Li no Jornal de Noticias de hoje, via Internet, que A aluna da Escola Secundária Carolina Michaëlis, no Porto, envolvida no incidente de violência com uma professora por causa de um telemóvel vai ser alvo de um processo no Tribunal de Menores do Porto
O que me espantou, no entanto, foi ter constatado que a mesma escola secundária continua sem nada dizer sobre este assunto, depois de só ter agido porque um aluno, maldosamente ou não, ter divulgado o filme dos acontecimentos no YOUTUBE.
Ora, tendo o caso sido tornado publico, sou da opinião que a escola deve um esclarecimento, também publico, sobre o sucedido, até porque, segundo uma noticia de 06.05.2004, a escola em causa considerava-se,
uma escola extremamente bem colocada no ranking nacional de escolas e é o terceiro melhor estabelecimento de ensino público do Porto. A este propósito, o presidente da Associação de Pais, Lluvet Santos, lançou ontem a acusação: querem destruir os bons e premiar os maus., quando o que esteve em causa foi a possibilidade de encerramento desta unidade de ensino, pela DREN.
Na verdade, mais uma vez, se verifica o como os rankings, centrados nas notas dos alunos, nada significam no plano da Cidadania, da adaptação aos Outros e às Comunidades, de Inserção Social efectiva
Mais ainda, se visitarmos
http://www.esec-carolina-michaelis.rcts.pt/, verificaremos como esta escola se preocupa com a sua divulgação, assim como com a divulgação das suas actividades escolares, na própria Internet
o que é uma razão adicional para que saiba gerir com o publico a gravidade da situação vivida.
Assim, o seu silêncio é, também, um ruído esclarecedor
no entanto, é também de um ruído ensurdecedor o facto de a comunicação social se concentrar numa Jovem de 15 anos e esquecer os encarregados de educação da mesma.
Na verdade, estamos perante uma situação em que é forçoso envolver na resolução do caso os encarregados de educação da referida Jovem, pois passa por eles muito do demonstrado pela sua filha, em especial a clara falta de respeito pela autoridade, pela função dos responsáveis, e pela notória falta de respeito aos Outros.
Sou director pedagógico de uma Escola Profissional, a EPAR, Escola Profissional Almirante Reis e sei como me deparo, todos os dias, com múltiplos, felizmente muito pequenos, problemas e por vezes, bem menos vezes, com alguns bem maiores crises, a terem de ser resolvidas no momento, mesmo quando implicam, a seguir, os processos disciplinares mais morosos.
Em não poucas escolas, o que não quer dizer que tal seja generalizado, não há, infelizmente, a noção de comunidade educativa, onde têm de participar, integradamente, a Direcção, os Professores, os Alunos, os Funcionários, e as Entidades dominantes do Ambiente Envolvente à escola, como os Encarregados de Educação, mas não só, nos bons e maus momentos que se vive nas mesmas.
Não há, também, a noção de que a participação exige responsabilização, pelo que quaisquer conflitos têm de ser resolvidos no contexto da percepção de existirem momentos e espaços próprios para os resolverem, momentos e espaços que devem implicar empenhadamente todos os membros da Comunidade e que em nome da responsabilização, não podem ser desleixados.
Ora responsabilizar de tal o Ministério da Educação é pôr em causa a ideia de Autonomia das Escolas face ao mesmo, o que é, para mim, inaceitável.
Na verdade, não podemos exigir Autonomia e, ao primeiro caso de erro, de instabilidade, gritar pelo papá, (no caso o papá Estado), e chorar se o mesmo papá demorar a intervir
Diz a FENPROF que as escolas necessitam de poderem propor contratações de técnicos,
, para resolverem os problemas de indisciplina e, perante a disponibilidade para tal por parte do Ministério, diz ainda a medida deveria ter sido encarada como prioritária "há muito tempo".
Trata-se de uma afirmação tão generalista que nem sei se posso dizer se concordo ou se discordo de tal. Na verdade, o que sei é que nas Escolas Profissionais, nas privadas pelo menos, não é assim tão fácil de solucionar a obtenção de verbas para estas tarefas
Na verdade, nestas Escolas, as privadas, há que gerir custos e receitas, há que obter resultados económicos e financeiros e há que assumir que a rentabilidade da actividade é, sem dúvida, cada vez mais negativa.
