Quinta-feira, 27 de Novembro de 2008

Um texto do meu amigo Marco Cardoso que merece ser lido

Olá Joffre,
Se não fosses a pessoa inteligente que eu penso que és. Possivelmente não respondia a este email… mas como sem te conhecer pessoalmente penso que é MUITO INTELIGENTE… desculpa… mas tenho que partilhar… algo que tu já sabes:

Milton Friedman não tem nada a haver com a morte de Allende… que eu saiba!

Não existe fanatismo neoliberal… A humanidade evolui… a espécies parecem que também (nota eu acredito em Deus e não me faz confusão nenhuma que Deus tivesse usado o método da evolução…). Assim (1) no principio tinhas a Teocracia em que a economia (afectação e uso dos recursos) estava sujeita aos homens/(?)mulheres poderosos que o eram porque os deuses queriam. Alguns até pensavam sinceramente que eram descendentes de deuses… imagina a “pancada”! (2) Posteriormente homens/(?)mulheres poderosos evoluíram na justificação do poder sobre a economia através do conceito de Nação. (3) Posteriormente homens/(?)mulheres poderosos evoluíram na justificação do poder sobre a economia através do conceito de Estado. À cerca de 150 anos apareceu uma coisa estranhíssima que é a SA (Sociedade Anónima) e deste modo (4) homens/(?)mulheres poderosos evoluíram na justificação do poder sobre a economia através do conceito de Sociedade Anónima. O interessante é que quando passamos de uma fase para outra… a anterior não desaparece… mantém-se com menos visibilidade mas mantém-se… isto faz com que eu continue a pensar que dado o estádio em que parte da humanidade está (não toda a humanidade) não existe melhor forma de afectar os recursos e utiliza-los do que aquela reduz o ESTADO apenas a emissor de leis adaptada ao momento histórico em que estamos e que seja fiscalizador da sua aplicação. Por um lado tens o “Keynesianismo” que é um tentar ressuscitar do ESTADO e por outro tens o “Shumpeterismo” que é um tentar de ultrpassar o bloqueio do modelo de Sociedade Anónima. A humanidade não evolui de marcha atrás… porque quem evoluiu de marcha atrás extingue-se… Estás a ver o que se vai fazer em Portugal: nacionalizações, ajudas do Estado aos bancos, ajudas do Estado a investimentos públicos da treta… quando se deixassem o mercado a funcionar SÓ por o simples facto de haver a possibilidade de os bancos portugueses e empresas portuguesas poderem ser compradas por terceiros… o capital português que existem em offsore que segundo os números que a imprensa diz são superiores a 14 B€ (isto é, quase 10% do PIB) mais os 20% da económica subterrânea que a imprensa indica que existe eram mais que suficientes para porem os políticos-gestores-accionistas na linha.

Sim caminhamos para a desacralização dos rapazes que controlam a afectação e uso de recursos e essa e desse modo o caminho é mais por Shumpeter e menos por Keynes… Apesar de Milton Friedman ser um génio tal como John Maynard Keynes o primado Keynesiano continua lá… Keynes queria o controlo da economia com despesa pública (nota que investimento é uma despesa)… Friedman queria por outro lado através da politica monetária… quando as moedas começam a extinguir-se e tens um culto do governador do banco central… estás a caminho de uma centralização… que tende a produzir sistemas híbridos… isto é mulas (cruzamento de cavalo/égua com burro(a))

Um grande abraço e desculpa a seca,

Marco Cardoso
Nota: o texto é uma adaptação de excerto do livro “Co-author of the book TEAMNEURS;2009;Publisher: Padrões Culturais“.
publicado por JoffreJustino às 09:55
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Na Verdade, O Que Querem estes Sindicatos de Professores?

Abaixo está uma noticia, do DN, sobre o tipo de Avaliação que estes Sindicatos de Professores entendem adequado – uma auto-avaliação “acompanhada pelo respectivo Conselho Pedagógico”!

Estamos num processo que tem pelo menos dois anos, que tem mais de 6 meses de contestação social, feita pelos professores, acompanhada e/ou liderada por estes Sindicatos e, o máximo que estes Sindicatos apresentam é um documento de Autoavaliação?

Lamento, mas desta vez não posso dizer senão – ultrapassaram os limites.

Os Sindicatos de Professores têm delegados sindicais em todas as escolas do País com tempos de redução para esta função. Os Sindicatos de Professores têm dirigentes com tempos de redução. Os Sindicatos de Professores têm equipas técnicas e administrativas a trabalharem com eles.

E, depois desta crise toda a única coisa que sabem apresentar é o que está abaixo?

Então, assumam de vez – são contra a Avaliação de Desempenho dos Professores!

Nunca se viu um processo de Avaliação de Desempenho que se centre somente na Autoavaliação, trata-se aliás de uma visão errada das relações profissionais centrar a avaliação na percepção de cada um sobre si próprio, tão errada que nenhum Professor o aceitaria nas suas aulas!

