Quarta-feira, 26 de Março de 2008

Que Seja Feita Alguma Justiça…

Li no Jornal de Noticias de hoje, via Internet, que “A aluna da Escola Secundária Carolina Michaëlis, no Porto, envolvida no incidente de violência com uma professora por causa de um telemóvel vai ser alvo de um processo no Tribunal de Menores do Porto”…



O que me espantou, no entanto, foi ter constatado que a mesma escola secundária continua sem nada dizer sobre este assunto, depois de só ter agido porque um aluno, maldosamente ou não, ter divulgado o filme dos acontecimentos no YOUTUBE.



Ora, tendo o caso sido tornado publico, sou da opinião que a escola deve um esclarecimento, também publico, sobre o sucedido, até porque, segundo uma noticia de 06.05.2004, a escola em causa considerava-se, “…uma escola extremamente bem colocada no ranking nacional de escolas e é o terceiro melhor estabelecimento de ensino público do Porto. A este propósito, o presidente da Associação de Pais, Lluvet Santos, lançou ontem a acusação: “querem destruir os bons e premiar os maus”.”, quando o que esteve em causa foi a possibilidade de encerramento desta unidade de ensino, pela DREN.



Na verdade, mais uma vez, se verifica o como os rankings, centrados nas notas dos alunos, nada significam no plano da Cidadania, da adaptação aos Outros e às Comunidades, de Inserção Social efectiva…



Mais ainda, se visitarmos http://www.esec-carolina-michaelis.rcts.pt/, verificaremos como esta escola se preocupa com a sua divulgação, assim como com a divulgação das suas actividades escolares, na própria Internet…o que é uma razão adicional para que saiba gerir com o publico a gravidade da situação vivida.



Assim, o seu silêncio é, também, um ruído esclarecedor…no entanto, é também de um ruído ensurdecedor o facto de a comunicação social se concentrar numa Jovem de 15 anos e esquecer os encarregados de educação da mesma.



Na verdade, estamos perante uma situação em que é forçoso envolver na resolução do caso os encarregados de educação da referida Jovem, pois passa por eles muito do demonstrado pela sua filha, em especial a clara falta de respeito pela autoridade, pela função dos responsáveis, e pela notória falta de respeito aos Outros.



Sou director pedagógico de uma Escola Profissional, a EPAR, Escola Profissional Almirante Reis e sei como me deparo, todos os dias, com múltiplos, felizmente muito pequenos, problemas e por vezes, bem menos vezes, com alguns bem maiores “crises”, a terem de ser resolvidas no momento, mesmo quando implicam, a seguir, os processos disciplinares mais morosos.



Em não poucas escolas, o que não quer dizer que tal seja generalizado, não há, infelizmente, a noção de comunidade educativa, onde têm de participar, integradamente, a Direcção, os Professores, os Alunos, os Funcionários, e as Entidades dominantes do Ambiente Envolvente à escola, como os Encarregados de Educação, mas não só, nos bons e maus momentos que se vive nas mesmas.



Não há, também, a noção de que a participação exige responsabilização, pelo que quaisquer conflitos têm de ser resolvidos no contexto da percepção de existirem momentos e espaços próprios para os resolverem, momentos e espaços que devem implicar empenhadamente todos os membros da Comunidade e que em nome da responsabilização, não podem ser desleixados.



Ora responsabilizar de tal o Ministério da Educação é pôr em causa a ideia de Autonomia das Escolas face ao mesmo, o que é, para mim, inaceitável.



Na verdade, não podemos exigir Autonomia e, ao primeiro caso de erro, de instabilidade, gritar pelo papá, (no caso o papá Estado), e chorar se o mesmo papá demorar a intervir…



Diz a FENPROF que as escolas necessitam de poderem propor “contratações de técnicos,…”, para resolverem os problemas de indisciplina e, perante a disponibilidade para tal por parte do Ministério, diz ainda a medida “deveria ter sido encarada como prioritária "há muito tempo".



Trata-se de uma afirmação tão generalista que nem sei se posso dizer se concordo ou se discordo de tal. Na verdade, o que sei é que nas Escolas Profissionais, nas privadas pelo menos, não é assim tão fácil de solucionar a obtenção de verbas para estas tarefas…



Na verdade, nestas Escolas, as privadas, há que gerir custos e receitas, há que obter resultados económicos e financeiros e há que assumir que a rentabilidade da actividade é, sem dúvida, cada vez mais – negativa.



O que não impediu a EPAR de criar um Gabinete de Apoio e Mediação ao Aluno e de acompanhar, com este Gabinete, os Coordenadores de Curso, os Orientadores Educativos e a Direcção Pedagógica, as questões pedagógicas em geral, disciplinares, de motivação, de apoio, ou outras.



Infelizmente, sem as verbas referidas para a contratação de técnicos adicionais…



Na EPAR, www.epar.pt, existem momentos e espaços adequados para incentivar à Responsabilidade, à Inserção na Comunidade Envolvente, procurando antes do mais aprender com ela, (nas empregabilidades possíveis, nos conteúdos programáticos necessários às profissões que formamos…), à Cidadania e, sempre, ao Conhecimento.



Acredito que tal sucede com a generalidade das Escolas do País.



O que estranho é que numa “Escola de ranking”, não se saiba como agir perante um “caso disciplinar”, na verdade tão simples, ainda que tão chocante.



Estranho também que a solução seja, de imediato, o aumentarem-se custos nas escolas públicas, generalizadamente.



