Quarta-feira, 27 de Maio de 2009

Aproveitemos o Tempo! Qualifiquemos as Pessoas e as Organizações! Uma Proposta à ANESPO, à ANEF e à ANERH, Para Ser Entregue Por Elas ao Governo!

Somos uma das economias mais aberta da União Europeia. E por tal a crise dos outros, sobretudo da UE, não é razão de alegria, mas sim de enorme tristeza e preocupação.

Por isso mesmo, pelos impactos da crise, Portugal, segundo o Eurostat, viu as suas exportações entre Janeiro e Fevereiro reduzirem-se 30%, a 4ª maior redução da UE, para os -5% da Irlanda, ou os -18% da Grécia.

Temos pois, em Portugal não uma Crise interna, mas sim, uma Crise Importada e só a maldade de alguns a pode fazer interna, o que só pode piorar o como vivemos hoje.

Vejamos.

No 1º trimestre de 2009 aumentou em Portugal, o nº de empresas insolventes, em 31%, dominantemente micro e pme e da construção civil e indústria, por consequência da crise do Mercado Mundial.

O Banco de Portugal, disse-nos, entretanto, no seu último boletim estatístico, que o total do crédito mal parado em Portugal, nas empresas, atingiu em Março 3460 milhões de euros, 84% mais que o ano passado no mesmo período, sendo a maior subida desde 1997. Os sectores afectados são de novo a construção civil e as actividades imobiliárias.

Note-se que, para as Pessoas, o crédito mal parado está situado nos 3295 milhões de euros, 32,7% acima do ano passado mesmo período, situação particularmente negativa também, mas de impacto menor, quer quantitativamente, quer na evolução percentual face ao passado, quer no impacto social, pois afectando as famílias não afecta, tão directamente, as organizações, os conjuntos de Pessoas.

Em fins de Abril de 2009, o IEFP informa-nos ainda que Portugal está com 491635 desempregados, menos 130 000 empregos em três trimestres, significando segundo o INE 8,3% de desempregados face ao ano anterior e 8,9% face ao trimestre anterior, o valor mais elevado de há 35 anos, num crescimento só comparável com 2003, tendo havido uma subida de 27,3% face ao mesmo período de 2008.

De relevar que se está previsto no Orçamento de Estado para 2009 um aumento do investimento público de 36%, 4,82 mil milhões de euros, até Março de 2009 só foram dispendidos 28 milhões somente 3,2% do previsto, somente mais 2,2 milhões face ao mesmo período do ano passado, sendo certo que o tempo de demora de preparação de projectos estará a findar.

O Estado, a Administração publica central pelo menos, de qualquer forma, não está, pois, a reagir com a celeridade que a crise exige e a acompanhar as orientações do Governo, implementando com a celeridade necessária o Programa do Governo para o Investimento e o Emprego!
Quanto ao futuro imediato, do ponto de vista da a União Europeia, e em consequência da crise importada, Portugal terá 9,1% de Desempregados este ano e 9,8% em 2010, e verá a sua economia contrair-se em 3,4%, e pouco contente ficaremos por saber que a recessão na mesma União Europeia seja de 4%.

Não sou dos que admira o catastrofismo de Medina Carreira, mas quando ele diz que a retoma em Portugal depende sobretudo da “recuperação da confiança”, estou totalmente com ele.

Por isso titulei este texto pela positiva – a crise está cá, nada a fazer senão aproveitá-la!

Há desemprego? Aproveitemos o tempo disponível das Pessoas, Qualificando-as escolar e profissionalmente.

Há redução nos tempos de trabalho das Organizações? Aproveitemos esses tempos livres, Qualificando as Pessoas aí a laborar, escolar e profissionalmente.

Como ex dirigente associativo empresarial de Entidades Formadoras, como director de uma Entidade Formadora, a EPAR, Escola Profissional Almirante Reis, deixo pois uma solução para o imediato, que deixo nas mãos das Associações de Entidades Formadoras, a ANESPO, a ANERH e a ANEF, pois a sua apresentação ultrapassa as minhas capacidades,

Que sejam, urgentemente, aprovadas 50% das Candidaturas ao POPH/2008, das Entidades Formadoras, directas delas ou de seus Clientes, com mais de 3 anos de actividade, que tiveram as suas candidaturas/POPH, de 2008, somente parcelarmente aprovadas!