Respeito a luta dos professores no que concerne às más remunerações dos mesmos, ás fracas condições de trabalho que ainda têm, mas torna-se impossível aceitar este tipo de posição elitista, antiparticipativa, irresponsável mesmo.

Entendo o desgaste da leccionação, a necessidade de ter em conta o mesmo na percepção da vida profissional de cada professor.

Recuso-me a aceitar que os professores sejam diferentes das restantes classes profissionais quanto à necessidade de demonstrarem a sua qualidade, individual, no plano profissional e, assim, dialogando, intervirem na evolução da sua Carreira Profissional, intervirem na caracterização das suas Condições de Trabalho, intervirem na decisão das suas Orientações Profissionais, intervirem na caracterização das suas Necessidades de Qualificação, de Inovação.

Necessitamos de Professores. Mas necessitamos de professores que entendam os seus Direitos, mas Também os seus Deveres, de Cidadania e a proposta dos Sindicatos se se resume a tal, ao fim deste tempo todo – é a prova do contrário do que necessitamos.

Lamento dizê-lo.


Joffre Justino




Desempenho. Solução a apresentar amanhã ao Ministério da Educação implica a suspensão do actual modelo

Plataforma quer colocar proposta à discussão dos professores

A proposta que a Plataforma Sindical dos professores vai apresentar amanhã ao Ministério da Educação assenta num documento de auto-avaliação, a ser preenchido pelos docentes e acompanhado pelo respectivo Conselho Pedagógico. Mas para que esta proposta chegue sequer a ser negociada, os sindicatos exigem que o actual modelo de avaliação seja suspenso.

O porta-voz da Plataforma, Mário Nogueira, já tinha informado o DN que os sindicatos iam apresentar "uma solução simples, não administrativa e focada na vertente pedagógica que permita aos docentes serem avaliados este ano". Proposta agora concretizada por outros dirigentes do movimento sindical. Carlos Chagas, secretário--geral do Sindicato Nacional e Democrático dos Professores, adianta ao DN que a Plataforma tem uma forma de ultrapassar o vazio legal deixado pela suspensão do actual processo e realizar a avaliação de quem necessita dela. "Embora ainda não haja um documento escrito e pormenorizado, a nossa proposta vai no sentido de cada professor elaborar um relatório de auto-avaliação a ser apresentado ao Conselho Pedagógico, que seria responsável por acompanhar o seu cumprimento."

A leitura das soluções previstas pelos vários sindicatos para a avaliação permitem perceber melhor o que os dirigentes da Plataforma defendem. Assim, este relatório de auto-avaliação deve conter uma análise do docente sobre as condições em que exerce o processo de ensino e posterior apreciação do relatório por uma Comissão de Avaliação do Conselho Pedagógico. "O documento a apresentar pelo professor é de facto de reflexão da componente científico-pedagógica, mas ainda não pormenorizámos a proposta, porque não faz sentido termos um documento escrito sem sabermos se o Ministério suspende o modelo actual", informa João Dias da Silva, da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação.

Caso se reúnam os pressupostos exigidos pelos sindicatos, Carlos Chagas considera que "o documento definitivo deve ser entregue em pouco mais de uma semana, depois de colocado à apreciação dos professores nas escolas". Afirmação que agradou a Mário Machaqueiro, representante de um dos movimentos de professores que organizou a manifestação de 15 de Novembro e que reclama ser ouvido pelos sindicatos neste processo. "Esta posição é positiva e a proposta parece-me razoável, mas temos de ter cuidado para não desmobilizar a contestação. Além de que não sei se o Ministério vai ceder", alerta o professor da Associação em Defesa do Ensino.
In Diario de Noticias via SAPO
publicado por JoffreJustino às 09:12
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Segunda-feira, 24 de Novembro de 2008

…E Porque é Que Não Estaremos Felizes?

Segundo um estudo da Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e Trabalho, e conforme quadro acima, em 31 países europeus, Portugal situa-se entre os últimos sete países em índice de satisfação com a Vida e entre os últimos cinco em grau de felicidade…será de espantar que tão grande explicitação de insatisfação esteja a acontecer?

Não me parece, como a seguir veremos.

Releve-se entretanto que, cada vez mais, estes índices, “não económicos”, são razão de estudo atento, também por economistas, porque acabam por se relacionar directamente com a estabilidade dos mercados.

Não é verdade, aliás, que as muito grandes organizações, em especial as que convivem já nos mercados globais, estudam atentamente os índices de satisfação que os seus bens e serviços geram no Mercado? Não será, pois, de todo vantajoso entender o grau de satisfação dos Consumidores, a montante desta sua função, no grau de Cidadãos, de uma país/região?

Sem sombra de dúvida que sim.


Aliás, uma resposta, “económica”, imediata, ao espanto acima declarado como possível, está visível no rendimento familiar comparado nestes 31 países europeus, também segundo a Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e Trabalho.

