Terça-feira, 16 de Dezembro de 2008

UM Texto do Meu Amigo Luis Lopes

Agora quanto ao texto...

Não concordo em absoluto com a tua sugestão de coligação PS/PCP para Lisboa.



Primeiro porque para mim está por demonstrar o "mito urbano" da boa gestão autárquica do PCP. Ela existiu, sim, naqeles municípios do interior, sobretudo do Alentejo, totalmente esquecidos e abandonados, onde os autarcas comunistas construiram o básico que até aí tinha sido sonegado às populações: o saneamento básico, a rede de água e luz, etc.



Quando essas necessidades básicas ficam satisfeitas a gestão autárquica dos comunistas quase desaparece e as suas autarquias ficam mais conhecidas pelas camionetas e trabalhadores municipais que"voluntarizam" para montar a festa do Avante do que por qualquer outra coisa.



A boa gestão autárquica de Lisboa em coligação deve-se acima de tudo à obra dos presidentes João Soares e Jorge Sampaio e não aos autarcas comunistas.



Para além disso considero que o que o sindicato dos trabalhadores da câmara, de direcção totalmente comunista, acaba de fazer é mais um exemplo da utilização dos trabalhadores como tropa de choque da estratégia comunista, no total desrespeito pelos intresses desses mesmos trabalhadores.



A greve do lixo, tal como denunciei no meu blog, é algo de bizarro. É uma greve "cautelar". Não há nada aprovado quanto a qualquer externalização de serviços, que aliás teria de ser aprovada em orgãos autáquicos onde os comunistas também têm assento. Na actual situação económica, convencer os trabalhadores a prescindir de 3!!! dias de salário em luta contra uma pretensa intenção é criminoso!

O único objectivo é o de manter viva na rua a contestação contra o Partido Socialista, para além de ser a resposta dos sectores mais "proletários" e ortodoxos da CGTP contra o protagonismo de alguns "intelectuais" como o Mário Nogueira, o qual aliás, já é produto da reacção de sectores mais ortodoxos da CGTP contra o potencial "direitismo" e "aburguesamento" do Carvalho da Silva que, até já é doutor, logo, um potencial burguês em vias de social-democratização.



Ou seja, esta greve do lixo tem grandes parecenças com a de Nápoles. A de lá foi organizada pela máfia napolitana. A de cá pela máfia que dirige o PCP. É tudo uma questão de famílias.



O PS não pode aliar-se com esta gente. O cordeiro que se alia ao lobo à hora de almoço acaba por ser comido ao jantar.



O que o PS tem de fazer ´apresentar uma lista sólida, baseada em competências e não em distribuição de lugares por barões e baronetes. Libertar-se da lógicas aparelhísticas de poderes anteriores à fundação da nacionalidade como sejam os de Migueis Coelhos e quejandos. E coligar-se apenas com aqueles que, independentes ou oriundos de outros agrupamentos políticos ou de meros cidadãos têm Ideias sobre Lisboa, como é o caso da Helena Roseta e, no limite, do Zé Sá Fernandes que quando se limitava a ser mera correia de transmissão do inenarrável Francisco Anacleto Louçã fazia falta e agora parece que já não faz...



Em suma, o PS não pode, nem deve, ganhar Lisboa "a qualquer custo" e muito menos vendendo a alma ao Diabo.



Tem de ganhá-la pela competência, pelas ideias e pelo programa. Se tal não acontecer, não será dramático. Lisboa já sobreviveu a inúmeros cercos, pelo menos dois grandes sismos, uma presidência do Santana Lopes e várias outras pragas. Por certo sobreviverá mais uma. E talvez até nem fosse mau deixar, por uma vez, que fosse o PSD a ter de gerir o buraco financeiro em que deixou a autarquia.



Desculpa os desabafos.



Um abraço do Luís Lopes
publicado por JoffreJustino às 08:17
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Segunda-feira, 15 de Dezembro de 2008

O Que Fazer com estes Putos?(Urge Mais Solidariedade…Mais Responsabilidade Social)

Antes do mais não nos queixemos – não estamos na Grécia, onde os Jovens, tal qual Maio68, pré anunciam, nas ruas, a queda de um governo conservador na comunicação social.

Não. Estamos em Lisboa onde, num colégio, o Pina Manique, de uma instituição, antiga, de solidariedade social, a CASAPIA, num bairro classe média, onde 2 gangs se confrontaram até à chegada da polícia tendo morrido por tal um miúdo.

A Casa Pia surge, assim, como notícia, desta vez enquanto entidade onde se digladiam gangs, no caso um da Amadora e outro de Loures.

