um novo fascismo global. A destruição dos Estados surge por via de um novo tipo de armamento - o instrumental financeiro, por via da divida nacional, característica económica dominante em qualquer economia aberta, em maior ou menor grau. A nossa divida externa tem raízes publicas, do Estado, e privadas, dos cidadãos em geral, e em Portugal as responsabilidades são, entre as duas, equilibradas, e vêem ambas da mesma razão - do atraso português ao 25 de Abril de 1974 que urgia superar em tempo acelerado. Política que, aliás, teve o acordo da CEE7União Europeia, o que não pode ser escamoteado. A crise da bolha do imobiliário, de 2008, as práticas fascizantes das Agencias de Notação, cercam, bloqueiam, uma economia aberta como a portuguesa, em especial porque a União Europeia, por via da Alemanha, abandonou até hoje Portugal, a Grécia, a Irlanda, como já sucedera a Islândia à sua sorte. Vivemos pois o "nosso tsunami", mas vivemo lo de forma dividida. Uns querem resistir, unindo-se entre si e à volta do Governo, não por razões partidárias, mas sim patrióticas. Outros, conscientemente ou não, querem ceder a este poder neo fascista, dos meios financeiros internacionais, querendo eleições já, um novo governo já, dispendendo energias e dinheiro, estupidamente, em eleições que nada trarão pois, ganhe quem ganhar, e em que condições ganhar, nenhuma medida mudará, podendo somente ser pior que o que existe. Veja se, para o PCP e o BE, o que se vive em Cuba e na Republica Popular da China onde milhões de pessoas mais de 20+0,5 milhões nos dois países, foram para o desemprego, ou veja-se o vivido nos países governados à Direita, como o Reino Unido, ou a Irlanda e a Islândia, para o PSD e o CDS. Gerir a crise com passos dados e calculados centímetro a centímetro, foi a politica socialista portuguesa, que deu sempre resultados melhores do que os vividos na Grécia ou na Irlanda, acompanhada com o pressionar, momento a momento, as varias instâncias da União Europeia, procurando força-la a alterar critérios, que está também a dar resultados, finalmente! Ora, no momento em que se estava a atingir tal, nasce esta absurda ideia de eleições antecipadas. Escândalo demonstrativo do elitismo e da cedência a interessa estrangeiros e anti democráticos, eis o que guia estas gentes que, nos partidos das oposições, nos empurram para um, mais um, tsunami. Que não guia estou certo disso, todos os destas oposições, basta recordar Pacheco Pereira... Poxa - tenham Juízo!
publicado por JoffreJustino às 11:17
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Sábado, 19 de Março de 2011

Acordei e tinha um corte no meu rating...http://www.peticaopublica.com/?pi=P2011N6501

Que fazer? Parece que a minha remuneração, ao fim e ao cabo, se mostra insuficiente para o cumprimento das minhas responsabilidades, enfim as que assumi porque me disseram que o custo delas era baixo, e, assim, terei de pagar mas mesmo muito mais pelos empréstimos feitos! Que fazer? Quando aderi aos empréstimos, ali por voltas de 1986, quase que me forçaram a faze-lo, tal era a publicidade que caía em cima de mim, e deram-me ate o direito de comemorar tal , com um belo jantar, onde o gestor do banco nem se recusou a vir... Consegui, com estes empréstimos que me ofereceram, insistentemente, adquirir casa, fazer-lhe obras de fundo, melhorar a casa de banho, o sistema eletrico da habitacao e do predio até, adquiri carro, televisão a cores, hoje plasma, para a sala e outra para a cozinha, e melhorei a aparência da familia com melhor roupa e alimentação mais saudável. Tudo a um preço do dinheiro aceitável, tal como a publicidade prometia... Hoje dizem me que tenho de apresentar as minhas contas, ao mesmo gestor do banco que comeu do prato que ofereci, sem nada dizer sobre o meu futuro, e dizem-me ainda que será ele a gerir o meu salário e as minhas despesas. Cheque a cheque, cêntimo a cêntimo! Chama-se ele Francisco Manuel Inúbio e a sub gerente chama-se Angelica Natricia. Alguns vizinhos meus, que perderam o carro, a casa, a mulher e filhos, dizem que é melhor assim, que assim tem menos dores de cabeça. Só que os vejo bem corcundas, vergados a uma dor que se vê no olhar, e o sim senhor deles ouve se de forma bem, mas muito mesmo, humilde e pouco feliz... Que fazer? É que eu não quero vergar assim ! Prefiro juntar-me aos meus outros vizinhos que vão gritar para a porta do banco, da sede do banco, pelo direito a não querer o tal Francisco Manuel Inubio nem a Angelica Natricia aqui neste nosso bairro! Pagamos, mas nem cheiro dessa pestilência, nem costas vergadas! Joffre justino Nota : Eu espalho o meu Protesto! E Vocês? Eu Assinei, já com mais 416, para chegar às 5 000, a Petição Pela Regulamentação das Agencias de Notação em http://www.peticaopublica.com/pi=P2011N6501 ! E Vocês?