Portugal só tem 12 países atrás de si.

E quais? Todos países ex-comunistas. Todos países de recente relação com o espaço europeu.

Portugal está pois na absoluta cauda dos países europeus não ex-comunistas.

A dados de 2006…tal significa que o processo de integração de Portugal na União Europeia, desculpem-me o incómodo – correu mal para Portugal – pois, no contexto da Coesão Social, nada de novo aconteceu…pouca é a melhoria que se releva ainda que a haja.

Vejamos entretanto um outro Quadro também elaborado no contexto da mesma Fundação Europeia, o da Criação Liquida de Empregos de Qualidade, para Portugal. No quadro que aqui não se reproduz, o quintil da esquerda, que agrega os 20% de trabalhadores com empregos mais mal pagos, tendeu visivelmente para a redução – um pouco mais de 200 000 trabalhadores saíram deste quintil, o que é francamente positivo. Mais, nos dois quintis mais à direita verifica-se um acréscimo de 200 000 e de mais de 200 000 trabalhadores com empregos dos mais bem remunerados.

Sinais positivos portanto…

Porque será então que grassa a insatisfação e a infelicidade já que terá havido uma clara transferência de trabalhadores das tarefas mais mal remuneradas para as tarefas mais bem remuneradas?

Certamente porque esta evolução não deixou de manter as Pessoas, em Portugal, mal remuneradas, como o quadro dos rendimentos familiares comparados, no seio da União Europeia o mostra e, ao suceder tal, as expectativas certamente inicialmente positivas foram goradas tendo-se esvaziado a satisfação possível e, por tal, gerado ainda maior insatisfação.

Relevo que a permeabilidade portuguesa ao que se vive na União Europeia é maior que a que se imagina por uma razão bem simples – os portugueses e as portugueses estão na Europa bem antes de Portugal devido à Imigração e a passagem de informação do como se vive na Europa é superior às noticias que a comunicação social de lá nos trazem, por consequência do “passa palavra”.

Mas o crescimento do Emprego também ajuda ao desencanto em que vivem os Portugueses. De facto, se a taxa de crescimento do emprego se mantém próxima daquela da zona euro, entre 1999 e 2002, período de governação socialista, a partir de então, período sobretudo de governação PSD/neoliberal, o desfasamento é crescente com desvantagem para Portugal. Mas já quanto ao Desemprego, se o mesmo se manteve inferior em Portugal à da média da zona euro, a partir de 2003, de novo período sobretudo de governação PSD/neoliberal, a aproximação aos valores da zona euro é crescente.

Direi que, neste campo, se assiste a uma “coesão” pela negativa…o que tende, claro, a reforçar o grau de infelicidade.

Entretanto, também, sendo Portugal o 3º país com a maior taxa de trabalhadores com contratos de duração limitada, em 2006, um pouco mais de 20%, e só ultrapassado pela Espanha e pela Polónia, de novo se relevam os elementos que tendem a acentuar as razões de infelicidade dos portugueses.

Na verdade, a promessa do eldorado europeu está a correr mal, em Portugal, desde a entrada de Portugal na CEE/União Europeia.

Mais, nos últimos anos, e por consequência da imposição europeia de um rígido controlo orçamental, e de uma crise internacional quase permanente, a governação socialista não conseguiu reencontrar o caminho da coesão social na União Europeia, bem pelo contrário.

Mais ainda, qual é a confiança dos Portugueses nas suas instituições políticas? Uma das mais baixas da Europa, a sexta mais baixa enfim.

Os portugueses sentem que têm razão para estarem descontentes com as suas lideranças e, na verdade, constata-se que esse sentimento têm razoes sérias para existir.

De facto, depois destes anos todos de adesão à CCE/União Europeia, poucos têm sido os passos de aproximação ao tão prometido eldorado. Vivemos melhor, claro, que antes do 25 de Abril. No entanto não vivemos tão melhor assim e tudo parece indicar que se mostra cada vez mais difícil de atingir a ideia de uma efectiva coesão social entre o resto da União Europeia e Portugal.

O actual governo tem feito, e eu sou dos primeiros a reconhecê-lo, um sério esforço de reforma institucional no sentido da facilitação das actividades económicas, sociais e políticas.

No entanto, no plano da distribuição dos Rendimentos, a tendência não tem sido suficientemente positiva.

Aliás, o descontentamento dos professores é de tal prova. Urge, pois, implementar uma politica de melhoria da distribuição dos rendimentos, sobretudo para as classes médias, as que têm sido as mais penalizadas nos últimos anos.

O que só sucederá se este governo iniciar, de uma vez por todas, uma politica de efectiva imposição das leis decretadas nas áreas da regulação da actividade económica,

Na verdade, as regulamentações já existentes, por exemplo de defesa ambiental, de Segurança no Trabalho, de qualificação da População Activa, de defesa do consumidor, raramente têm sido cumpridas.