Gostávamos, na EPAR, que não fosse assim e que se visse da necessidade de facilitar, isso sim, a rentabilidade das Escolas em geral, todas elas, publicas e privadas.



Eis, no fundo, mais uma razão para apoiarmos o Modelo de Avaliação de Desempenho ora em vigor, de forma a aumentar-se, em todas as escolas e entre todos os seus profissionais, a noção da importância da Responsabilidade, elemento essencial para que possamos fazê-la chegar em bem aos Alunos.



Assinem pois a minha Petição, http://www.PetitionOnline.com/93208jsj/petition.html







Joffre Justino
publicado por JoffreJustino às 13:28
link | comentar | favorito
Segunda-feira, 24 de Março de 2008

Apreciação dos Alunos da EPAR, Escola Profissional Almirante Reis, sobre a Feira da Ladra, após aplicarem os Inquéritos aos Feirantes, Visitantes e Turistas, sobre a mesma

Não se trata ainda de uma apreciação rigorosa, pois resulta de uma síntese de um 1º brain stoming entre ao alunos e professores após a aplicação dos Inquéritos aos Feirantes, Visitantes e Turistas, na Feira da Ladra.



Assim,



Foram detectados vários assuntos a merecer a atenção, para uma efectiva Requalificação da Feira da Ladra – a) desenvolver-se uma abordagem dos vários tipos de actividade comercial ora existente na Feira da Ladra, passando tal inclusivamente por se verificar do risco de desaparecimento de algumas delas com o desaparecimento de alguns Feirantes dada a sua idade; b) estudar-se a forma adequada da Segurança necessária na Feira da Ladra não surgir como meio dissuasor da Visita à Feira da Ladra, dada a presença, por vezes intimidante, das forças de segurança, mantendo-se de qualquer forma esta presença em nome da Segurança dos Feirantes e dos Visitantes; c) a necessidade de qualificação dos Feirantes e de dinamização da mesma; d) a necessidade de uma efectiva promoção da Feira da Ladra hoje divulgada em lógica de “bocaaboca”, e com alguma muito pouca divulgação em Unidades Hoteleiras; e) a necessidade de ordenar minimamente o espaço da Feira da Ladra sem lhe retirar a ideia de liberdade de colocação dos produtos a vender;



Foram ainda detectados problemas relacionais entre – a) Feirantes mais antigos e mais novos; b) Feirantes autorizados e não autorizados; c) Feirantes e forças de segurança;



Foram recebidos feedback positivos em relação a – a) de Turistas e Visitantes para a Feira da Ladra; b) necessidade em manter a Feira da Ladra neste local; c)da iniciativa da EPAR em elaborar o Inquérito



Foram recebidos feedback negativos quanto a – a) degradação actual da Feira da Ladra, por alguns Visitantes e mesmo Feirantes; b) resultados obtidos actualmente pelos Feirantes após um dia na Feira da Ladra; c) o pagamento necessário para estar presente na Feira da Ladra enquanto Feirante



Esta mais uma Nota sobre a nossa actividade na Promoção da Feira da Ladra estará a breve trecho, como as outras, no site da EPAR, Escola Profissional Almirante Reis, www.epar.pt





Joffre Justino
publicado por JoffreJustino às 15:14
link | comentar | favorito

.mais sobre mim

.pesquisar

 

.Julho 2012

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6
7

8
9
10
11
12
13
14

15
16
17
19
20
21

22
23
24
25
26
27
28

29
30
31


.posts recentes

. Primárias - Uma Otima Pro...

. O 11 de Setembro e eu pr...

. Um recado a Henrique Mont...

. Na Capital Mais Cara do M...

. Há Asneiras A Não Repetir...

. “36 Milhões de Pessoas Mo...

. Ah Esta Mentalidade de Ca...

. A Tolice dos Subserviente...

. A Típica Violência Que Ta...

. Entre Cerveira e a Crise ...

.arquivos

. Julho 2012

. Setembro 2011

. Agosto 2011

. Julho 2011

. Junho 2011

. Maio 2011

. Abril 2011

. Março 2011

. Fevereiro 2011

. Janeiro 2011

. Dezembro 2010

. Novembro 2010

. Outubro 2010

. Setembro 2010

. Julho 2010

. Junho 2010

. Maio 2010

. Abril 2010

. Março 2010

. Fevereiro 2010

. Janeiro 2010

. Dezembro 2009

. Novembro 2009

. Outubro 2009

. Setembro 2009

. Agosto 2009

. Julho 2009

. Junho 2009

. Maio 2009

. Abril 2009

. Março 2009

. Fevereiro 2009

. Janeiro 2009

. Dezembro 2008

. Novembro 2008

. Outubro 2008

. Setembro 2008

. Agosto 2008

. Julho 2008

. Junho 2008

. Maio 2008

. Abril 2008

. Março 2008

. Janeiro 2008

. Dezembro 2007

. Novembro 2007

. Outubro 2007

. Agosto 2007

. Junho 2007

. Maio 2007

. Abril 2007

. Março 2007

. Fevereiro 2007

. Janeiro 2007

. Dezembro 2006

. Novembro 2006

. Outubro 2006

. Setembro 2006

. Agosto 2006

. Julho 2006

. Junho 2006

. Maio 2006

. Março 2006

. Fevereiro 2006

. Janeiro 2006

. Dezembro 2005

. Novembro 2005

. Outubro 2005

. Setembro 2005

. Agosto 2005

. Julho 2005

. Junho 2005

. Maio 2005

blogs SAPO

.subscrever feeds

Em destaque no SAPO Blogs
pub