publicado por JoffreJustino às 19:55
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Quarta-feira, 16 de Março de 2011

Assinemos a Petição Pela Regulamentação das Agencias de Notação http://www.peticaopublica.com/?pi=P2011N6501 Assinemos Ainda a Petição «Em defesa das Cooperativas de Consumidores e do Sector Cooperativo» ( http://peticaopublica.com/PeticaoVer.

O Activista em Defesa da Regulamentação das Agencias de Notação, João Cebola, enviou-me dois emails um com a Petição que hoje divulgo e vos peço que assinem e um outro com esta noticia “canalha” de uma Agencia de Notação, a Moody’s, ( que raio de nome, bem mais adequado a um daqueles antigos cabarets dos filmes americanos de 15ª série), que sem qualquer argumentação se atreve a voltar a descer o rating do Estado Português. Não duvido que só os Sem Alma, sem os “ditos no sitio”, (se me perdoarem o termo talvez um pouco machista), é que se poderão satisfazer com esta atitude sem regra nem critério, nem financeiro, nem económico, e que se mostra somente político – anti Euro, anti União Europeia e anti português. Recordo que já no século XIX depois do “abaixar as calças”, (outro termo talvez machista, perdoem-me de novo), perante o Ultimatum Britânico os filhos e filhas do Imperio impuseram a uma monarquia decadente a RÉVANCHE que foi a implantação da República já que a monarquia do rei Carlos se vendera aos interesses britânicos sem qualquer resistência! Poderá demorar algum tempo, ( no caso vivido no século XIX, para a revolta contra a cedência face ao Ultimatum, foram necessários cerca de 20 anos, mais coisa menos coisa), mas ficará na memoria de todos que houve quem resistisse, quem dissesse Não, à chantagem, à ameaça, ao insulto. De facto, lamento dizê-lo, pois estou a afectar até amigos meus e amigos que prezo bastante e me ajudaram em tempos bem difíceis para mim, amigos de Direita e do Centro Direita, do CDS e do PSD, quem impuser eleições antecipadas, (a verdadeira razão para mais um baixar da posição de Portugal num rating que deveria pôr na prisão quem o inventou por falso e ofensivo de Milhões de Cidadãs e Cidadãos), estará a servir interesses não portugueses e que afectarão brutalmente as e os portugueses em geral. É certo que teremos três portugueses que não serão afectados, os que se encontram entre os 800 mais ricos da Forbes e nada fazem para ajudar o seu país quando este mesmo os ajudou em tudo, mas em geral viveremos somente Mais Desemprego, Mais Altas Taxas de Juro, Mais Fragilização do Tecido Económico Português, e a entrega do país a um grupo de “experts” que comprovadamente nunca resolveram, nada em país algum, os “experts” do FMI! Resistir, cara levantada, dentes cerrados, mãos dadas, é a solução hoje, pois ceder ao FMI é ficar como a Grécia e a Irlanda, com uns trocos a 4/5% e o resto das necessidades financeiras entre os 10/13% desses países, enquanto que Portugal ainda resiste nos 7/8%! Seria essencial que tomássemos consciência de tal e assinássemos todos as duas Petições acima, por duas razões bem simples, 1. Para mostrar ao Mundo que as Agencias de Notação em Portugal são desprezadas e que em Portugal se exige que elas respeitem os Estados e a imposição que estes têm de lhes fazer de uma regulamentação que dê seriedade a um negócio de gangsters, tal qual quando se acabou nos EUA com a Lei Seca, (imposta por uns idiotas conservadores), a razão do poder do gangsterismo americano como sabemos. 