No entanto, se elas forem cumpridas, gerarão rapidamente postos de trabalho qualificados, melhorarão a distribuição dos rendimentos nas classes médias, e aumentarão a produtividade nacional, como acrescerão a economia em sectores de ponta, ainda.

E, aceitemo-lo, tal só não está a suceder por pressão de umas minorias “empresariais”, que auferem destas “poupanças” geradas pela legislação não cumprida, sem terem qualquer preocupação na sua distribuição, ainda por cima, pois têm tais poupanças têm acontecido sobretudo em sectores não geradores de melhores remunerações, ao mesmo tempo que sustentam actividades inadequadas a uma economia moderna.

Basta recordar os sistemáticos ataques à ASAE, para nos recordarmos que quem beneficia do não cumprimento da lei, são minorias que vivem bem, que viram os seus rendimentos melhorar enormemente e que não mostraram ter qualquer vontade, até hoje, de modernização.

Quando, ainda por cima, as leis existem, só que não estão a ser cumpridas por ninguém e quando se tenta aplicá-las salta para o ar um coro de protestos, o que fazer?

Na minha opinião, fazer o mesmo que o governo está a fazer no caso da avaliação de desempenho dos professores – avançar e não ceder! Emendar erros, melhorar o que houver a melhorar, mas não ceder.

Como podem, os portugueses estarem felizes se têm baixas remunerações, emprego instável, insegurança nas condições de trabalho, impossibilidade em se requalificarem profissionalmente, se têm maus produtos alimentares para usufruírem, em más condições de utilização, e se sofrem com índices de poluição cada vez maiores?

Na verdade, quando a ASAE quer intervir não se sente apoiada, como, e bem, o foi a Ministra da Educação, quando a Agência para as Condições de Trabalho não intervém como devia não é penalizada, quando na área ambiental, reina o caos, onde está a criação de uma economia moderna, de empregos dinâmicos e qualificados com efectiva utilização de tecnologia de ponta?

Em muitos poucos sectores ainda, infelizmente, ainda que se sintam evoluções, como no sector energético…

Exige-se mais regulamentação?

Não, exige-se a aplicação da regulamentação existente.

E, para tal, exige-se a requalificação e uma efectiva mobilidade profissional na administração pública, por forma a, com os recursos humanos hoje existentes, se criarem as condições de controlo e de cumprimento da regulação existente.

Para que se cumpram as vontades reformistas deste governo e para que este pais se inove e se adeqúe à restante União Europeia.


Joffre Justino
publicado por JoffreJustino às 10:17
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Quarta-feira, 19 de Novembro de 2008

Cenas Tristes...

Os telespectadores viram e certamente surpreenderam-se.

Eu surpreendi-me.

Um voz, certamente de um “jornalista”, em plena conferencia de imprensa dada ontem à hora do telejornal, pela ministra da Educação, teimosamente, interrompia a Ministra, não a deixava falar, e reafirmava a necessidade da suspensão do processo de avaliação de desempenho, exigência da FENPROF…dizia a voz.

Desde 1992 que não assistia a tal ridículo. Um “jornalista” prestar-se a tal tarefa só mesmo no decurso da “campanha eleitoral” angolana de 1992, quando prosovieticos ainda, do lado do MPLA, tudo o que cheirasse a Democracia tinha de ser desmontado, com cenas ridículas idênticas, interrompendo conferencias de imprensa, boicotando quem as dava, etc.

Já andei a ver se a FENPROF se teria demarcado desta atitude, mas ainda não vi nada. No entanto, só posso acreditar que o fará, pois trata-se de uma das estruturas sindicais da classe profissional que ensina os nossos filhos à Cidadania e é, claro, obrigatório que o faça..

O Ministério da Educação, e bem, está a ouvir as partes interessadas neste processo, o da avaliação de desempenho. Está também, como é seu dever, a manter a opinião publica informada dos passos dados, no sentido da obtenção de um obrigatório consenso, ( o que não poderá significar, de forma alguma, o abandono de um rumo que teve até a assinatura dos sindicatos no Memorando de Entendimento).

Também acredito que os restantes “movimentos de professores”, se demarquem de tamanha incivilidade – eles são porta-vozes visíveis de um nº significativo dos que também ensinam os nossos filhos a Cidadania e não acredito que assuma como deles tais atitudes.

A não ser que queiram que todos nós passemos a desconfiar das capacidades profissionais dos professores.

A gestão de um conflito não passa pela interrupção do outro, daquele com quem conflituamos, quando ele justifica as suas opções.

Porque ouvir o outro é determinante para apresentarmos as nossas opções.


A não ser que não se queira manter o principio da Negociação e rejeitar o facto de os professores serem os educadores, em Cidadania, dos nossos filhos.

Neste momento, enquanto aguardo tais demarcações, cada vez menos entendo os porta-vozes dos professores.