Na verdade, em crise, o país não se compadece com os custos acrescidos de meses sem fim de preparação e abertura de candidaturas, da sua análise, e, finalmente, da sua aprovação.

Estas candidaturas dizem respeito aos Cursos EFA, para Desempregados portanto, que poderiam/deveriam ter uma análise de concretização inclusivamente mais aberta que a da Candidatura, à Formação Modular Certificada e à Formação em Inovação, sendo pois um pacote significativo que é já do conhecimento do POPH e que pouparia, ao país um enorme custo e às entidades formadoras, além do custo poupado seria um incentivo às mesmas.

Desta forma, estaríamos a cobrir tanto as empresas com redução do seu tempo de trabalho, quanto os trabalhadores desempregados, como os trabalhadores com redução no tempo de trabalho.

Estaríamos também a intervir com uma solução especifica, pontual, para esta crise, com o reforço das Qualificações das Pessoas e Organizações em Portugal.

Não há Entidade Formadora que não esteja capaz de responder a esta necessidade para o país, e para as Pessoas e Organizações, ganhando o país tempo de qualificação, neste compasso de espera que é a crise em que vivemos.

Para o provar junto do Governo e da Opinião Pública, sugiro que a ANESPO, a ANEF e a ANERH divulguem, em parceria, Encontros de Entidades Formadoras para debater esta Proposta, em Lisboa, Coimbra e no Porto.
Joffre Justino
publicado por JoffreJustino às 08:53
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Sexta-feira, 15 de Maio de 2009

Aprovado pela Câmara Municipal de Lisboa, … Aguarda Aprovação Pela Assembleia Municipal de Lisboa…

São às dezenas os cartazes em Lisboa com os dizeres acima.
Assim, tudo indica que o PSD de Santana Lopes, maioritário na Assembleia Municipal de Lisboa, entende que a solução para ganhar eleições passa por este bota abaixismo de votar contra tudo e todos, bloqueando as urgentes, mais que necessárias medidas de melhoria para os Lisboetas.
Curiosamente, quando o Presidente da CML, ao que parece ele, reagiu com os cartazes vieram logo os protestos…
Desta forma, quer com a rejeição em Assembleia Municipal de Lisboa, quer com este vota contrismo permanente, o PSD limita-se a mostrar que de lisboeta tem pouco. De facto, estamos na capital do país e esta, desde Santana Lopes, que a endividou totalmente, vive, perante estes boicotes, de meros arremedos e não de uma política urbana de desenvolvimento sustentável.
Não se entende.
Pensa o PSD que com tal ganha algo? Não entende o PSD que, desta forma, só dá mais razões para que os portugueses votem para uma maioria absoluta PS?
Estranho pensamento politico este, o do PSD de Santana Lopes, que o leva a estas práticas destrutivas da capital do seu país, Portugal.
Pensa qualquer cidadão que melhorias em edifícios, em espaços públicos, são do interesse comum e, por isso estão para além das ideias politicas deste ou daquele partido político e pensa bem.
Por isso não se entende que alguns cidadãos, porque são eleitos por um partido, seja ele qual for, entendam ter o poder de anular a melhoria das condições de vida dos seus concidadãos, com o vota contrismo permanente.
Aliás, vivendo o país esta crise vinda do exterior, e que afecta as empresas e a sua capacidade de empregar Pessoas, este vota contrismo, que pára obras públicas, só serve para aumentar ainda mais o desemprego, o que, gera, porque a capacidade de consumir se reduz, mais e mais desemprego, por falência de mais e mais empresas.
Sabemos já as dificuldades das empresas que contrataram com a Câmara Municipal de Lisboa ao tempo de Santana Lopes, em receber o resultado da sua actividade. Por tal terão fechado 5 empresas.
É este vota contrismo, portanto solução?
Não, não é.
A solução é defendermos a necessidade do bom senso na gestão da Coisa Pública e o bom senso exige que o vota contrismo não seja política adoptável.
Estamos a lidar com o Poder Local, onde as medidas que se tomam são bem concretas e que afectam, positiva ou negativamente as Pessoas, pelo que a ideia da ideologização do Poder Local, do Desenvolvimento local é um absurdo, à Esquerda ou à Direita.
Lisboa não pode continuar à mercê destas atitudes. Capital do país, com uma História anterior à do Nascimento do País, com um Património, material e imaterial, de grande riqueza, mas que exige uma política de sustentabilidade e manutenção constantes e tal não se compadece com vota contrismos.
Aliás, Lisboa não pode ser entendida como coutada deste ou daquele eleito ou candidato. Lisboa nem é, sequer, somente, dos lisboetas. Lisboa é uma cidade do Mundo, capital da 1ª Globalização, pelo que se exige outro posicionamento, por parte deste PSD de Santana Lopes. Aliás é difícil de entender que um candidato à Presidência da Câmara Municipal de Lisboa se misture com tais atitudes…

