Segunda-feira, 6 de Setembro de 2010
“As tragédias do nosso passado
serão as tragédias do nosso
Futuro”
Hans-Gert Pottering
In, i 1907010
Recordo um debate que tive com Eduardo Prado Coelho, (EPC), aí pelos finais dos anos 70, precisamente por causa desta ideia, na altura “na berra”, a de que os “independentes” seriam os isentos, e os sérios, (tese de Eduardo Prado Coelho, e não só), deste festival em que uma boa parte da comunicação social transformou a politica.
Já nesse tempo se adivinhava a dificuldade que existe, numa parte da elite, em Portugal, em se assumir enquanto presente na vida politica com um ideário político, pois tal dificultava a “vidinha” e os “arranjinhos”, esses sim por via dos “amiguismos” pluripartidários que se arranjavam desde os bancos de escola…
Na verdade, assumir um ideário, de forma organizada, militantemente, para os tais independentistas, (EPC incluído) é, ser-se “um bonzo”, (foi a denominação que fui tendo, apesar de estar à época, tal qual o EPC, curiosamente, a militar na mais que minúscula UEDS de Lopes Cardoso e de Fernanda Lopes Cardoso), quando, em Democracia, é, tão somente, assumir o risco de se ser discriminado no local de trabalho, na vida social, etc.
Por muitos “tachos” que existam para ocupar….De facto, se o tal “tacho” é para ser ocupado por um independente deixa de ser tacho e passa a ser uma função, um encargo, um acto cívico!
Vem tudo isto a propósito de um noticia vinda hoje no DN.
Assim, “o reforço da Unidade Técnica de Apoio orçamental, (UTAO), com João Manuel Alves Lobato está a causar interrogações no Parlamento, uma vez que se trata de um militante do PS activo…”.
Pensava eu que estava em Democracia e que o tempo das declarações de anticomunismo para se ter direitos especiais, do tempo salazarento, tinham acabado!
Fica-se na dúvida se esta atitude anti partidária vem do PSD, pois a noticia só refere a existência de “fontes parlamentares” para que a noticia tenha surgido
E eu espero ansiosamente que tal não venha do PSD, o segundo maior partido politico português, e ao que sei o maior partido politico quanto ás presenças no Poder Local, área de intervenção, ao que parece pela noticia do militante socialista que se prepara para ser discriminado, por o ser!
E por ser militante de um partido político, em Democracia, no mesmo ano em que nas aulas, (da minha Escola Profissional por exemplo, a EPAR, mas tal como em todas), se incentiva a Cidadania por via do incentivo da Juventude à participação na vida politica, social e cultural!
Por onde andamos?
Estranho e enojo-me com este tipo de noticias, e informo que sou militante do PS, o mesmo Partido que quando estava no governo com António Guterres, me sancionou, isto é me proibiu de trabalhar e de ser remunerado, por ser, à época, dirigente da UNITA!
Porque, na verdade, o que sou é Socialista e o Socialismo em Portugal, onde vivo, existe no PS, pelo que é lá que tenho de estar se quero criar as condições para que o Socialismo democrático vingue em Portugal.
Mesmo que o “PS”, (isto é, alguns no PS), me maltrate, como se viu acima que me maltratou, ilegal e imoralmente, sancionando-me com sanções ilegais e imorais provindos de uma estrutura antidemocrática que se chama Nações Unidas!
Reparemos que me entristece bastante o facto desta noticia vir no DN, jornal que respeito há anos, onde escrevi anos a fio, e que como se lembram, se publicou a minha exigência de a comunicação social pedir desculpa a Sócrates e aos Socialistas, perante o caso FREEPORT, já que foi o único jornal que o fez.
Aliás até hoje, o silencio sobre este pedido de desculpas inexistente é de um ruído incomensurável, diga-se.
Mas pronto, alguns, jornalistas ou não, continuam a pensar que as ditas próximas eleições antecipadas irão mudar o quadro político português.
O que sinceramente, duvido imenso!
Porque o cansaço dos eleitores quanto ás “campanhas jornalísticas” à Manelinha ou à Crespo, é enorme.
E porque a crise continua a ter resposta em Portugal e a resposta tem sido dada pelo PS.
Por mais “independentes” que alguns queiram ser.
Joffre Justino