Bem, ainda assim vivemos mesmo muito longe da Grécia. Lá os miúdos discutem política, vão para as ruas de cocktail molotov contra o poder político, gerando violência, desnecessária no essencial, mas com intuitos de mudar o que na sua sociedade eles entendem estar mal.

Sonham enfim…e sonhar é bom, mesmo quando o sonho não é o adequado.

Em Lisboa não.

Viveram-se, na capital, horas seguidas de conflito entre dois grupos de putos, tendo-se deixado chegar tudo ao ponto da violência inútil, desbragada, de termos feridos graves e um miúdo morto.

Primeira nota estranha – como é que é possível que se deixe tudo chegar a este ponto? E sobretudo num colégio de uma instituição com a experiencia antiga de acompanhamento de Jovens problemáticos …?

Horas de pancadaria num ginásio de um colégio, um ferido grave a meio da manhã, e tudo anda como se nada fosse, até ao ponto de termos um miúdo morto?

Para que serve então a Escola Segura, que diga-se, é composta de boa gente, disponível, bons profissionais, (tenho essa experiência), pronta para ser contactada, para intervir, em especial quando a restante autoridade já só campeia por via da navalha?

Segunda nota estranha – então os miúdos têm mais facilmente acesso à comunicação entre si que os responsáveis do colégio, ao ponto de um dos grupos chamar por “socorro” e este, impunemente, chegar?

Na verdade, sabemos que na actividade Educativa nos entre relacionamos com a geração da telecomunicação e não nos preparamos também para o efeito? Os putos organizam a révanche comunicando para o exterior, sem que haja reacção?

Terceira nota já não estranha – eis o subúrbio a funcionar.

Quando empurramos uma geração e depois outra e a seguir outra para espaços vazios de vivência, de sentimento comunitário, nascem os sentimentos de refúgio, de solidariedade na sobrevivência, e, estranhe-se o que vou dizer – com o lado positivo dos putos saírem do bairro, no caso português, e acabarem por se envolver com outras vivências.

Conheço o dia-a-dia deste potencial de violência, provinda de miúdos, pois sou director pedagógico de uma Escola Profissional – a EPAR, Escola Profissional Almirante Reis.

É tempo de, entre nós também, reflectirmos sobre o que se passa nas outras escolas, que não as nossas, para melhor agirmos, a partir de conhecimentos aprendidos em outras instituições.

As questões que ponho acima estão aqui colocadas não por demagogia, mas sim para procurar efectivamente saber o sucedido, pois as noticias que ouvi foram, em geral, largamente insuficientes.

Poderei dizer – houve demonstração de inexperiência da parte dos responsáveis, mas terá sido tal o sucedido?

Poderei dizer – alguns responsáveis escolares temem ou não se sentem confortáveis com a assunção de medidas de autoridade, autoritárias até, mas terá sido tal o sucedido?

Poderei dizer – tratou-se de uma experiencia nova, inesperada, mas terá sido tal o sucedido?

Mas de algo posso dizer e curiosamente membros houve da Escola Segura que mo afirmaram, nos primeiros dois meses de actividade escolar deste ano lectivo viveu-se um maior nº de caso de violência nas escolas, que em todo o ultimo trimestre do ano lectivo passado.

O que se estará a passar? A crise económica e social estará a aumentar a disfuncionalidade das famílias e os miúdos reflectem tal com maior violência nas escolas?

Ou, estaremos a assistir a uma maior entrada de miúdos disfuncionais nas escolas, com os Cursos de Educação Formação, com a insistência junto deles para a continuidade dos estudos, com a inexistência de alternativas de emprego para estes miúdos e a sua continuação nas escolas por falta de alternativa e não pelo gosto de nelas estar?

Inclino-me para uma resposta, positiva, múltipla, às hipóteses acima.

Estaremos, nós responsáveis escolares, nós professores e formadores, aptos para responder, com qualidade, a estes desafios surgidos em catadupa?

Vamos estando…

Só que necessitamos de bem mais apoio do que aquele que vamos tendo.

Apoio dos encarregados de educação que, muitos deles, se demitem da sua função, fechando olhos e ouvidos ao que vivem, por inadaptação também ao vivido. Apoio da comunidade envolvente também que desconheceu, anos a fio, o papel que pode e deve ter no necessário suporte à Escola.

Tal qual os vizinhos de antanho que se preocupavam com a miudagem, toda ela, que corria e brincava pelas ruas vizinhas sob o olhar atento de todos.

Chama-se a esta função, também, responsabilidade social.