Joffre Justino
publicado por JoffreJustino às 09:33
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Segunda-feira, 17 de Novembro de 2008

3 Lideranças

As acções de uma só pessoa,

o líder, explicam 50% a 70%

dos sentimentos dos empregados

relativamente ao ambiente humano

no trabalho

(In, Os Novos Líderes, Daniel Goleman

e outros)



A FENPROF, no contexto da negociação com o Ministério da Educação, acordou um Memorando de Entendimento onde se explicitava que, em 2008/2009, a avaliação de desempenho dos professores decorreria a título experimental. No seu site assume tal como uma vitória, tipo ganhámos tempo, sobre o Ministério da Educação.



Os movimentos de professores, contestatários da própria FENPROF, entenderam desde sempre que eram contra a Avaliação de Desempenho e, por tal eram contra o Memorando de Entendimento assinado entre o Ministério da Educação e a FENPROF.



Marcaram uma manifestação para provar o apoio que tinham na contestação à avaliação de desempenho.



A FENPROF, numa política de liderança reactiva, decidiu antecipar uma manifestação à da dos movimentos de professores.



Ambas manifestações tiveram mais de 100 000 participantes.



Quem ganhou na contestação? Ninguém.



Mas sobretudo perderam os professores.



A sua profissão tem como um dos elementos centrais a avaliação dos alunos.



Os Encarregados de Educação, o Estado, entregam aos professores as crianças e os jovens para que estes potenciem o seu conhecimento, a sua cidadania, a sua civilidade.



É bom que os professores surjam pois enquanto grupo profissional dinamicamente interveniente.



O que já não se entende é que surjam enquanto grupo profissional sem rumo, sem autoridade.



Se avaliam porque é que não podem ser avaliados? Eis a pergunta que todos os cidadãos e cidadãs de Portugal fazem aos professores. Se não confiam entre si para uma avaliação séria, qual professor sai do ónus da desconfiança, quanto à avaliação que fazem aos alunos?



Se não concordam com o modelo de avaliação do Ministério da Educação, que modelo alternativo têm?



Se não concordam com os instrumentos do modelo do Ministério da Educação, que instrumentos mais facilitadores da burocracia apresentam?



Porque estamos, está escrito no Memorando de Entendimento, em uma fase experimental do Modelo do Ministério da Educação. Ora as fases experimentais servem precisamente para apreciar o existente, sugerir alterações e potenciar a melhoria.



Onde estão as propostas dos professores? São, todas, desconhecidas.



A FENPROF existe com delegados sindicais em todas as escolas do país, pagos pelo Estado, pelos nossos impostos, os de cada um de nós.



Ainda bem.



Mas para produzir resultados positivos e não para reagir aos temores gerados por movimentos de professores que contestam a Avaliação de Desempenho, não para fazer oposição a este ou outro governo.



Não para fazer uma liderança reactiva, negativa, inconsequente. Mas que propostas têm então?



É compreensível que um ou mais movimentos de professores se oponham a este ou outro qualquer governo.



Não é aceitável é que, opondo-se a um instrumento de politica de gestão, remuneratória, qualificativa, de um governo, transformem a contestação profissional em politica, alimentando expectativas que põem em causa a classe profissional.



Pois ao fazê-lo, o resultado é que ficámos, os restantes cidadãos portugueses, somente, a saber que existem 100 000 professores que são, politicamente, de opção diversa à do governo.



O que é um direito que têm. Direito sabido por todos.



Não podem é recusar o que também fazem – avaliar – em nome de nada.



Porque não existem somente 100 000 professores envolvidos na Educação.



Existem bem mais professores, os responsáveis escolares das entidades privadas, os Encarregados de Educação, e o Estado.



E o consenso tem de ser feito entre todas estas camadas sociais.



Não somente entre o Estado e 100 000 professores.



Assim, a 3ª liderança, a da Ministra da Educação merece todo o apoio dos restantes professores, dos responsáveis escolares das entidades privadas, dos Encarregados de Educação.



E deve manter firmemente a sua posição – negociar sim, mas negociar no contexto de Um Modelo de Avaliação de Desempenho.



Porque os professores, sendo uma profissão específica, com características específicas, evidentemente mal remunerada, não pode anular uma das componente do processo educativo – a sua avaliação, no seu todo e não somente no contexto da avaliação dos alunos.



Esse caminho, o da rejeição da Avaliação, é o caminho inaceitável.





Joffre Justino
publicado por JoffreJustino às 10:36
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Quarta-feira, 12 de Novembro de 2008

A DERROTA DOS SOCIALISTAS…?

“…esta escola de pensamento criminoso

fundada por Milton Friedman que queria

acreditar que o óptimo é o equilíbrio de

mercado e que com quanto menos

regras se tem mais possibilidade de se atingir

o óptimo…”

(in Michel Roccard, entrevista ao

Le Monde, 01.11.08)



Pois é, se lemos um socialista de antanho, como já o foi António Barreto, e o comparamos com Michel Roccard, que António Barreto até conhecerá pessoalmente, acredito-o, percebemos o como mal caminhamos na gestão do pensamento deste país que é Portugal.

