Segunda-feira, 4 de Julho de 2011
Na manhã de 14 Maio, o dia em que foi preso, Dominique Strauss-Kahn (DSK)
tinha sido aconselhado pelos serviços secretos franceses (DGSE) a abandonar
os EUA e regressar rapidamente à Europa, descartando-se do telemóvel para
evitar que pudesse ser localizado. A delicadeza da informação secreta que lhe
tinha sido entregue por agentes "d...elatores" da CIA justificava tal precaução.
Strauss-Kahn tinha viajado para os Estados Unidos para clarificar as razões que
levavam os norte-americanos a protelar continuamente o pagamento devido ao
FMI de quase 200 toneladas de ouro. A dívida, com pagamento acordado há
vários anos, advém de ajustes no sistema monetário - "Special Drawing Rights" (SDR's).
As preocupações do FMI sobre o pagamento norte-americano ter-se-iam avolumado
recentemente. Nesta viagem Strauss-Kahn estaria na posse de informação relevante
que indiciava que o ouro em questão já não existe nos cofres fortes de Fort Knox nem
no NY Federal Reserve Bank.
Mas Strauss-Kahn terá cometido um erro fatal: ligou para o hotel, já da plataforma de
embarque, pedindo que o telefone lhe fosse enviado para Paris, o que permitiu aos
serviços secretos americanos agir nos últimos minutos. O resto dos factos são do conhecimento público.
Já em prisão domiciliária, em Nova Iorque, DSK terá pedido ajuda ao seu amigo Mahmoud
Abdel Salam Omar, um influente banqueiro egípcio. Era muito importante, para fundamento da
defesa, que o egípcio lhe conseguisse obter a informação privilegiada sobre a "mentira" do ouro,
que DSK tinha deixado "voar" em NY, para justificar a teoria da perseguição. No entanto a
intervenção voluntariosa do banqueiro egípcio saiu gorada. Dias depois Salam Omar foi igualmente
preso nos Estados Unidos, também ele acusado de assédio sexual a uma empregada de hotel. Relatórios
de diferentes serviços secretos internacionais convergem na conclusão: os factos que motivaram a prisão
do egípcio são altamente improváveis, Salam Omar é um muçulmano convicto e um homem com 74 anos
de idade.
A inversão de sentido na história da suite do Sofitel de NY começava aqui a ganhar consistência e outros
factos viriam ajudar.
Em Outubro de 2009, Pequim terá recebido dos EUA cerca de 60 toneladas de ouro, num pagamento
devido pelos americanos aos chineses, como acerto de contas no balanço de comércio externo.
Com a entrega, Pequim testou a genuinidade do ouro recebido tendo concluido que se tratava de "ouro falso".
Eram barras de tungsténio revestido a cobertura de ouro. As 5.700 barras falsas estavam devidamente
identificadas com chancela e número de série indicando a origem - Fort Knox, USA.
O congressista Ron Paul, candidato às eleições presidenciais de 2012, solicitou no final do ano passado uma
auditoria à veracidade das reservas do ouro federal que foi rejeitada pela administração Obama.
Numa entrevista recente, questionado sobre a possiblidade de ter desaparecido o ouro federal de fort Knox,
o congressista Ron Paul gelou os interlocutores respondendo liminarmente: "É bem provável!"
À "boca fechada" têm vindo, aqui e ali, a escapar informações, a avolumar-se incertezas sobre as reservas
de ouro norte-americanas. Mas as notícias referentes aos fortes indícios que de o ouro seja apenas virtual
têm colhido uma tímida atenção na comunicação social americana.
A "verdadeira história" por detrás da prisão de DSK, agora pública, consta de um relatório secreto preparado
pelos serviços de segurança russos (FSB) para o primeiro-ministro Vladimir Putin. Talvez por isso Putin tenha
sido o primeiro lider mundial a assumir publicamente a ideia de que DSK terá sido "vítima de uma enorme
conspiração americana".
Estes factos, a confirmarem-se, em nada ilibam DSK na suspeição que sobre si recai do eventual crime de assédio
sexual a uma empregada do hotel mas, quem sabe, essa possa revelar-se como a pequena e ingénua ponta de um
grande iceberg.
A ser verdade, os serviços secretos norte-americanos, seguramente bem informados, terão sabido tirar partido
das fraquezas do inimigo-alvo, aniquilando-o com eficácia cirurgica - um pequeno crime de costumes, tão ao gosto
do imaginário popular, pode bem ter contribuido para abafar crimes de contornos bem mais sérios, por eliminação
de testemunha ou de prova.