As escolas hoje são bem mais que espaços de aprendizagem de saberes lidos. São espaços de aprendizagem de vida, de ocupação de tempos livres, perante ruas onde os miúdos já nelas não brincam porque pejadas de perigos.

Apoiar uma escola com uma mesa e uma cadeira, com uma resma de papel, com um computador, com um estágio profissional, é hoje um elevado acto de responsabilidade social, pois motiva o agente de educação, que se sente apoiado, e motiva o miúdo porque se sente acompanhado.

Tenho falado muito de responsabilidade social na EPAR, dela para fora dela, precisamente por isso.

Empresas como a HBS, a Liberty Seguros, entidades como a ANIF, a ANERH, a APME, a Junta de Freguesia de São Vicente de Fora, a Câmara Municipal de Lisboa, as OGFE, que se preocupam com a EPAR, com as actividades dos seus alunos e da sua equipa técnica, pedagógica, administrativa, de apoio, têm sido essenciais para as nossas actividades escolares e extra escolares.

Daí o falarmos tantas vezes da necessidade de mais e mais responsabilidade social entre organizações. De dar maior apoio aos que dele necessita. Porque os miúdos necessitam de sair dos seus guetos, (temos cerca de 30% de miúdos vivendo em condições nada fáceis…), e para o fazerem necessitam de sentir que não é somente a escola que com eles se preocupa, que os vizinhos, os novos vizinhos também os acompanham com um olhar atento.

Tal qual antigamente, ainda que de forma diferente e assim, nas escolas, onde estão os vossos filhos, necessitamos de vocês.





Joffre Justino
publicado por JoffreJustino às 10:33
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Quinta-feira, 11 de Dezembro de 2008

Não concordo, mas é um texto de Um Amigo e, mesmo feito ao correr da pena, como ele me disse, merece uma reflexão atenta...

PS, com o apoio que tem dado aos grandes capitalistas em Potugal, apoiando e financiando os negócio ilícitos, como tal criminosos. Assim como estando prenho de corruptos para quem o status quo deve-se manter igual, aprovando a corrupção que mina todos os partidos que estão ou passaram pelo governo. Partidos esses que estão a criar um caldo propício para uma revolta generalizada do povo português, ainda maior e com mais expressão que a Grega. Espero sinceramente que essa revolta aconteça. Dava dignidade aos portugueses



Porque Sócrates e a maior parte dos seus camaradas são mentirosos, enganaram o eleitorado, não têm um pingo de vergonha e como tal ludibriaram de uma forma miserável quem votou numa prespectiva de deixar um país mais justo, mais moderno e mais solidário.



Conheço deputados que estão no PS e não têm a mínima formação ideológica. Tanto podiam estar no PS, como em algum outro partido. Encaram a vida de deputado da mesma maneira que encarariam qualquer outro trabalho. É um emprego. Não lhes reconheço o mínimo de competência e respeito.



Penso que estes políticos precisavam de uma boa lição.



Há uma grande confusão entre o mundo empresarial e a política partidária.

Vejam o caso de Jorge Coelho e daquele indevíduo que foi ministro das finanças. Saem do governo para ir directamente para empresas que muitas vezes beneficiaram em termos de legislação.

Espero que o povo abra os olhos e corram com esta pulha que está cada vez mais a desgraçar este país.

Não procurei arranjar palavras bonitas. , nem estou preocupado em pontuações

Acho que as pessoas que defendem este governo ou são ignorantes ou também têm interesses que não querem perder.

No mínimo deviam estar calados. Porque se não me quero prejudicar de alguma forma, não devo elogiar aquilo que não é para ser elogiado. Portanto calo-me.

Jorge Alves
publicado por JoffreJustino às 14:18
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PROFESSORES E AVALIAÇÃO UMA NOVELA COM CONTORNOS POUCO CLAROS, Um Texto de Francisco Ene

Ingredientes e personagens:



- Um Ministério corajoso, mas inepto.

- Um Sindicalista (como todos) com ambições políticas desmedidas.

- Cerca de 70% de professores que não estão dispostos a abrir mão do confortável percurso de carreira, sem qualquer avaliação credível que os obrigue a provarem que são, de facto, competentes.





O Ministério

Louve-se a coragem da mulher. De todos os ministros da educação, a única "com eles no sítio…" e a única com um alfobre de ânimo capaz de resistir a todas estas a avalanchas de gente nas ruas, bem ao estilo populista do PREC, bem como o tradicional rancho folclórico de uma oposição de políticos abutres, que não despreza uma única oportunidade para recolher dividendos políticos de uma contestação populista, mesmo que desdizendo e vomitando aquilo que sempre disseram e defenderam (PSD).