Não é que não seja natural mudar-se de opinião, filosófica, política, clubistica até.



Mas convém não esquecermos o nosso passado e não lavarmos o mesmo, sem mais.



António Barreto, em um seu texto, A Luta Final, (belo titulo!), chega a citar a Constituição da República de 1976, “da autoria de ambos, preconizava “a apropriação colectiva dos principais meios de produção e solos, bem como os recursos naturais”, sendo que os ambos autores seriam os comunistas e socialistas.



O que não é verdade.



Neste texto citado, à Constituição da Republica de então aderiram, com mais ou menos empenho, sociais democratas, centristas e, claro, a UDP.



Lá a razão da adesão cabe ao mesmos assumi-la, mas escondê-la é que não é serio. Como é menos sério esconder-se que António Barreto, à época, também não fugiu ao voto favorável à tal frase.



Eram outros tempos dir-se-á.



Claro. Só que eu, que fui, à época, maoísta, não escondo tal, (fiz até parte de um Partido político proibido de se candidatar à Constituinte de 1975, o PCP-ML…



Marx, aliás, arrepiar-se-ia com a colecção de asneiras contidas na nossa “marxista” Constituição…a começar por esta frase, completamente antimarxista. Colectiva? Mas colectiva de quem?, diria ele.



Na verdade, andou, entre 1974 e 1979, meio mundo, à esquerda, a enganar outro meio mundo, com fraseologias “marxistas”, mas pejadas de erros marxistas, como o que referi acima…



E António Barreto, como eu, (ainda que menos pois não votaria tal estupidez), não o nego, entre eles…



De seguida vieram os anos do domínio do neoliberalismo.



Os anos 80 dos yuppies, da Bolsa de NY, do sr Reagan e da sra Tactcher, que, em Portugal, dado o atraso do debate de ideias existente no espaço de expressão portuguesa, desde os anos 30 de António de Oliveira Salazar, continuaram até aos dias de hoje.



Nesses anos, a pressão dos meios intelectuais conduziu a que o Estado, que na Europa não foi mais que um Estado de Bem Estar e não um Estado de “apropriação social dos meios de produção”, foi reconduzido a um estatuto menor, e, assim, facilmente reduzido no seu peso sobre a Economia e a Sociedade.



Pressão que se tornou acrescida quando, em 1989, a URSS faliu com a queda do muro de Berlim e o golpe de estado contra Michail Gorbachev, (lembram-se? Quando o PCP assumiu estar com os golpistas e contra o Estado “comunista” ainda “existente”…)…dando origem a anos seguidos de fome, miséria e destruição de tecido empresarial na Russia e nos países de leste, pelas politicas neoliberais hoje por todos lamentadas…



Mas, a par do sucedido nessa parte do planeta, há que recordar a destruição vivida no Chile, anos antes, com o golpe militar anti Allende, mas que se alargou a quase toda a América Latina, que ainda hoje dela, destruição, não se recuperou e a destruição dos já de si fracos Estados Africanos, da qual nasceram os anos de suicídio em que África vive hoje.



É evidente que, depois de anos de aplicação do pensamento da “escola de pensamento criminosa”, há sem dúvida que salvar o que resta.



E antes de se pensar em salvar a economia de mercado, conceito bem distinto de capitalismo, na minha humilde opinião, ainda que não somente minha, haverá mesmo que salvar o capitalismo, porque nele vivem mais de metade da população mundial.



Ora com a vida das pessoas não se brinca, pois sem elas não há economia possível, já que elas são as produtoras, as distribuidoras e as consumidoras do que resulta da actividade económica, convém, sempre, lembrá-lo.



É neste contexto que surge a vitória eleitoral de Barack Obama, Hussein também, (recorda Faranaz Keshavjee, estudiosa de temas islâmicos, e bastante presente no jornal Publico.), que, como se tem visto, muita dor de cotovelo tem gerado, à Esquerda e à Direita, a nível mundial.



Trata-se mesmo de se fazer um esforço para salvar o planeta de uma crise global, onde desde a problemática ambiental, à distribuição da riqueza, á necessidade de se reinventar, de novo, o Estado e a regulação dos múltiplos interesses existentes na economia mundial globalizada, aos direitos humanos, tudo está em jogo.



Os socialistas terão pois de fazer a implementação de políticas pragmáticas, onde o espaço do social se mantenha, passando esse por regulações entre parceiros sociais internacionais, legislações nacionais, reforço da livre circulação de bens e serviços, regulação eficaz da livre circulação de capitais e efectivo incentivo da livre circulação de pessoas.