Joffre Justino
publicado por JoffreJustino às 13:23
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Quarta-feira, 13 de Maio de 2009

Da Bela Vista à Esquerda que Quero….

Dez por cento de Desemprego em Setúbal, mais de 20% entre os moradores do Bairro da Bela Vista, li algures, por entre as noticias desta Crise violenta em que o Bairro está envolvido.
Será esta a razão central da violência que caracteriza o bairro?
Não me parece, mais permitam-me que duvide.
Em 2000,não vivia Portugal a Crise que hoje tem, embora o momento já apontasse para a crise que afectou o país entre 2002 e 2004, e já o Bairro da Bela Vista ficou famoso com os assaltos na CREL, feitos por jovens aí moradores.
E, agora, a crise advém do facto de um jovem da Bela Vista ter sido baleado e morto, em Portimão, durante um assalto. Desta morte nasceu a revolta dos jovens do Bairro, como vimos na televisão.
Que tipo de revolta?
Passeatas com motos e carros, nada baratos, também vimos tal na TV, em clara provocação à Policia…
Que tem esta revolta a ver com as revoltas das minorias étnicas em França, ou a dos Jovens na Grécia?
Vão-me perdoar mas muito pouco.
Em França e na Grécia a revolta centra-se em Jovens em dificuldades, com índices de desemprego bem maiores que os da Bela Vista, (e estes já são bem significativos…), enquanto que o visível, pelo menos, da revolta na Bela Vista se centrou no que chamaria os meninos da fortuna incerta.
Isto é, até pela forma de vestir e estar, na televisão, estávamos perante jovens que acentuavam vestes nada baratas para quem vive em dificuldades, indiciando uma proximidade à apropriação de rendimentos aceitável/boa, pouco adequada aos mais de 20% de desemprego do Bairro…
A Bela Vista terá, é duvidoso que não o seja, para além de uma camada social em dificuldades, uma componente, minoritária provavelmente, que vive bem de rendimentos obtidos irregularmente pelo menos.
Conhecemos, todos, esse modelo das favelas brasileiras…
E essa foi a que vimos na televisão.
Provavelmente será mesmo essa a que lidera a contestação e a violência que cai sobre a Policia.
Há, no entanto, um outro factor que acentua e justifica a revolta nestes Jovens – eles são, visivelmente também, de uma minoria étnica, negra e mestiça, que se sente marginalizada no seu direito a uma evolução social.
Reafirmo o que já escrevi dezenas de vezes – com, uma população onde pelo menos 10% da mesma é composta por negros e mestiços, esta componente só se consegue rever em minorias em percentagens bem inferiores, nos cargos de peso político, social, cultural e económico em Portugal. Por outro lado, para além do pouco peso na influencia no país, a sua evolução nas carreiras onde o peso do conhecimento é significativo é, continua a ser, por demais diminuto e, pior, travado.
Costumo, aliás, solicitar às pessoas que me digam quantos mestiços de negros e quantos negros temos no Parlamento, nas Vereações Municipais, nas listas que vão desde o BE, ao PCP, ao PS, ao PSD e ao CDS, (que é aliás o que melhores índices de aceitação da diferença, racial/étnica, apresenta), etc. … para defender que, neste campo, Portugal leva um atraso por demais significativo, escandaloso diria, em comparação com os restantes países da União Europeia.
O país Portugal, que nasceu do Império Portugal, neste campo tem-se portado, desde o 25 de Abril, sempre, mal e tem procurado, envergonhadamente, esconder que é na verdade um país mestiço e mestiço de muito sangue negro.
Daí que entenda porque é que esta revolta da Bela Vista se centra nos meninos da fortuna incerta e não nos meninos pobres do Bairro.
São na verdade Jovens que desejam, por demais, ser como os restantes de uma classe média a que anseiam chegar depressa. Para o serem, pouco mais lhes tem restado que obterem rendimentos em vias ilegais e ou irregulares canalizando a sua agressividade e revolta para caminhos não de contestação social e politica, mas sim de marginalidade social.
Ainda que falem de revoluções fazem mais lembrar o que Marx citava também como os marginais que apoiavam as “revoluções” populistas dos bonapartistas…