Por muito menos já se demitiram ministros, incapazes de se mostrarem com a bravura necessária para enfrentarem a adversidade às suas ideias e convicções.

Erra a ministra quando engendra um sistema de avaliação (urgente e imprescindível) eivado de erros e inconsistências, dando de bandeja aos professores, mas essencialmente aos sindicatos, matéria mais que suficiente para um praguejo ignóbil, e por vezes indigno da classe, procurando convencer a opinião pública que a berraria de rua volta a ser a voz da razão.

Nenhum parente cairá na lama por via de uma manifestação ruidosa de rua.

Mas não se esqueça o professor, após o alvoroço do dia anterior, de explicar aos seus alunos que é pelo diálogo e pelo bom-senso que estes hão-de resolver os seus problemas e explanar as suas ideias, se é que isso, na verdade, ainda se constitui num valor em que os professores de hoje acreditam.

Ou é esta a sociedade que temos vindo, de facto, a criar e queremos continuar a construir?



O Sindicalista

Mário Nogueira é professor. Não sei se terá chegado a dar aulas mais de meia dúzia de anos. O seu furo e a sua ambição desde cedo, segundo os que o conhecem referem, foi a política, via sindicalismo. Alguns dizem que nunca o viram dar aulas. A ver vamos que salto de trampolim executará este militante do Partido Comunista, após esta tão bem sucedida campanha anti-ministério, anti-governo e anti-ensino.

Mário Nogueira corre uma maratona que lhe bateu à porta no momento crucial do seu percurso político. Foi uma onda cuja oportunidade ele não poderia perder de cavalgar. Ele sabe que terá de vencê-la para o último fôlego que faltava.

As pérolas de MN ao longo desta saga são muitas. Ressaltar apenas que, para MN, intransigência é o ME não abdicar de discutir apenas o seu modelo (como organismo de tutela, pelo menos ainda, no seu pleno direito de o propor e de o fazer), intitulando de firmeza a sua posição inflexível de nem sequer se dignar aceitar discutir o modelo do ME. Intransigência do ministério é este ter ido cedendo, transigentemente, nos pontos de maior controvérsia da avaliação e MN responder que se o ministério transige é porque a proposta não presta.

O que incomoda não é a ideia nem a insensibilidade; é o despudor.

Estranha forma esta de diálogo e de vontade de resolver os problemas. Porque me vem à memória a expressão "política de terra queimada" só o meu subconsciente o poderia explicar.

MN levará por diante esta sua luta pessoal e irá ganhá-la, porque este é o país que temos, e ele sabe-o bem.



Os Professores

Os cerca de 70% de professores que se calcula manifestarem-se contra "esta" avaliação, estão-no, de facto, contra "a" avaliação; qualquer avaliação. A avaliação que os obrigue a terem que trabalhar com seriedade e empenho para poderem ser avaliados e catalogados de acordo com a sua competência e o seu valor de professores conscientes e válidos. A pergunta continua de pé e é muito simples:

- quem se propõe aceitar ser avaliado com seriedade para ser escalonado hierarquicamente na carreira com fins de progressão, quando o modelo inócuo e oportunista que sempre vigorou, os leva ao colo, e sem qualquer esforço ou responsabilidade, ao topo da carreira? Quem se dispõe a aceitar ter que mostrar o que, na verdade, vale, se, para o mesmo efeito, pode ser "muito bom" sem ter que o provar?

Estarão, grosso modo, cerca de 30% de professores disponíveis para isso. Aqueles que realmente têm consciência do seu valor e nada receiam quanto a qualquer prestação de provas para o efeito.

Este número poderá não ser muito redondo, como foram redondos os 100.000 de uma vez e os 120.000 de outra. Uma questão "redonda" que não importará sequer aflorar. Acontece que nestes 30%, que não receiam a avaliação, estão contidos os que temem o garrote das quotas, uma necessidade que tem necessariamente que igualar os professores a outras classes profissionais, mas que carece de arranjos a fim de obstar injustiças gritantes como as que se desenham.

Os 30% não serão suficientes para levar de vencida o coro ululante dos restantes, nem a desenfreada corrida de Mário Nogueira rumo ao cimo da sua montanha.

Conviria, contudo, que em nome da classe e do ensino, pelo qual se proclamam preocupados, os professores se prestassem, por momentos, a um relance pelo corpo docente que vos circunda e descortinassem o que de pouco válido o sistema permitiu chegar ao ensino, descurando a exigência e a competência pedagógica.