2. Para mostrar que temos a noção de que vivemos um novo tempo onde a Economia Social e portanto as Cooperativas são centrais para uma Nova Economia que seja solidária e equilibrada pelo que se exige o cumprimento da Constituição da República em total arrepio dos pseudo neo liberais que na verdade, falando muito contra o Estado dele necessitam para a Violência, a Repressão e o Terror. Ambas as Petições têm a mesmas filosofia, a de defenderem uma economia com Justiça Social, com Equidade, que respeite as múltiplas formas de pensar a Vida e a Sociedade, desde que não atropelemos ninguém. Há os que pensam que não há almoços grátis e há os que pensam que depois da Revolução pelo menos Cultural que Jesus Cristo nos trouxe há garantidamente espaço para almoços grátis e assim deve ser! Sempre estive certo que a minha visão para este mundo é ultra minoritária, ainda, com razões históricas para que tal suceda, que passam pela derrota histórica no interior dos movimentos sociais trabalhistas, dos proudonianos, mas o certo é que os então vencedores neste debate de ideias, os marxistas leninistas, fracassaram por completo com a autodestruição da URSS e dos países de leste, gostem estes ou não. E hoje a Esquerda sofre internamente múltiplos no mínimo desencontros, em especial em Portugal, por tal. Por isso, quando participo em combates político sociais deste teor, participo sem olhar ao que pensam os que aderem aos mesmos, já que parto do principio que durante os combates se esclarecerão as posições e que temos sempre opções várias com os mesmos princípios e razões perante situações concretas. Hoje já não estamos a brincar, a “fazer política”, estamos a pôr, ou não, em causa um país inteiro e não cabem nestas situações parlamentarices bacocas pois parlamentarices não são o mesmo que Parlamentarismo. Há limites e os limites são o bom senso que estabelecem. O bom senso significa que tudo o que se faça não pode pôr em risco a tessitura de um país, sejam quais forem as razões. Conheço Angola, conheço menos directamente a Guiné Bissau, e ainda Moçambique. Basta visitá-los para verem o que resulta quando um país se divide sem fundamento e se esquece do que une um país. As guerras civis e as violências internas nós podemos saber como começam, mas aviso por experiencia que nuca sabemos como acabam. Mas deixo-vos também a reflexão do João Cebola, com uma via diferente da minha, e a noticia sobre essa dita Moody’s… Joffre Justino E-mail : jjustino@epar.pt Blog pessoal: coisasdehoje.blogs.sapo.pt/ De: João Cebola Assinemos a Petição Pela Regulamentação das Agencias de Notação Conforme e-mail que enviei na passada 6ª f. (11/3), confirmou-se que Portugal era a próxima “vítima”, e ainda durante o mês do Março, de uma descida de rating da sua dívida do Estado (a que isto chegou). Apesar do Governo ter anunciado um novo PEC (Plano de Estabilidade e Crescimento) - cuja sigla mais apropriada seria PIR (Plano de Instabilidade e Recessão) – para satisfação dos nossos credores, tal não foi suficiente para conter as agências de rating (neste caso a Moody’s) na sua fúria predatória. Mesmo sem ninguém (?) lhes pedir, gostam sempre de dar a sua opinião. Apesar das razões invocadas (ver texto abaixo), as agências de rating nunca mencionam a razão principal porque nos baixam a notação e que é: - Porque SIM! PRONTO! Agora já estás convencido(a) a assinar a PETIÇÂO e a divulgá-la? http://www.peticaopublica.com/?pi=P2011N6501 Cumprimentos. João Cebola
publicado por JoffreJustino às 17:59
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Terça-feira, 15 de Março de 2011

O NÓS Para Resolver a Crise, Bloguistas Em Apoio a Sócrates?