O que não impediu a EPAR de criar um Gabinete de Apoio e Mediação ao Aluno e de acompanhar, com este Gabinete, os Coordenadores de Curso, os Orientadores Educativos e a Direcção Pedagógica, as questões pedagógicas em geral, disciplinares, de motivação, de apoio, ou outras.
Infelizmente, sem as verbas referidas para a contratação de técnicos adicionais
Na EPAR, www.epar.pt, existem momentos e espaços adequados para incentivar à Responsabilidade, à Inserção na Comunidade Envolvente, procurando antes do mais aprender com ela, (nas empregabilidades possíveis, nos conteúdos programáticos necessários às profissões que formamos
), à Cidadania e, sempre, ao Conhecimento.
Acredito que tal sucede com a generalidade das Escolas do País.
O que estranho é que numa Escola de ranking, não se saiba como agir perante um caso disciplinar, na verdade tão simples, ainda que tão chocante.
Estranho também que a solução seja, de imediato, o aumentarem-se custos nas escolas públicas, generalizadamente.
Gostávamos, na EPAR, que não fosse assim e que se visse da necessidade de facilitar, isso sim, a rentabilidade das Escolas em geral, todas elas, publicas e privadas.
Eis, no fundo, mais uma razão para apoiarmos o Modelo de Avaliação de Desempenho ora em vigor, de forma a aumentar-se, em todas as escolas e entre todos os seus profissionais, a noção da importância da Responsabilidade, elemento essencial para que possamos fazê-la chegar em bem aos Alunos.
Assinem pois a minha Petição,
http://www.PetitionOnline.com/93208jsj/petition.html Joffre Justino
Não se trata ainda de uma apreciação rigorosa, pois resulta de uma síntese de um 1º brain stoming entre ao alunos e professores após a aplicação dos Inquéritos aos Feirantes, Visitantes e Turistas, na Feira da Ladra.
Assim,
Foram detectados vários assuntos a merecer a atenção, para uma efectiva Requalificação da Feira da Ladra a) desenvolver-se uma abordagem dos vários tipos de actividade comercial ora existente na Feira da Ladra, passando tal inclusivamente por se verificar do risco de desaparecimento de algumas delas com o desaparecimento de alguns Feirantes dada a sua idade; b) estudar-se a forma adequada da Segurança necessária na Feira da Ladra não surgir como meio dissuasor da Visita à Feira da Ladra, dada a presença, por vezes intimidante, das forças de segurança, mantendo-se de qualquer forma esta presença em nome da Segurança dos Feirantes e dos Visitantes; c) a necessidade de qualificação dos Feirantes e de dinamização da mesma; d) a necessidade de uma efectiva promoção da Feira da Ladra hoje divulgada em lógica de bocaaboca, e com alguma muito pouca divulgação em Unidades Hoteleiras; e) a necessidade de ordenar minimamente o espaço da Feira da Ladra sem lhe retirar a ideia de liberdade de colocação dos produtos a vender;
Foram ainda detectados problemas relacionais entre a) Feirantes mais antigos e mais novos; b) Feirantes autorizados e não autorizados; c) Feirantes e forças de segurança;
Foram recebidos feedback positivos em relação a a) de Turistas e Visitantes para a Feira da Ladra; b) necessidade em manter a Feira da Ladra neste local; c)da iniciativa da EPAR em elaborar o Inquérito
Foram recebidos feedback negativos quanto a a) degradação actual da Feira da Ladra, por alguns Visitantes e mesmo Feirantes; b) resultados obtidos actualmente pelos Feirantes após um dia na Feira da Ladra; c) o pagamento necessário para estar presente na Feira da Ladra enquanto Feirante
Esta mais uma Nota sobre a nossa actividade na Promoção da Feira da Ladra estará a breve trecho, como as outras, no site da EPAR, Escola Profissional Almirante Reis, www.epar.pt
Joffre Justino