Quinta-feira, 16 de Agosto de 2007

O ANCIÃO SOARES, JOVEM COMO SEMPRE….

Mário Soares fez um excepcional artigo, publicado ontem, 15 de Agosto, n’o PUBLICO, e que merece reflexão obrigatória, (apesar de hoje poucos se dedicarem, sobretudo em férias, a estas actividades…), porque da Democracia, hoje tão mal tratada, se trata.



Sem dúvida que há, em Portugal, (e nos países desenvolvidos mais antigos em geral…), gerações que, por terem passado por rupturas na Esquerda, e na Direita, vivem mal estas matérias da ideologia política…



Maos, trostskas, gauchôs, anarcas, aos 16/30 anos, ficou a estes, sempre, mal a ideia de assumirem que a Esquerda exige acção e pensamento conjuntos, até porque as Esquerdas dominantes separam a acção do pensamento. Dos outros, das rupturas nas Direitas, filhos dos acima, (e não só claro…mas em geral filhos de rupturas…), nasceu, têm vindo a nascer, outras Direitas, umas ditas neoliberais, outras ditas neoconservadoras, outras até anarcas de direita, onde ficou também sempre mal digerida a questão do debate de ideias.



São estas as gerações que dominam hoje a política, no mundo e em Portugal.



JMFernandes vem das rupturas Maos, exUDP, exVoz do Povo, que é. Por isso tem, mantém, uma malapata antiga com Mário Soares.



É claro assim, na minha opinião, que não é por acaso que n’o PUBLICO predomine uma componente tão significativamente antiPS sendo JMFernandes o Director, (e suponho o leader…) do mesmo. É também claro assim, que a critica a Mário Soares, desta vez quase assumida no campo da ideologia, surja tão veemente, (e, já agora, a resposta de Mário Soares surja também, tão escondida…).



Pensando provavelmente piscar o olho a Sócrates, JMFernandes procurou, (e há-de tentar mais vezes certamente…), empurrar Mário Soares para o canto da “Esquerda ultrapassada”, alinhando-o com uma vertente latino americana, onde predomina Chavez, fortemente anti americana, antiliberal, e quase “marxista serôdia”.



Desta forma JM Fernandes conseguiria erradicar Soares e os soaristas deste PS que hoje governa, ao mesmo tempo que tornaria alguma Direita como a detentora de algumas das bandeiras essenciais – a Liberdade, a Igualdade – esquecendo sempre, claro, a Fraternidade, as velhas bandeiras da Esquerda da Revolução Francesa em diante.



Começo por recordar uma conversa que tive, cerca de 1988, lá para os lados de Bruxelas, numa mesa de almoço, com um dirigente europeu de uma Confederação Empresarial…segundo ele eu seria um azarado pois vivia no país da Europa com o empresariado mais reaccionário que ele jamais conhecera…frase quase sic do mesmo que nunca esquecerei, por dita por quem era…



Porque é neste contexto que devemos inserir o nosso debate. É pois neste contexto, onde o maior banco privado é dominado pela Direita mais direitinha da Europa, a Opus Dei, que se insere o debate sobre as liberdades formais.



Votar e ser votado, eleger e ser eleito, eis a essência da Democracia, para, (nem direi todos…) os neocons, e neolibs.



Um outro apontamento essencial e onde divirjo, (ou posso divergir…), de Mário Soares – confesso que não gosto de Chavez. Acho-o demasiado vaidoso, (mas com um imenso pseudo mau gosto…prefiro mil vezes o assumido e caro bom gosto de Álvaro Cunhal), azedo, populista e situado numa Esquerda que sempre combati…a que veste as roupas do Povo, para com ele se assemelhar e dele obter as simpatias…



No entanto, acho-o particularmente divertido, naquela ideia bizantina e serôdia, de entender que dominando petróleo se pode dominar, e mudar, o mundo.



Não pode.



Tal como Castro, por dominar a maior tropa de mercenários de sempre, não dominou, como se vê hoje – nada – também Chavez falhará.