Bastará um breve exercício de hombridade.

Nenhuma classe profissional é formada apenas por bons profissionais. A dos professores não poderá fugir à regra.

Assim sendo, o que vos move na rejeição de uma avaliação que, não só distinguirá os melhores, como obrigará os menos bons a um esforço para se tornarem mais eficientes?

"Esta" avaliação?

Então qual é a que propõem? A do sindicato que deixa tudo exactamente na mesma?

Se é por esta que pugnam, estamos esclarecidos.

Se é honestamente por outra, qual?

A opinião pública não vos entenderá enquanto não forem capazes de dizer aquilo que querem e o que propõem, afinal.



Francisco Ene
publicado por JoffreJustino às 14:13
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Os Cidadãos Exigem Uma Esquerda Diversa Mas Eficaz e Mais Unida

As sondagens podem não explicitar tudo, mas dão, têm dado, em geral, boas orientações, pelo que vale a pena, pelo menos, pensar nelas.



Ora, a politica de desgaste do governo, que tem sido trabalhada intensamente por toda a Oposição, tem mostrado, nas sondagens, resultados negativos para quase toda a Oposição, excepção feita pelo BE, o seu único grande ganhador, ainda que ao CDS caiba alguma fatia de sensação de vitória obtida.



Reparemos nestas recentes sondagens do EXPRESSO, com 1030 entrevistas, cobrindo todo o país e atendendo aos temas quentes de hoje, (como a avaliação de desempenho dos professores, ou o caso BPN, segundo ficha técnica da mesma sondagem) – o PS fica no limiar da Maioria Absoluta, sem qualquer campanha eleitoral e o primeiro ministro continua em ascensão.



Enfim, segundo esta sondagem, que só vem aliás reforçar anteriores, onde a ministra da educação continuava com largo e em crescendo apoio, a ilação, à Esquerda, a tirar, é que a direcção, maioritariamente comunista, da FENPROF, tem trabalhado para a boa imagem do BE, assim como é que o PS mostra ter, entre os Cidadãos, sustentabilidade na sua politica reformista.



À Direita quem capitaliza, sem dúvida é o populismo de Paulo Portas, (e, com esta gaffe, ou demonstração de apoio ao reformismo no Ensino, recente, dos deputados sociais-democratas, pela ausência, certamente que ainda mais, porque ninguém, no PSD, assumiu um apoio, publico e expresso, à política reformista do Governo).



Os 10%, mínimos essenciais para que haja noção de vitória, para o PCP e o CDS, de qualquer forma, ainda não foram atingidos e, curiosamente, à Esquerda, tudo indica que esses mínimos serão mais facilmente atingidos pelo BE, que não os esperava para já, que pelo PCP, a seguir a linha que tem seguido, enquanto que o CDS, com uma Manuela Ferreira Leite em recuo, ainda pode esperar atingir esses tão desejados 10%.



Porquê? Tudo indica que os Cidadãos entendem que o PCP continua, por um lado, e no terreno social, a reboque do BE e, por outro, no plano ideológico, demasiado amarrado a um passado que não tem prova de poder voltar.



Na verdade, na luta social, não se pode estar, como já esteve o PCP e a CGTP e bem, muitas vezes, (aliás lideraram, com largo brilho técnico, alguns dos processos de integração dos modelos de avaliação de desempenho), a favor de Modelos de Avaliação de Desempenho e, ao mesmo tempo, numa classe profissional de elite, estar contra.



Tal posicionamento confunde os Cidadãos, como está bem visível.



No campo ideológico é certo que a posição do PCP é bem mais difícil.



Ser-se marxista, hoje, depois do desastre da URSS, não é coisa fácil.



No entanto, estou em crer que o problema central do PCP, não é ele ser marxista, mas sim teimar em referências, inexistentes, quer em Cuba, quer na China.



Vivemos tempos abertos.



Hoje são muitos os turistas que se passeiam por Cuba, e não poucos empresários que visitam a RP da China. Empresários Portugueses, diga-se.



Que transportam para a sociedade portuguesa o como se vive nestas duas sociedade.



E vive-se mal.



Por causa das sanções? ~



Não, a RP da China não as tem.



Tão-somente porque o governo cubano governa mal, sustenta a elite do PC Cubano e não o seu povo e porque as migalhas venezuelanas, que refira-se tem uma governação populista mas adequada às necessidades da América Latina, não alimentam os cofres vazios das verbas que não vêm da antiga e desaparecida URSS.