Um cidadão, respeitável como todos nós, Gonçalo Castro Coelho, alimentou um debate na minha página do FaceBook , porque eu me tinha atrevido a defender a intervenção que o primeiro ministro José Sócrates ontem fez. Há realmente um debate que percorre a generalidade das páginas e dos locais internetianos de comunicação, em volta desta crise, deste Governo, e também do nosso Futuro e há que participar activamente nele. Por iss, antes do mais, terei de citar alguma comunicação social para explicar os resultados da entrada do FMI tanto na Grécia quanto na Irlanda! Assim, “resolvo” algumas das “criticas” do cidadão acima, sendo importante que diga, como muitos sabem, que tenho uma visão particularmente critica desta comunicação social portuguesa, em geral, por a considerar de Direita, acima de tudo anti PS e claro anti Sócrates, mas por isso também optei por usar citações de jornais... Desta forma, in Publico de 8 de Março, “Na Grécia, que já recorreu à ajuda do FMI e dos seus parceiros europeus para obter financiamento, o mesmo indicador chegou hoje aos 12,93 por cento, um valor que já supera os registados no momento em que se viu forçada a pedir apoio externo. Na Irlanda, também se bateram recordes, com a taxa a 10 anos a chegar aos 9,574 por cento.” In Económico de 8 de Março, “O juro sobre Obrigações do Tesouro gregas a 10 anos está a subir para 12,821%, o valor mais elevado de sempre, numa semana em que os líderes da zona euro se reúnem em cimeira extraordinária para discutir, entre outras coisas, a flexibilização do Fundo de Estabilização Europeu.” Penso que é suficiente para mostrar que o FMI não resolveu nada quanto à redução imediata dos impactos da dívida naqueles dois países, um governado por um partido conservador e que perdeu, em plena fase de assunção da crise, para os socialistas, a Grécia, e outro governado por conservadores também, a Irlanda e que agora bem agora mudou para aqueles partidos estranhos que a Irlanda tem! Aliás, em Portugal, temos a experiencia da pressão do FMI, por duas vezes e, em nenhuma delas, esta instituição nos ajudou a resolver fosse o que fosse. Não fora a adesão à CEE em 1986 e ainda estaríamos a pagar ao FMI a sua” prestimosa ajuda” ao nos enredarmos com ele no desastre, como o FMI sempre faz. Daí que eu entenda bastante bem a determinação do primeiro ministro em não ceder aos apelos vadios dos que defendem que Portugal deve deixar de resistir e deve sim pôr a toalha no chão e aceitar as receitas FMIanas de desemprego, contenção da intervenção do Estado, redução das Despesas do Estado. Espero que tenhamos, todos, a noção de que a melhor forma, no plano formal, de reduzir as despesas do Estado é despedir funcionários públicos. Cuba, o país amigo do PCP, fê-lo, enviando até ao final de 2011 nada mais que 1 000 000 de funcionários públicos para o Desemprego (e sem o FMI dar da sua graça…). Daí certamente a necessidade de radicalização serôdia dos bernardinos Soares e da direcção do PCP e da CGTP. Há que esconder que seria assim que agiriam se estivessem no Governo… Ou não? Este Governo, o seu primeiro ministro Sócrates, têm resistido a essa linha de orientação. Com custos elevados para todos? Claro, tudo tem um custo, e por isso reduziu as remunerações dos funcionários públicos, por forma a minimizar os impactos da crise sobre a restante sociedade. Como reduziu os impactos das prestações sociais na Divida do Estado. Dói? Obrigatoriamente dói. Mas dói mais sem dúvida saber que, como já escrevi, tem Portugal, entre os 800 mais ricos da revista FORBES, três dos seus cidadãos. “Nascidos” enquanto empresários, no pós 25 de Abril, isto é, com a Democracia. Que lhes deu portanto a fortuna que hoje têm. Incomensurável fortuna. Que, se tivessem a noção efectiva do que é a Responsabilidade Social, saberiam que a teriam de distribuir, para bem de todos mas também deles. Porque distribuindo gerariam maior capacidade de consumo e portanto aumentariam o potencial de riqueza do país. Aliás, um dos empresários foi um dos subprodutos da “revolução”, ex dirigente da associação de amizade Portugal Checoslováquia que foi, ex ao que consta ex comprador e vendedor dos resultados da dita Reforma Agrária no que à cortiça diz respeito. E os restantes dois bem que devem, ao Poder Local, a riqueza