E não é porque os EUA são “anticubanos” que eu me devo assumir como pró cubano ou pró Chavez – entrego essas bandeiras ao Bloco de Francisco Louçã…



Mas JM Fernandes confunde sem dúvida a árvore com a floresta, fazendo-me lembrar toneladas de emails que do Brasil recebo, das Direitas brasileiras, insultando por tudo e por nada, Lula, aquele proleta que atreveu a sentar na cadeira do Poder…



Na verdade, o encerramento de uma televisão pode, ou não, ser um abuso de Poder, e como Soares recorda e bem, inundar um País de propaganda, por via de uma televisão, ao mesmo tempo que se “sopra” o que se pode para que uns tantos militares erradiquem a Esquerda do Poder, só pode conduzir ao encerramento dessa televisão.



Recordo, entre o azedo e o divertido, que o encerramento da VORGAN, a rádio da UNITA, foi particularmente aplaudida pelo tutti quanti dos neo cons, aos neo libs, (e à generalidade da Esquerda…), pelas mesmíssimas razões que conduziram às opções de Chavez…



É este aliás o problema dos neocons e dos neolibs – têm sempre dois pesos e duas medidas, sendo que o único peso e medida essencial é o peso de um lucro absurdo que sempre se exige.



Chavez domina na América Latina, um continente que ainda agora dá origem a filmes como o Bordertown, (onde operárias vivem abaixo do limite da sobrevivência para que “empresários” vivam acima do luxo…), filme que curiosamente foi esquecido nas criticas “cinéfilo literárias” d’o PUBLICO…apesar dos actores que tem e das interpretações que mostra…daí o seu peso político…



O Liberalismo foi um movimento revolucionário, radical em muitas das suas componentes, e dele nasceu, curiosamente, tanto os Socialistas que hoje conhecemos, como os Comunistas que hoje ainda temos.



Liberdade, Igualdade, Fraternidade, no contexto de uma Economia de Mercado, dominantemente Privatista, onde a Solidariedade surgia, quer por via de actividade dominantemente também Privatista, quer por via do sentimento de Solidariedade inerente aos Liberais de então. Existem, em Portugal e nas ex colónias portuguesas, muitos exemplos dessa Solidariedade, desde as Mútuas, ao Bairros Operários…



As Liberdades, formais, eram então complementadas, de forma progressiva, pelas Liberdades de conteúdo, tal como a existência de Sindicatos, de Cooperativas, de actividades múltiplas de Solidariedade grupal.



É neste contexto que a Esquerda se afasta dos Liberais, enquanto que estes, entretanto, nunca aceitaram na sua “família” os conservadores de então.



Recordemos, para o caso português, o papel de Sidónio Pais e do Sidonismo, exemplo claro de um conservadorismo democrático, diga-se de passagem…ainda que nascido por via de um golpe de estado anti Partido Republicano. No caso, os Liberais, rejeitando e opondo-se ao Sidonismo, ao mesmo tempo que se opunham à Esquerda dominante de então, o Anarquismo, acabaram por ser derrotados por uma Santa Aliança entre os Conservadores de então, os Monárquicos e os Fascistas, dando origem ao regime para fascista de Oliveira Salazar.



Penso que fica visível que as Liberdades Formais andaram sempre a par com as componentes substancias das mesmas, aquando dos autênticos Liberais…



Os neolibs não são mais que Conservadores, (ultraconservadores…), que se acantonaram na defesa da Economia Capitalista, (algo que distingo da Economia de Mercado…), enquanto a “autêntica” Economia de Mercado, mesmo que para tal fosse necessário erradicar da vida social e política – as mesmas Liberdades Formais…



Recordemos o Chile de Allende, aliás toda a década de 60 do século XX, na América Latina para entender o que é isto dos neolibs…ditaduras, assassinatos em massa, destruição das componentes sociais, todas, da Economia e da Sociedade, em nome da “liberdade da propriedade privada” e do seu uso desbragado.



Os neocons, entretanto, e Fukuyama mostra-o, ex neocon que é, não são mais que uma versão “moderna”, dos neolibs e o desastre do Iraque, ( mas não só…), está aí a mostrar o desastre da sua política. O próprio Fukuyama já o reconheceu…



Curiosamente, foi no contexto do Clube da Esquerda Liberal, onde andei e onde me orgulho de ter andado, que relevei estas diferenças, bem ao contrário de JC Espada…



Na altura havia que ir à raiz da Esquerda hodierna, a Esquerda Liberal, para distinguir uma parte da Esquerda, da então muito influente Esquerda Comunista. No PS inclusive, criei um grupo que se denominou Ala Socialista Liberal, aí pelos princípios de 1985/6…



Neste contexto de forte debate de ideias estava sempre presente, enquanto referência, Mário Soares, precisamente porque víamos nele um leader que ia bem mais para além da defesa das Liberdade Formais, mas que recusava linearmente as concepções estatizantes de uma parte do PS, então liderada pelo trio Vitor Constâncio/António Guterres/Jorge Sampaio.