Nesse percurso, Portugal que já teve uma mulher primeira ministra, em 1979, e nada mais fez no campo da visibilidade da igualdade de oportunidades terá sem duvida oportunidade de colocar no poder uma cidadã indo-afro-luso-muçulmana, e garantidamente bem antes do Irão colocar no poder, ou a Arábia saudita, ou Angola, um caucasiano-afro-cristão.



Porque nas sociedades abertas as pessoas aprendem mais rápido que nas sociedades fechadas, e implementam medidas também mais rapidamente.



Há quem chame a tal a derrota final. António Barreto fá-lo.



Outros, de mais bom senso e menos complexos de culpa, chamarão de o caminho do progresso.



Joffre justino
publicado por JoffreJustino às 11:51
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Segunda-feira, 10 de Novembro de 2008

E SE A MINISTRA DA EDUCAÇÃO TIVER RAZÃO?

É chegado o momento de, nós encarregados de educação, nós profissionais da educação, nós estudantes, solicitarmos aos Parceiros, Estado e Sindicatos que assumam o dever de, publicamente, debaterem o tema da Avaliação de Desempenho na escola pública.

Quando mais de 100 000 professores saem à rua, pela segunda vez, em uma manifestação fortemente participada, diga-se desde já, que é correcto que a Ministra da Educação não se assuste, mas sim que fique atenta. A classe profissional que orienta os nossos jovens para a Cidadania não cumpriu mais que o seu dever – demonstrar o seu sentido cívico, manifestando pública e adequadamente a sua opinião, pelo que é natural o não haver susto por parte da Ministra, mas sim atenção redobrada.

Mal seria o contrário.

Por isso, estou em crer que chegou o momento de haver um confronto de ideias e não de slogans e, pelo menos a televisão pública, tem o dever de disponibilizar a todos nós um debate alargado sobre o tema da avaliação de desempenho, entre os responsáveis sindicais, líderes de opinião e responsáveis do Ministério da Educação.

Porque, se é verdade que os Sindicatos, que têm um espaço próprio para o efeito, não apresentaram, nesse espaço, alternativas para que o modelo de avaliação de desempenho siga o princípio do seu melhoramento contínuo, então a Ministra da Educação tem razão e estaremos perante um aproveitamento de uma classe profissional que, em qualquer circunstância, não tem sido devidamente respeitada e que tem razões para se sentir insegura.

Facto que, aliás, abrange todos os subsistemas de Ensino e todos os seus profissionais, num clamoroso erro que conduz aos baixos índices de produtividade e de eficácia portugueses e que urge reparar.

Em situação contrária terão razão os sindicatos, claro.

Desde já relevo o documento, anteprojecto de avaliação de desempenho, apresentado no site da FENPROP, www.fenprof.pt , que é, na minha opinião, bastante insuficiente, pois trata a avaliação de desempenho num plano que já não se adequa ao momento – estabelecendo somente princípios, sem definição clara de instrumentos, de procedimentos, e com uma tipificação de avaliação/notação Muito Bom, Bom, e Insuficiente, simplesmente absurdo, por incompleto e por empurrar para avaliações inúteis, ou altamente gravosas, pois entre um profissional razoável e um insuficiente vai um caminho enorme!

A Avaliação de Desempenho é, note-se, um instrumento que existe no Ensino Particular e Cooperativa sem ter gerado, ao que se saiba, quaisquer conflitos na classe profissional e com a assinatura dos Sindicatos, da FENPROF.

Mais, a Avaliação de Desempenho existe na Negociação Colectiva de Trabalho portuguesa há pelo menos mais de 25 anos, (eu, enquanto técnico de contratação colectiva de trabalho, pelos Sindicatos, negociei variados, para não dizer muitos) e nos meios sindicais internacionais, da área da CGTP também diga-se, é entendido como um instrumento que reforça a participação dos trabalhadores na vida das organizações onde laboram, um instrumento progressivo portanto.

Existindo ainda um Conselho Científico para a Avaliação dos Professores, que reuniu pela primeira vez em Abril de 2008 e pela última, ao que parece, em Julho, urge saber o que esse mesmo Conselho tem tratado para que haja tão de imediato um pedido de demissão do seu primeiro presidente, (e porque é que aceitou então este encargo?), e a razão pela qual não reúne mais assiduamente, sabendo-se que no mesmo Conselho estariam em debate temas complexos, acentuando diferentes interesses, exigindo uma atenção significativa por parte de todos os envolvidos?

É ainda de relevar que no site da FENPROF está explicitamente escrito, pela FENPROF, que “o ME foi obrigado a assinar um Memorando de Entendimento que estancou o disparate que seria a entrada em vigor do regime de avaliação em pleno 3º período. Na sequência do Memorando:

Em 2007/2008 a avaliação foi suspensa para 92% dos docentes e, para os restantes, apenas se aplicou um processo simplificado, sem implicação na renovação ou celebração de novos contratos;
Em 2008/2009, a avaliação assume um carácter experimental, pois eventuais classificações negativas não produzirão efeitos, o processo é acompanhado por uma comissão paritária que integra os sindicatos e, para o final do ano lectivo (Junho e Julho de 2009), está já prevista a alteração do modelo. “
O que significa, se ainda sei ler, que o Governo assumiu o carácter experimental do Modelo na sua primeira fase de aplicação, a actual, a deste ano lectivo, e que existem comissões paritárias de acompanhamento para verificação de erros, de insuficiências e de sugestões de melhoria.