Porque o cidadão turista, e ou empresário, vê miséria, vê prostituição e vê ostentação e corrupção, para as minorias, em Cuba e na RP da China, como em Portugal.



A experiência soviética, mesmo a de Lenine, falhou.



Há que inventar outro percurso para a mudança social é há que ter humildade na busca desse percurso.



Nada impede, claro, vivemos em Democracia, que o PCP siga o percurso do radicalismo.



É do seu direito fazê-lo.



São os comunistas, na esquerda portuguesa, uma força essencial e têm direito ao seu percurso próprio.



Mas será um erro crasso, sobretudo para o PCP, que enquiste nessa radicalização, ainda por cima com discursos díspares, contraditórios entre si, consoante as camadas sociais a quem se está a dirigir.



Como tal erro será negativo para a possibilidade de uma governação sustentada, à Esquerda, em Portugal.



Daí que uma governação em Lisboa, à Esquerda, em coligação PS/PCP, seja fundamental para o retomar, de forma lenta, um diálogo que não pode limitar-se a um diálogo entre franjas descontentes, como parece preferir o BE, satisfeito em dirigir-se aos apoiantes de Manuel Alegre.



Para já porque essas franjas descontentes são cada vez menos significativas.



E, por outro lado, porque a diversidade é essencial à Esquerda.



Como eu, muita Esquerda é, cada vez mais ela o é, por uma economia de mercado, centrada na competência, numa competitividade competente, na solidariedade para com as pessoas mas também entre organizações, pela redistribuição do lucro obtido e do know how adquirido, na transparência de processos, de métodos e de princípios, num contexto de uma globalização que não se faça com a miséria dos outros, mas para o enriquecimento de todos, que não se faça pela delapidação dos recursos, mas com a sua boa gestão, que não se faça contra o planeta, mas tendo em conta que o mesmo nos foi entregue para que o soubéssemos gerir, para demonstrarmos que o sabíamos gerir, tendo em conta as gerações vindouras.



Nunca me canso de referir o velho versículo, da Bíblia, "é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha que um rico chegar ao reino dos céus", para acentuar que,

O ser difícil que um rico chegue ao reino dos céus não significa ser impossível

O que está inerente a este versículo é a incapacidade de muitos ricos em aceitar o seu papel na distribuição da Riqueza, que, hoje, passa por efectivas politicas gestionárias de Responsabilidade Social, nada mais

O exemplo do ora vivido na Grécia, toda a violência, Maio68 que assistimos nas televisões são uma evidência das consequências dos abusos, do resultado da avareza, da falta de solidariedade demonstrada



Por outro lado, a Esquerda é constituída por Pessoas que têm entre si e no meio da imensa diferença que as distingue e individualiza, o princípio do Livre Arbítrio.



O que significa que o erro é uma das nossas características.



Somos filhos de Deus, mas nunca o substituiremos, apesar de o permanente aperfeiçoamento seja o desejo, nosso e de Deus.



Ou, se quiserem, para os não crentes em Deus, somos por natureza imperfeitos, pelo que, tendencialmente, cometemos mais erros que actos acertados, mesmo quando vamos afinando a resolução das imperfeições.



É neste contexto que se encontra o PS, ou, se quiserem, os vários PS, que comungam entre si no desejo de um aperfeiçoar permanente das comunidades humanas.



Cabe ao Partido Comunista Português, cabe claro também ao Bloco de Esquerda, entenderem esta Esquerda, reformista, evolucionista, como nos cabe entendê-los a eles também.



Mas se continuarmos a seguir o rumo dos esforçados ataques uns aos outros, ganhará com tal a Direita.



O que, para nós, Esquerda do Centro, não é dramático.



A Democracia é assim.



Será somente uma perca de tempo e uma perca de uma enorme oportunidade, tendo em conta que a Direita vive também tempos de repensamento interno, de reformulação partidária e ideológica.



Por isso e porque reconheço em Lisboa boas demonstrações de boas gestões autárquicas comunistas, em não poucas Juntas de Freguesia, e, no passado também na Câmara Municipal de Lisboa, é um desperdício a não aprendizagem conjunta das boas experiências, em nome da melhoria da Vida dos Cidadãos, o não surgir de uma Coligação de Esquerda para Lisboa, que sustente a actual governação, eficaz, de António Costa.





Joffre Justino
publicado por JoffreJustino às 11:14
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Quinta-feira, 4 de Dezembro de 2008

Porque É Que O Rei Vai Nu?