Mas, mais uma vez, ser-se anti estatista não significava recusar a intervenção modeladora do Estado, em nome até de uma Economia de Mercado subvertida pela estrita lógica do Lucro que anulava até a ideia da generalização da propriedade privada…a essência da mesma e a raiz do Cooperativismo note-se.



Enfim, para já fiquemo-nos por aqui,







Joffre Justino
publicado por JoffreJustino às 14:40
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Segunda-feira, 6 de Agosto de 2007

Apontamento sobre texto recebido de JOFFRE JUSTINO de João Craveirinha

No cômputo geral há uma certa coerência no statement de JOFFRE JUSTINO vis a vis contemporizador, somente hoje possível. Todavia, cada item per se em alguns detalhes teriam de ter uma análise mais profunda como por exemplo a partir de 1960, o que gerou a precipitação da “guerra de terror” da UPA / FNLA / pressionada por Joseph Desiré Mobutu / CIA norte--americana, na altura. (A fase dos mercenários europeus viria muito mais tarde em 1975. Á posteriori alguns dos quais (portugueses) reciclados na Rodésia como tampão ao avanço do ZANU/ZAPU/ANC a partir de Moçambique. Assim se iniciaria uma forjada resistência a partir de 1976, contra o recém independente Moçambique. No entanto “aproveitada” por dissidentes Moçambicanos com apoio da África do Sul do Apartheid como parte interessada.
Sobre a questão do período da década de 1960 (em África) os menos atentos dirão: - interferência dos blocos da guerra-fria! Querendo com isto retirar aos africanos, a consciência política da legitimidade do acto libertador (independentista) ainda que conturbado como todo o processo costuma ser. Será necessário que nos debrucemos sem falácias nos cingindo a uma ilação académica sem extrapolação para o MPLA / UNITA por comparação de tipo tabula rasa. Isso anulando os erros históricos de uns e outros numa assumpção niilista dos factos e minimalista, remetendo a interesses dentro das geo-estratégias da guerra-fria. No entanto havia um nacionalismo implícito a todos os intervenientes africanos para além das ambições pessoais e ideologias. Por outro lado em guerra, actos cruéis são infelizmente comuns e muitas vezes fruto de violência gratuita. O que diferencia tão-somente é quem está com a “legitimidade histórica” ou não. Nesse caso a potência colonial sempre será mais penalizada à Luz da História. Nessa época independentista africana, a História ainda não era o FIM, como o neo-conservador norte-americano, Yoshihiro Francis Fukuyama, anunciaria no seu “ FIM da HISTÓRIA”, muitas décadas depois (1989). Os tempos eram outros: a do “maquis” (guerrilha na mata africana) cantada pelo congolês – angolano radicado em França, Sam Mangwana, na sua composição poética e musical do “Galo Negro”: …” Escuta minha história morena … linda morena escuta esta canção…história de minha vida… ajuda-me para esquecer, todo o sofrimento que eu vivi da escravatura…dos compradores… por favor, ajuda-me…para sentir e gozar esse dia, como um galo que canta quando chegar a madrugada da esperança…dá-me coração (coro feminino) …dá-me tu Amor…donne moi ton’amour…Quando combatemos nas matas d’África…Angola, Cabo-verde…Guiné, S.Tomé e Príncipe, Moçambiquee…chiquitáá, chiquita”…
É isso aí, eram os tempos do canto do Galo Negro. Eram os tempos do maquis na luta pelas independências africanas nas antigas colónias portuguesas. Era o (re) início da História retroactiva sonegada aos povos dessa África durante séculos. E esses tempos do canto do Galo Negro, já envelhecido, retornariam ao maquis depois da madrugada da esperança quando o Sol raiou e a ilusão se desvaneceu. É outro livro doloroso da História da História de África. Mas isso, já é depois do FIM da HISTÓRIA do Fukuyama (1989). JC João Craveirinha
publicado por JoffreJustino às 14:25
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Sexta-feira, 3 de Agosto de 2007

Morreu Holden Roberto, um dos Pais da Pátria Angolana, o ultimo a Falecer

Holden Roberto, Presidente da FNLA, fundador da UPA, (não da UPNA, como já vi noticiado, pois aí não foi fundador), faleceu neste 2 de Agosto de 2007.