É certo que só podem estar nestes caminhos porque a maioria dos restantes lhes estão vedados. As direcções políticas à Esquerda usam-nos por razões eleitorais, mas nunca valorizaram adequadamente esse uso permitindo-lhes o acesso a cargos de intervenção com significado e as direcções políticas à Direita se, no caso particular do CDS os valoriza, é certo que tem uma influência e uma capacidade de distribuição de cargos por demais insuficiente para ser um catalisador de consensos sociais, as restantes continuam na senda da busca do esquecimento do Império que ainda acham que as traiu...
Sendo pois verdade que a Bela Vista não é somente um caso de polícia, o certo é que parte substancial do erro dominante, a marginalização em que os jovens da Bela Vista se encontram, se sucede num Bairro de um município que foi, por demasiados anos, e o é agora, comunista, para que o PCP se possa descartar da situação, com o argumento da crise e da culpabilização do Governo e para que se procure esquecer que também é um caso de polícia.
De qualquer forma, tanto no BE, como no PCP, como no PS, a tendência para a marginalização das minorias étnicas é, infelizmente, ainda, dominante.
Ora essa não é, nunca foi, a Esquerda que eu quero, por muitas razões, éticas, culturais, filosóficas ideológicas, mas por uma bem pragmática e que muito prezo – é que no meu país, Angola, eu sou parte integrante de uma minoria étnica, a Branca, que em Portugal é maioritária, mas que em Angola não o é.
Ora em Angola, a Vice-presidência da Assembleia Nacional já foi de um Branco, da UNITA e não foram poucos os Brancos que foram ministros, pelo MPLA. E, em Angola, todos o dizem, seremos, os Brancos, menos de 2% da população…
Uma Esquerda que só se entende no contexto da etnia dominante do seu país é uma esquerda que, nesse campo tem um enfoque conservador, e gerador de conflito social e político, em vez de ser gerador de consensualização e de luta pelos direitos mínimos socialmente obrigatórios.
Tal tem, sabemo-lo, forte impacto na capacidade de melhoria dos rendimentos das famílias e de ascensão social das pessoas. Hoje, todos o reconhecemos, as minorias étnicas têm, para funções idênticas, remunerações inferiores às da maioria étnica em Portugal e de tal os sindicatos bem pouco falam…
Como tende e delimitar as relações comunitárias no interior de cada comunidade étnica, o que é, sabemo-lo, gerador de mais e mais marginalização e de tensões sociais múltiplas.
Por outro lado, se é certo que a Bela Vista não é somente um caso de polícia, também o é. Foi porque parte da esquerda brasileira se ter deixado influenciar pela rejeição da necessidade de estabilização e de segurança das pessoas e dos bens, que as favelas se transformaram em centros riquíssimos de gangs das múltiplas formas de droga, de violência, e de marginalização.
Mais ainda, tem sido visível haver, até ao momento, um comportamento positivo das forças policiais presentes no Bairro, como tem sido visível, ou de tal não se ter falado, também o ter faltado a presença e o diálogo com os representantes das forças sociais presentes no bairro e de se ter notado em demasia o silêncio, a não presença, do município durante todo este conflito.
É esta componente, que não compete em particular à Policia de desenvolver, a do diálogo social e a do diálogo com os envolvidos, que não se tem mostrado existir.
Prova, sinceramente o digo, que a Esquerda de demitiu, no bairro da Bela Vista, de o ser.
Mas e para terminar, o que ficou mais uma vez evidente, é que esta noção católica de ver a mudança da marginalização para a Inserção, como algo possível centrado estritamente no interior da comunidade afectada, falhou rotundamente.
A Inserção de uma comunidade fechada não se resolve no interior da mesma.
Só se resolve implicando a comunidade com a envolvente externa, incentivando-a a sair do seu interior e a conviver com as restantes comunidades envolventes.
O que, visivelmente, não tem sucedido.
A não ser para a prática de actos de revolta, marginal, como assaltos, e cenas de pancadaria.
Urge repensar, em Portugal, a forma de inserir as comunidades, de as integrar o mais harmoniosamente possível.
Como urge que os poderes políticos reflictam nos custos económicos e sociais dos conflitos, sociais e políticos e os saibam prevenir, apoiando, na comunidade, quem procura solucioná-los.
Joffre Justino
publicado por JoffreJustino às 09:23
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Quarta-feira, 6 de Maio de 2009