É claro que a colega Ana Paula Ferreira prova, no email abaixo, que relata as múltiplas versões do problema matemático, que só não pode ser professora de Matemática…porque a realidade, e os exames nacionais têm-no provado, mostra um sistema de ensino sobre exagerado na exigência para com os alunos, e precisamente na Matemática.



Não acredito, entretanto, ainda que eu seja contra esta luta “dos professores”, que devamos ridicularizar, ainda mais, esta classe profissional como a colega, a brincar, faz.



Agendo – dos anos 50 aos anos 72, (século XX), o sistema de ensino em Portugal era profundamente elitista, dirigia-se a um imensa minoria de famílias portuguesas, (a elite e parte menor da classe média), e as salas de aula centravam-se no facilitismo pedagógico que era o puro autoritarismo.



Aí, tudo é fácil…



De 1974, 25 de Abril, em diante, o Ensino, felizmente, massificou-se e a imensa maioria de famílias, de pais analfabetos, passou a ter de conviver com o Saber, por imposição do Estado Democrático.



Os professores passaram a ser recrutados em massa, (eu vivi especificamente esse tempo…) e, sem qualquer formação pedagógica, os professores lá se iam desenvencilhando conforme podiam.



Nesse tempo e enquanto já herança “do antigamente”, entre os professores cresceu uma elite específica que dava, “umas aulas…”, fazia desse “rendimento”, uma reserva, enquanto trabalhava “liberalmente”, em muitas outras “profissões liberais”.



Na verdade, tinham de leccionação 22h e menos por semana e, para as 45/40 horas semanais dos restantes profissionais, tinham para render mais 23/18 horitas….



1º Grande Problema de hoje – o facto de todos os professores terem de cumprir, na sua função de professor, 35h semana, com 22h de leccionação e as restantes em preparação de aulas, actividades pedagógicas, actividades administrativas, etc.



Daí a imensidão de reformas dos últimos anos, entre os professores….



1º Grande erro do Sistema – não atender a esta, acima descrita, escamoteada realidade, e não criar as condições remuneratórias e de Carreira para esta característica agora imposta aos professores, a exclusividade. Na verdade, a vergonha impede que sejamos explícitos e a exclusividade, a existir, implica um pagamento. Ora os professores, uma parte importante deles, em especial os de fora dos grandes burgos, estão habituados à não exclusividade, em 18h a 23 horas por semana….



2º Grande Problema – o Sistema pensava que havia uma Carreira entre os Professores, pois existiam N escalões na Carreira de Professores, mas onde só funcionava, para a sua evolução, a antiguidade e uma ou outra provazita…



2º Grande erro do Sistema – na verdade os Professores nunca entenderam que os escalões eram a sua Carreira Profissional, até porque pouco distinguia um professor de um escalão, face aos restantes. Tal leva-os a não entenderem o que sucede em todos os outros Contratos Colectivos de Trabalho – a existência de uma evolução na Carreira com Categorias Profissionais adicionadas à mesma, periodicamente, e, pior ainda, com a evolução de uma Categoria Profissional para outra feita, no contexto da mesma função, ou não, em parte bastante significativa das situações por decisão unilateral da entidade patronal



3º Grande Problema – o Sistema entendia que como já havia um Modelo de Avaliação de Desempenho, por infantil que fosse, e era-o, seria perceptível para a comunidade docente a necessidade de implementar um Modelo de Avaliação de Desempenho adequado à necessidade de uma efectiva avaliação dos professores, desde que o mesmo atendesse às regras dos Modelos de Avaliação de Desempenho progressistas



3º Grande erro do Sistema – na verdade a infantilidade a que denominavam de Modelo de Avaliação de Desempenho era tão ridículo que quando os professores foram confrontados com um Modelo, que efectivamente é progressista, incluindo a participação, o direito de recurso, e alinhado com a evolução na Carreira, entraram em total desconforto.



4º Grande Problema – um Modelo de Avaliação de Desempenho tem de ter uma fase de preparação do mesmo, de formação dos Avaliadores, de teste dos instrumentos, etc, razoavelmente prolongada, dois anos normalmente, como deve ser, como todos os instrumentos que avaliam as comunidades, o mais simplificado possível



4º Grande erro do Sistema – ao não ter, de imediato, atendido a estas práticas, gerou um reforço do desconforto acima referido numa classe profissional que ainda não aceita que, como os restantes profissionais, tem de laborar 35 horas por semana e não 22 e menos.