É por isso que urge um debate publico sobre o tema da Avaliação de Desempenho.

Já que uma leitura imediata do que está a suceder, com a informação que eu tenho, só dá razão à Ministra da Educação, pois, sabemo-lo não direi todos mas muitos, que existem estruturas sindicais, e ainda bem, suficientes para acompanharem adequadamente a implementação do Modelo de Avaliação de Desempenho, escola a escola.

De facto, tanto barulho para uma implementação experimental de um Modelo?

Porquê? Por estarmos em pré campanha eleitoral?



Joffre Justino
publicado por JoffreJustino às 09:21
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Quarta-feira, 5 de Novembro de 2008

Yes We Can!

Deus abençoou os EUA com a vitória absoluta de Barack Obama, que já tem 338 Grandes Eleitores neste pleito eleitoral sem precedentes.



Mais uma vez, os EUA mostram o quanto têm de bom em si, reconhecendo o tempo de Mudança e alimentando, tal qual como com os Kennedy e Luther King, o Sonho e o desejo de viver com o Diferente e para o bem estar de todos.



Reconheço-o antes do mais, tive ao tempo das Primárias uma outra preferência – Hillary Clinton – mas sempre reconheci em Obama a frontalidade e o desejo de Mudança que, infelizmente, a campanha de Hillary não foi capaz de mostrar, como sempre temi que predominasse, com Obama, o carácter conservador do eleitorado EUA, que como sabemos, não é um eleitorado ideológico, o que felizmente não sucedeu.



Mas foi em plena campanha eleitoral que a elite republicana, perante a crise financeira vivida, foi forçada a enterrar o neoliberalismo e a sua mão invisível, (por isso impossível de provar a existência, ou não….) e a intervir activamente na economia, inclusivamente cometendo o pecado máximo – nacionalizando.



Esse foi efectivamente o sinal da mudança, que se deve diga-se, à governação de Bush, que permitiu isolar os republicanos e reforçar a ideia de que a Mudança era possível e que poderia ser feita sem sobressaltos.



Assim, um afroamericano, um mestiço de negro queniano com uma caucasiana americana, assumiu o tempo da Mudança, merecidamente entenda-se.



Como Barack Obama já o disse ele entende-se como sendo para os brancos, negro, e, para os negros, branco e soube assumi-lo.



Fácil de o perceber – ele não tem raízes na comunidade negra tradicional americana. As suas raízes negras vêm de uma África mais recente e bastante sofredora. Como não tem raízes na comunidade branca racista, mas sim numa geração americana onde a mestiçagem não era pecado e impossível.



E se os seus Pais Puderam, porque não ele?



Terá sido essa convicção que lhe deu a força necessária para fazer o percurso pessoal que o conduziu à Presidência da Republica da maior potência mundial.



Aliás, tanto os EUA como o Mundo necessitam de acreditar na Mudança.



Esta Globalização, que nos mostra caminhos possíveis bem saudáveis, esteve a evidenciar-nos também caminhos de horror que temos de anular.



Para bem da Humanidade.



A Miséria vivida na antiga URSS e nos países ex comunistas. A corrupção, a fome e a miséria que continua a dominar África, o subdesenvolvimento que domina a América Latina, as incertezas vividas ainda na Ásia, com uma China que muda com a lentidão, se calhar útil, de um caracol. Os sustos vividos nos países desenvolvidos com um ambiente financeiro ainda dominado por aventureiros típicos da pirataria do Mercantilismo, são tudo sinais que pedem outra Mentalidade para deixarem de existir.



Não é mais possível continuar a travar a livre circulação de Bens e Serviços, não é possível mais continuar a travar a livre circulação de Pessoas.



Mas urge também regulamentar-se uma economia mundial sem os travões dos Estados e das fronteiras, e onde empresas existem que têm dez vezes mais Riqueza e Poder, que a larga maioria dos Países do Mundo.



Não é possível mais aceitar-se uma empresa com produtos “tipo Nike” que são manufacturados por quem ganha uma malga diária de arroz e trabalha 16 horas por dia, como não é possível mais imaginar-se que um filho de imigrante não pode ser Presidente da República do País onde vivemos, porque somos todos filhos de Deus vivendo numa Terra sem fronteiras.



O Sonho de Luther King está a concretizar-se e é bom viver nuns tempos que permitem tal!



God Bless América, Deus nos Abençoe a Todos Nós!







Joffre Justino
publicado por JoffreJustino às 13:17
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