Devemos Agradecer a Deus Estarmos a Viver a Crise em Portugal?

(Dedico este texto às e aos Alunas/os da EPAR hoje em estágio, pois estão a entrar em mais uma Porta do seu Futuro!)

Alguns dirão, lá vem mais uma acção de campanha partidária, (já mo disseram…), mas eu prefiro contar o como anda o Mundo, todo ele, para que a Solidariedade, entre esta Crise, seja cada vez maior, a Bem de Todos. Por isso vos convido a ver o filme de Ferdinand Dinamara, que venceu nas Curtas Metragens, o 56º Festival Internacional de Cinema de Berlim.

Em baixo está o acesso ao mesmo. É um filme simples, até começa bem, em um país asiático, entre jovens e fastfood. Mas o relato sequencial recorda-nos que morrem de fome, todos os dias, no Mundo, 25000 Pessoas, como mostra o que é a Verdadeira Reciclagem da Vida!

Temos, 195,2 milhões de Pessoas no Desemprego no Mundo, e 20 milhões na União Europeia, já o escrevi. A actividade mundial tem vindo a decrescer durante todos estes últimos meses e as expectativas de recuperação não são visíveis. Mais uma vez, o sistema colapsou em consequência da ganância de uns tantos, uma imensa, ultra, minoria quer brincou com as nossas poupanças, e, até, com o nosso desejo de uma Vida Melhor.

Felizmente vivemos numa sociedade com Segurança Social, com Saúde Pública, com um sistema de solidariedade institucional, estatal e comunitária, forte. A Crise afecta-nos claro, mas muito menos do que verão no filme que cito e que podem ver clicando abaixo, porque vamos tendo um Estado que, com os nossos impostos, e porque superou a Crise Orçamental em que vivíamos, sustenta uma rede mínima que nos mantém.

Por isso também, em vez dos 20% de Desemprego da vizinha Espanha, estamos nos 8,5% de Desemprego, para os 8,9% da União Europeia.

E poderíamos estar melhor se nos empenhássemos mais na Solidariedade. As Empresas, com um pouco mais de Solidariedade, apoiariam mais oportunidades para Qualificar Pessoas, enquanto a Crise existisse e o Desemprego se mantivesse.

Vejam o filme, e reflictam na sorte que temos, mesmo que seja uma absoluta verdade que aumentou o nº de Pobres em Portugal e saibamos agradecer a Deus por estarmos aqui a viver. No entanto, não basta agradecer, saibamos também agir e apoiar quem lidam com quem se encontra verdadeiramente dentro da Crise – os Desempregados!

Na EPAR, Escola Profissional Almirante Reis conhecemos essa realidade porque temos acompanhado o aumento do nº de Famílias com Pais Desempregados e as dificuldades em que as mesmas vivem, assim como os esforços que fazem para manter os Filhos a estudar!

Mais Solidariedade é o que se nos exige! E mais Solidariedade significa Saber Responder, mais uma vez a uma já clássica questão que Kennedy deixou para as Gerações Futuras,

Não perguntes o que o Estado pode Fazer por Nós! Pergunta Sim o que Podes Tu Fazer Por Nós!