que acumularam… Também a Banca deveria mostrar maior sentido de Responsabilidade Social e não inventar Fundações para fingir que a tem, sem nada de real fazer para a Sociedade que a alimenta. Pelo que sou dos que defende que um dos erros deste governo e de Sócrates foi não ter implementado impostos adicionais sobre a riqueza, bem mais afirmativos. Já que a ideia de Responsabilidade Social não colhe no seio destas entidades e pessoas. (Recordo aqui um meu texto sobre a sociedade pós capitalista que lentamente e com muita dificuldade, emerge da sociedade pós industrial…) E, nesta matéria, a da taxação da riqueza, PCP e BE têm toda a razão! Como a tem o CDS e o PSD quando, ao que consta, defendem a redução de despesas inúteis do Estado, como os automóveis de luxo todos os anos adquiridos, ou o descontrolo do que se vai vivendo nas Empresas Públicas e nas tais PPP’s. Sendo certo que quaisquer medidas tomadas nestes campos não impediriam, pelo seu pequeno impacto, que todos tivéssemos de nos sacrificar, como estamos a fazer. Só que haveria uma maior noção de equidade neste confronto com a crise. De qualquer forma, com criticas evidentes, sou dos que defendo que urge apoiar este Governo. O NÓS que acima refiro Somos os que sabem que de 24 de Abril de 1974 até hoje muito, mas mesmo muito, mudou para bem de todos. Com muitos erros que estão visíveis, a titulo de ridículo mas elucidativo exemplo nas monstruosas placas que na Via do Infante referem a existência de um aldeiazinha, Boliqueime, só porque era a aldeia do “senhor primeiro ministro Cavaco Silva”, um custo de manteiguice feita, mas que quem pagou não foi o manteigueiro, nas NÓS todos! E este NÓS sabe bem que abusámos na má gestão dos financiamentos recebidos no âmbito da nossa adesão à CEE/União Europeia. Abuso que há que pagar, mas com equidade e tendo em conta a nossa Independência! Este NÓS diz que somos capazes que podemos conseguir e que se o quisermos conseguiremos! Eis porque, sabendo que na comunicação social em geral só falam os mandantes, NÓS temos o nosso espaço e devemos ocupá-lo! Agreguemos os NOSSOS Sites e Blogs e movimentemo-nos na Internet em defesa da verdade, e da capacidade que temos de NÓS Superarmos, Autonomamente, a Crise. E por isso apoiando este Governo e este primeiro ministro, José Sócrates E, note-se, diria o mesmo se o primeiro ministro fosse de outro partido e tivesse optado por esta via de solução autónoma da Crise! Sem medo e sem necessidade de dizer que “estou a fazer o que faço porque eles mandam”, mas sim, “estou a fazer o que faço para que eles, os FMI ’s, não mandem”!
publicado por JoffreJustino às 12:08
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Segunda-feira, 14 de Março de 2011

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A Sociedade Pós Capitalista, e o Egoísmo dos Tempos de Hoje Assinemos a Petição Pela Regulamentação das Agencias de Notação em http://www.peticaopublica.com/?pi=P2011N6501 Este Sábado 12 de Março o Jantar na Ericeira Foi um Sucesso! ( e já com 373 Assinaturas!) O tempo da sociedade pos industrial iniciou o seu processo com uma antecipação social à mesma que foram os movimentos de jovens, em particular os Movimentos Estudantis que irromperam um pouco por toda a parte pelos Maio/68. Estes filhos do baby boom anteciparam-se à revolução tecnológica e procuraram criar um sistema social urbano integrado, a nível planetário, e integrando comunitarismo ambiente e tecnologia num forte mas empenhado na sociedade individualismo. Cerca de 20 anos depois, quando a tecnologia acompanha a revolução da geração baby boom, os hábitos e costumes tinham levado uma forte varredela, ainda que insuficiente e ainda que somente um algumas partes do Planeta. Assim, os anos da década de 60 a 80 do século xx vão-se mostrando como os anos da superação e até destruição dos impactos da revolução industrial e dos mecanismos sociais a ela inerentes, tais como os sindicatos, os partidos trabalhistas, socialistas e comunistas tradicionais. Tais movimentos que tinham gerido políticas com fortes características keynesianas, no governo os que lá estiveram e no Poder Local e Regional muitos outros, reforçando com tal o papel do Estado nas sociedades respectivas, confrontado com a derrocada do sistema estatista do Bloco