Uma, mais uma, proposta de sugestão que nem tem nada de original,



a) Rever a situação contratual dos professores aceitando o Sistema que podem existir professores sem exclusividade, com horários reduzidos, mas com contratos de trabalho estáveis, por que tal corresponde às necessidades locais e regionais de partes importantes do país. Evidentemente que nestes casos de contrato de não exclusividade, a.1) se deveria estabelecer processos de controlo na evolução nos escalões, a.2) não teriam acesso pelo menos nos períodos idênticos aos professores com exclusividade, aos momentos de licença sabática, que neste estatuto acontecem de 8 em 8 anos

b) Um professor, Paulo Guinote se não me engano, referia a necessidade de estabelecer várias Carreiras Profissionais no interior da Escola, entre professores, técnicos, gestores, etc; parece-me uma sugestão absolutamente adequada às necessidades de uma Escola que deixou de ser o que antes era – uma instituição disponibilizadora de Saberes - para ser também - uma Instituição de Ocupação dos Tempos Livres dos Jovens e de dinamização local. Tratar-se –ia da criação de um Modelo Integrado de Categorias Profissionais, que se poderiam inclusivamente cruzar, o que daria efectiva dinâmica às Escolas, sendo que hoje já sucede este cruzamento de funções sem que tal seja aceite peloa simples razão de se querer olhar para a Escola como ela era “no antigamente”…

c) Mais ainda esta solução terminaria com esta ideia absurda de haver numa função uma única categoria profissional, geraria efectiva dinâmica funcional nas Escolas, e, por tal, maior satisfação dos seus Recursos Humanos.

d) Não existe qualquer dúvida quanto à necessidade de um efectivo Modelo de Avaliação de Desempenho e de que estando um em fase de arranque, assumidamente experimental como está descrito no Memorando de Entendimento, deverá o Sistema, perante o silencio que todos vemos acontecer da outra parte – os Sindicatos – definir um subsistema de integração das criticas provindas das escolas, mas que seja aberto, e conhecido por quem o entender conhecer, quer do Modelo, quer das suas componente e instrumentos, de forma a que no fim deste ano lectivo existam as necessárias adequações do Modelo existente, pois os professores não podem ficar amarrados ao silencio dos Sindicatos, quanto à necessidade que qualquer Modelo tem de Melhoria Contínua

e) Tornando a Escola um subsistema aberto, deverá ainda o Sistema tornar a qualificação dos Professores em um subsistema aberto. Isto é, tem-se vindo a mostrar que o subsistema criado de formação de professores, centrados em estruturas compostas por professores, está enquistado em si e não gera Qualidade, pelo que há que abrir o subsistema de formação dos professores a entidades publicas e privadas e a conteúdos formativos abertos e não aos que “são aprovados” pelo Sistema, aproveitando-se a experiência, bastante positiva, adquirida com a ANQ, Agencia Nacional para a Qualificação; ainda a certificação das entidades formadoras deveria seguir a linha que está a ser preparada pela DGERT





Uma Nota “Politica”





Sendo so professores uma classe profissional bastante permeável, (e ainda bem pois a leccionam), à Cidadania, a experiência prova que parte importante dos políticos, em especial os Locais, são professores. Havendo, felizmente, mais de 40% de representantes, Locais e Nacionais, que não são do PS, o partido do Governo, é mais que natural que a greve tenha tido uma adesão de professores capazes de gerar um total de 30,4% de escolas encerradas ( no Norte 35,5%; no Centro 44,9%, na Região de Lisboa e Vale do Tejo, 22,4%, no Alentejo 14,4%, e no Algarve 11,7%), sendo mais afectados o Centro e o Norte, as regiões com forte peso PSD, e onde claro, os eleitos Locais PSD têm forte influencia.



Poder-se-ia ir dizendo que o PCP e o Bloco de Esquerda se encontram claramente e reboque do PSD. No entanto, parece-me abusivo ir por esse caminho, e mais adequado dizer que andaram todos a reboque da “perca de regalias” que o impacto da ocupação de 35h semanais gera entre os professores, pois, é precisamente no Norte e no Centro que mais sucede existirem situações onde os múltiplos “consultores”, são também professores… e que estavam habituados a gerir as entre 18 e as 23h de liberdade funcional para as actividades de “prestação de serviços” múltiplas.



Será um erro pensar que tal prestação de serviços tem de acabar, pois se tal acontecesse quem perderiam sem duvida seriam as Regiões em causa.



Por isso reafirmo a necessidade de a Reforma da Carreira Docente continuar, com a firmeza que a Ministra da Educação tem provado ter, e que tenderá a gerar o necessário diálogo com os Sindicatos.





Joffre Justino
publicado por JoffreJustino às 14:29
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