Director Pedagógico
Joffre Justino
jjustino@epar.pt

http://www.cultureunplugged.com/play/1081/Chicken-a-la-Carte
publicado por JoffreJustino às 10:45
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Segunda-feira, 4 de Maio de 2009

Saramago, A Posição Comunista Adequada

Gostaria eu de saber que relação orgânica existe
(se existe) entre os agressores e o partido de que
sou militante há quarenta anos. São militantes
também eles? São meros simpatizantes? Se são
apenas simpatizantes, o partido nada poderá contra eles,
mas, se são militantes, sim, poderá. Por exemplo, expulsá-los.
Que diz a esta ideia o secretário-geral? Serão provocadores
alheios à política, desesperados por sofrerem esta crise e que
pensam que o inimigo é o PS e o candidato independente às
eleições europeias?… Não se pode simplificar tanto, nem na rua
nem nos gabinetes”, escreveu Saramago na crónica que o DN publica hoje

Vivemos nestes dias, com 195,2 milhões de desempregados no Mundo, 20 milhões na União Europeia, 8,9% da População Activa. Portugal, com 8,5%, está abaixo da média europeia, apesar de sermos uma economia fortemente aberta ao Mundo.
Daí que estejamos a ver o nosso PIB reduzir, porque as exportações se reduzem neste Mundo em crise e, quanto ás Importações pouco podemos fazer, depois de anos a fio em que se desperdiçaram, entre 1986 e 1995, (mas também entre 1995 e 1999…e de seguida com Durão Barroso e Santana Lopes, já no século XXI), os fundos comunitários em empresas que não existem, ou em salões de luxo para conferencias que não se realizam, ou que não rentabilizam o investimento.
O Desemprego estala pois, por todo o Mundo, responsabilidade de Sócrates, ou consequência das políticas neo liberais que a Direita Mundial impôs desde Reagan e Tatcher…?
Note-se, entretanto, que em 1975, eu estava na Fonte Luminosa com o PS, como estive a sofrer pelos deputados que se encontravam sequestrados na Assembleia Constituinte, ou como estive no Comício do PS pela Unidade Sindical.
Não fiz, pois, o percurso de Vital Moreira, nem do PCP.
Estava em 1986 a apoiar, claro, Mário Soares e indignei-me com a triste cena da Marinha Grande.
Como me indignei, bem antes, com a violência sobre um jovem militante do MRPP empurrado e morto no Tejo, por o ser.
Neste percurso, em todos estes conflitos, a Esquerda nada ganhou, e, ao que parece, ainda há, na Esquerda, quem procure justificar o injustificável.
Que, diga-se, conduziu ao fracasso do mais forte Movimento Sindical do Mundo, o britânico, nos anos 80 e 90 do século XX.
À direita procura-se, por sobrevivência diga-se, o mesmo – a Voz do Povo reconstruída (que às vezes o Publico é), mostra-o, nas apreciações de “politólogos”, que se esforçaram, à direita, por justificar o injustificável e fazer esquecer os fracassos neoliberais fundamento da crise Mundial que hoje temos.
Mas interessa-me sim, a Esquerda.
Pretende a Esquerda uma vida política de participação? Como pode haver participação por entre actos de infantil violência?
Pretende a Esquerda o direito às diferenças? Como pode haver direito às diferenças entre actos de violência?
Pretende a Esquerda a mudança, social e económica? Como pode haver mudança social e económica se, na politica, a Esquerda digladia a Esquerda, violentamente?
Pretende a Esquerda entendimento entre si? Como pode haver entendimento se um secretário-geral de um partido de Esquerda, o PCP, assume como adequada a violência sobre um dos líderes de opinião, Vital Moreira da família política de outro partido, o PS?
Defendi, e defendo, para Lisboa, a Unidade da Esquerda. No PS não sou o único. Mas com esta cena de violência infantil, que se ganhou? Somente mais uma razão para que a Unidade de Esquerda seja impossível…
Se era o que se pretendia, conseguiu-se o lamentável objectivo.
Não, em especial, pelo acto em si, mas sim pelo que se sucedeu, pela sequencia de justificações do injustificável, vindas de dirigentes responsáveis do PCP.
Porque existirem militantes irresponsáveis, existem no PCP como em qualquer outro partido político.
O que já não é aceitável é esta busca absurda de encontrar uma razão a quem praticou tal acto. Que a voz do povo reconstruída, que às vezes o Publico é, o faça, entende-se, mas não se entende em quem tem gerações der experiência política e quem assume que defende a democracia, a participação, o direito às diferenças.
Alguns dirão – tudo se esquece…
Mas não, nem tudo se esquece. E com este acto estamos outra vez dez anos atrasados na busca de uma Democracia Participada em Portugal, por responsabilidade do PCP, lamento-o dizê-lo.
No entanto, José Saramago, comunista há 40 anos, é a prova de que o PCP chegará à razão, tarde ou cedo.
Porque, não é só Saramago que pensa assim, que entende e assume que se quem assumiu a violência na relação entre Esquerdas é militante do seu partido só há uma solução, expulsá-lo!
Eis porque insisto que, além do pedido de desculpas interessa, mais, travar o perigo que Saramago relevou, a vitória de Santana Lopes em Lisboa, (que seria a falência mundial da capital do país), com a Unidade de Esquerda que necessitamos Urgente para Lisboa.
Ou, à Esquerda, PS, PCP, BE, há duvidas?