Um dos Pais da Pátria Angolana, ao lado de Agostinho Neto e de Jonas Savimbi, foi também um dos cidadãos Angolanos mais vilipendiados a nível internacional, por certos sectores de alguma Esquerda dogmática e, claro, da Direita revanchista.

Pró ocidental, num contexto de crescendo do prosovietismo e bastante pouco pró português, nascido que foi, politicamente, em um tempo em que “todos” o eram note-se, Holden Roberto, viveu toda a sua vida politica na margem do politicamente correcto.

O que o deixou sempre bastante limitado na sua capacidade de afirmação política.

Tal, aliado a erros apreciáveis da UPNA/UPA/FNLA, e também dele, ao iniciar da Luta Armada, (por exemplo não entendeu a importância de uma aliança com a Oposição Democrática Portuguesa, que lhe terá sido proposto antes do 4 de Fevereiro, assim como com os nacionalistas de Luanda), e a dificuldades de liderança bastante evidentes, (recordemos as criticas de Jonas Savimbi a FNLA/ Holden Roberto, ao tempo do GRAE), conduziu a uma falência da FNLA ainda antes do 25 de Abril.

Como sucedeu com o MPLA, e de certa forma com a UNITA, que demorava a crescer no plano nacional…

Com o 25 de Abril e o processo de pré Independência, a FNLA ao falhar a tomada de Luanda perdeu-se.

A pouco e pouco os membros da FNLA ou aceitaram participar nas benesses do Regime do MPLA/PT, ou aderiram à UNITA, sendo uma das suas bases de crescimento a Norte e Nordeste.

Holden Roberto reaparece em 1992, com Bicesse e será, falha com a falência do acto eleitoral de 1992,mas é, daí em diante, uma referência, até dada a idade, ainda que sem influencia política directa.

Sou dos que entende que existiram pelo menos três UPA’s – a que fez o 4 de Fevereiro em Luanda, fora do contexto e da liderança de Holden Roberto, a que se sediava fundamentalmente fora de Angola e a que fez os ataques de Março no Norte de Angola, sendo que esta última era evidentemente teleguiada do que restava do antigo Congo Belga, ainda não totalmente Zaire, ou República do Congo.

Basta vermos como foi em 1974 tão fácil montar “pontes aéreas” para tirar de Angola cerca de 300 000 pessoas, para entender os interesses que não se terão movimentado em 1961, momento em que Portugal estava bem mais isolado do Mundo…e teria de sair das suas ex colónias a todo o custo, para se entender o peso da influência externa em Angola.

O regime fascista de Salazar é, sem dúvida, o responsável por tal situação.

Fez o possível para eliminar a elite angolana nascida com a presença de Portugal em Angola, antes até desta ter nascido, isolando-se dentro de Angola.

Limitou ao que pôde nas décadas de 30 e 40 a ida de portugueses para Angola, impedindo outro crescimento para Angola.

Recusou o diálogo com as forças pré nacionalistas na década de 50, eliminando a hipótese de uma Independência nascida no diálogo entre Portugueses e Angolanos.

Mas hoje, para uns tantos, o que conta é continuar a alimentar feridas antigas, como os massacres de Janeiro/Março de 1961, feitos de parte a parte e, por isso, há que continuar a vilipendiar Holden Roberto, Jonas Savimbi e, claro, também Agostinho Neto.

Por isso defendo há anos que Angola deve perdoar-se a si mesma e assumir o Respeito e Amor aos Pais da Pátria Angola, todos eles – Agostinho Neto, Holden Roberto e Jonas Savimbi - insttitucionalmente.

Marcando-se assim a diferença.

Fica aqui pois a minha Homenagem a Holden Roberto, Presidente da FNLA, que tive o prazer de conhecer, ainda que brevemente através do meu amigo William Tonet.





Joffre Justino
publicado por JoffreJustino às 12:09
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