Soviético aparentaram ficar sem respostas politicas e ideológicas em face desta derrocada abrupta e do tendencial crescimento de pontos de vista, à Direita, mas também à Esquerda anti estatistas. Assim, a Revolução Tecnológica que acompanhou esta nova Globalização empurrou os resultados e as consequências da 1º Revolução Industrial para a periferia da mesma Globalização, enquanto que originou, no plano social e cultural, mutações significativas que, em especial no que diz respeito à componente comunitarista, a desarticularam enormemente, originando elementos sociológicos centrados no profundo individualismo e egoísmo societário. O Individualismo tem aspectos em que é particularmente positivo, pois, por exemplo, fez nascer a visão de Cidadania, de Responsabilidade, individual e colectiva, perante a Sociedade onde se vive. No entanto e porque os movimentos sociais tradicionais não se adaptaram a estas novas mentalidades, (além claro de uma permanente perseguição/marginalização sobre os mesmos), o Individualismo veio também fragilizar as dinâmicas de mudança na sociedade, pois a tendência para a resolução de problemas de forma não colectiva alargou-se, ao mesmo tempo que acontecia a fragilização de movimentos tradicionais como o sindical, por razões exteriores mas também por razões internas aos mesmos. Como, ainda por cima, se assistiu neste mesmo tempo, à derrocada do capitalismo de Estado nos países de Leste e de seguida em quase todos os países não europeus onde dominou este tipo de sistema, as lógicas colectivas foram crescentemente colocadas no canto das lógicas ultrapassadas e mesmo quando renasciam, surgiam em moldes modernos e fora dos contextos dos movimentos sociais tradicionais. Na verdade, as tradições corporativas inerentes também a movimentos como o sindical, terão sido a razão interna da sua fragilização, pois o espírito de corpo que se reforçava nas velhas grandes médias ou pequenas fábricas, à medida que novos sistemas tecnológicos de produção que eliminavam postos de trabalho e reestruturavam processos de trabalho iam acontecendo, a par da crescente importância do sector dos serviços e comércio, se foi esvaindo. É desta forma que se deve entender o espírito dominantemente egoísta da sociedade actual, espírito generalizado em especial nas sociedades “ocidentais”, isto é a perversão das lógicas individuais de estar no mundo e que visivelmente desestruturou estas sociedades desde amais velha estrutura de base, a família celular, até aos mais significativos movimentos sociais. Este egoísmo alimentou-se ainda dos processos de exacerbação do consumismo, alimentados em especial pela forma como a Banca incentivou o mesmo, generalizando as mais variadas formas de acesso fácil ao dinheiro, e gerando situações de endividamento de longo prazo que impunham dependências fora dos subsistemas corporativos tradicionais. Ora a actual crise mundial tem vindo a relevar a fragilidade do modelo, no plano cultural, egoísta mundial que tem predominado, alargadamente, dos países “ocidentais”, aos países “emergentes”, aos países “afundados” pela Globalização, em consequência dos erros cometidos pelo globalizado sistema financeiro, centrado que está no mais que exagerado lucro imediatista e no desprezo absoluto pelos interesses que não os seus, denotando assim ser este sistema financeiro o expoente máximo do referido egoísmo societário. Assim, a sociedade pós industrial iniciou a sua implementação, após a Revolução Tecnológica que foi a informatização das actividades, num modelo cultural moldado pelo egoísmo e tal facto tendeu a fragilizar a lógica de Cidadania Individualista inicial, dadas as dependências graves surgidas durante a sua implementação, estando hoje em grave crise interna. A economia cracou, o desemprego generalizou-se, a tessitura social centrada na família celular rasgou-se, os Estados tendem a afundar-se por endividamento, o mesmo sucedendo entre as Famílias, gerando-se um ambiente de desorganização social crescente. Eis o contexto de onde pode surgir o que denomino de sociedade pós capitalista que em outro texto desenvolverei. Joffre Justino E-mail : jjustino@epar.pt Blog pessoal: coisasdehoje.blogs.sapo.pt/
publicado por JoffreJustino às 16:14
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