Joffre Justino
publicado por JoffreJustino às 15:19
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Sábado, 2 de Maio de 2009

Insistir Num Pedido de Desculpas…

É certo que nos dias de hoje anda tudo um pouco estranho, confuso mesmo…assim, vemos manifestações, comunistas, anti regime, acontecerem em Moscovo, neste 1º de Maio, e, ao mesmo tempo, assistimos a actos de violência sobre um candidato de Esquerda às Europeias, pelo PS, Vital Moreira, em plena manifestação do 1º de Maio, como assistimos a estes estranhos silêncios nas notícias sobre o secretário-geral do PS, engenheiro Sócrates no que respeita ao caso Freeport, pois, dia após dia, se vem a descobrir as “carecas” que tais noticias envolviam…
É claro que alguns do PS dão a mão ao ambiente confuso, quando, não respeitando a lei, introduzem na campanha do PS o que é de boa moral que lá esteja, o Magalhães, mas não da forma que esteve – abusando da não informação do para que serviriam as filmagens em castelo de Vide sobre o Magalhães. Tal, alias, como fez aquele sindicato cgtista, contestatário ao Código do Trabalho socialista e que o usa para despedir funcionários seus…
Estando Portugal a viver, como o Resto do Mundo em geral, (até mais pois somos uma economia bastante aberta ao mundo como todos sabemos), esta crise que conduz a esta escalada no desemprego, nos lay off, nas falências das empresas, é de todo essencial que se antecipe o erro e, apesar das declarações, mais que adequadas do secretario geral do PS pedindo desculpas às famílias envolvidas e não consultadas, no programa de campanha do PS, a mancha, desnecessária, ficou.
O que, com a crise a envolver-nos, afecta e bastante, desnecessariamente, a imagem do PS e, por ele, da esquerda democrática.
Tal qual ficou a mancha na Unidade de Esquerda com a violência gratuita sobre Vital Moreira e com os “silêncios”/defesa do sucedido do secretário-geral do PCP e da CGTP sobre este acto absurdo…tudo indicando que, à Esquerda do PS, domina, ainda em demasia, mais o sectarismo que a vontade de Unidade, de Construir, de fazer outra sociedade, mais solidária, mais justa, com mais desenvolvimento.
Mas a verdade é que o engenheiro Sócrates, primeiro-ministro e secretário-geral do PS soube assumir o erro – pedindo de imediato, desculpas.
O que outros não souberam fazer…
Onde andam, entretanto, também, os pedidos de desculpas dos jornalistas que sonham, à noite e de dia, com noticias anti Sócrates e que, sempre que podem, as colocam em primeira página?
De facto, mais uma vez, o Expresso divulga o como o cenário Freeport foi escandalosamente montado, (com o forte empenho do tal Serious Fraud Office, instituição britânica, que, como se vê, de sério pouco tem…), pelo dueto Manuel Pedro/Charles Smith, agora porque havia que os ressarcir dos IVA das facturas que tinham, ao que parece feito…
Perante esta avalanche de informações, a que se assiste?
Ao encolher dos tais jornalistas, escondidos agora nas redacções dos jornais, procurando salvaguardar-se das penas que merecem com o estatuto de “jornalistas” e procurando, como se viu no debate da RTP, salvarem-se com a busca da auto comiseração e das solidariedades corporativas.
Um homem sério, perante o erro cometido, saberia o que fazer – assumir, por escrito o erro, lamentar a forma apressada com que escrevera sobre o assunto e, claro, pedir desculpas ao engenheiro Sócrates.
Uma instituição séria, perante o erro, faria o mesmo, saberia pedir formalmente desculpas…
Ora nem o Serious Fraud Office, nem os jornalistas envolvidos, ao que parece, têm alma, cara e corpo para tal.
Dificilmente podem ser considerados, com este silencio, pessoas de bem.
Mas, claro, vivemos estes tempos estranhos, confusos, e a sua expectativa é que consigam passar por entre as gotas da chuvada, de lama, que em cima deles está a cair…
É claro que teria de surgir nova “notícia”, desta feita no Semanário SOL, pela assinatura da sra. Felícia Cabrita – a dos apartamentos do engenheiro Sócrates e da sua mãe…
Terão desaparecido, no cartório notarial, as escrituras da venda do apartamento da mãe do engenheiro Sócrates…
Culpa de quem? Qualquer cidadão diria – do cartório que tem o dever de guardar tais escrituras.
Pois não! A senhora Maria Adelaide Monteiro, mãe do engenheiro Sócrates, que, como qualquer um de nós, confiou, (até porque a tal é obrigada…) a escritura a uma instituição que tem o dever de salvaguarda destes documentos, um cartório notarial, (que se faz pagar, e bem, para tal), passa a, nas mãos desta jornalista, a quase culpada, com o dever de procurar, encontrar, talvez devolver ao cartório, a referida escritura!
Diria eu, andam ao fim e ao cabo, em boas mãos, os nossos documentos oficiais?
Porque, nos cartórios, parece que não… (a que mãos entregou o cartório, ou alguém dele, estes documentos?), ficando no ar a dúvida se estes cartórios merecem a confiança que dizem que merecem ter…
Nova telenovela, novo “rimance de cordel”, nova estorieta para ataque político infame!
Penso que a comunicação social portuguesa ainda não percebeu a razão pela qual tem, em geral, tão baixas audiências…mas seria útil que alguém lhes dissesse – com tanta treta que inventam, o que esperavam?
Que nós os aturássemos/sustentássemos, com toda a impunidade a ficar do lado dela?
Confundir o Watergate com estas “novelas” é confundir a água do mar com a poça de lama de uma rua depois de uma pequena chuvada…
E há, felizmente, cada vez menos analfabetos e infoexcluidos em Portugal.
Porque o governo, este governo, do PS, liderado pelo engenheiro Sócrates, faz por tal.

Joffre Justino
Nota final: Sendo indesculpável o sucedido com Vital Moreira, (fossemos cada um de nós socialistas conhecidos quanto ele acontecer-nos-ia a todos o mesmo?), ficaria bem ao PCP e à CGTP um pedido de desculpas formal e uma séria critica ao sucedido, em nome da Unidade de Esquerda. Ela, a ideia da Unidade, só não morre agora em nome e por causa das Ana Rosa que existem, no PCP e na CGTP e do projecto de Esquerda Democrática que devemos manter.
Recordo um extracto de um poema de Castro Alves, poeta brasileiro, radical republicano e antiesclavagista, “A Praça é do Povo como os Céus são do Condor”, para recordar ao PCP e à CGTP que há mais Povo, mas mesmo muito mais, para além dos apoiantes e votantes PCP e da CGTP e que, francamente, achando estranho este radicalismo que cai somente sobre Povo de Esquerda, lhes pergunto onde anda o outro, pois desse e sobre esse nada se vê….nunca se vê.
É pois ridículo entender “corajoso”, “justo”, “eficiente”, silenciando o pedido de desculpas, este comportamento anti Vital Moreira.
Porque esse comportamento magoou-nos a todos, o restante Povo de Esquerda. E, mais uma vez, dividiu-nos, sem nos meter medo.
publicado por JoffreJustino às 15:52
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