Entretanto DSK prepara activamente a defesa em tribunal arregimentando já um verdadeiro "crack team" de
ex-espiões da CIA, investigadores, detectives e media advisors.
30/6/2011 13:34, Por Voa News
O MPLA dá a mão à palmatória
A UNITA afirma que o MPLA reconheceu, finalmente, terem-se registado
casos de intolerância política na Província do Huambo.A UNITA diz ter
havido, desta vez, uma evolução na avaliação que a Comissão de
Inquérito Parlamentar fez à última fase de investigações sobre alegados
casos de intolerância política na província do Huambo.
“Houve , de facto, uma evolução depois do anterior posicionamento
negativo do deputado Higino Carneiro durante a primeira fase”, declarou
hoje à VOA o porta-voz da UNITA, Alcides Sakala.
Num primeiro balanço feito no final da primeira fase, que terminou em Maio
último, Higino Carneiro, coordenador da comissão de inquérito , tinha
minimizado as queixas apresentadas pela UNITA, garantindo não haver
casos de intolerência em larga escala na rgião.
Desta vez, o deputado do MPLA terá mudado de opinião, alegadamente,
depois que a comissão foi confrontada com o testemunho vivo de um militante
da UNITA que apresentava sinais de profundas queimaduras no rosto
provocados por supostos militantes do MPLA.
O porta-voz da UNITA disse que o parlamento deu um passo importante na
constatação destes factos “que espelham a persistência do clima de desarmonia
entre angolanos”. Sakala disse entretanto existirem “sérios problemas de convivência”
entre os militantes do seu partido e os do MPLA em muitas outras localidades do país
o, sugerindo que a CIP não devia confinar a sua tarefa apenas ao Huambo. “Estes conflitos
existem à nível nacional”, disse Sakala que apontou a província do Bié como outra região
nevrálgica em termos de falta de convivência entre cidadãos que se identifiquem com partidos diferentes.
“O presidente Samakuva esteve nos últimos dias no Bié onde recebeu relatos horríveis de intolerância”
, revelou.Ainda assim, Alcides Sakala, sustentou que a experiência do Huambo devia servir de ponto
de partida para a tomada de consciência sobre a necessidade da aplicação de uma verdadeira
política de reconciliação nacional.
Sakala defendeu que “a Assembleia Nacional deve encarar a situação com responsabilidade e
sentido de Estado reconhecendo que os problemas conjunturais existem e que o importante é
resolvê-los e não criar outros problemas”.
Na opinião do porta-voz da UNITA, os problemas entre o MPLA e a UNITA já devia estar ultrapassados
se as autoridades deixassem de colocar entraves na livre colocação dos símbolos de outros partidos particularmente da UNITA.
O meu amigo Eduardo vai, estou certo, aproveitar para voltar a recordar os textos do “assassino económico”, para demonstrar que o capitalismo está podre, com mais estes dois exemplos.
O que, aliás, não deixa de ser verdade, sendo que não podemos confundir o capitalismo com a economia de mercado, sendo que o primeiro não é mais que uma das possíveis versões da economia de mercado …
No entanto, o que vai escapando à análise do Eduardo, (e ele que me perdoe o coloca-lo na berlinda, mas é por pura amizade), é que nos dias de hoje o que vemos cada vez mais é o encostar dos velhos comunistas, Chineses e Cubanos, mas também, claro os Angolanos, (o meu cunhado insistirá reafirmando que o MPLA nunca foi comunista a sério…), não a uma economia de mercado onde a solidariedade conte, mas sim às mais puras lógicas do capitalismo selvagem do tempo da Revolução Industrial, bem antes do surgimento dos Sindicatos, da I Internacional, etc…
Sendo certo que a dificuldade sentida pelos EUA em reconhecerem a necessidade de modernizarem o seu tecido organizacional interno à economia de mercado deixando para trás os referenciais capitalistas selvagens, tem sido enorme, apesar de esforços como os dos Kennedy, John e Robert, ou de Jimmy Carter, ou claro de Clinton e Barack Obama.
AS “coboiadas” da CIA, (e com o que escrevo não escondo, nem tento sequer, muito da sua prática também democrática), são pois perfeitamente comparáveis com as “coboiadas” de raiz comunista, em países como a China, Cuba, ou Angola!
Trata-se de uma mentalidade que já deveria ter acabado, (sempre estamos no século XXI!), mas que lá se vai mantendo, pelo jeito que vai dando, às elites dominantes e que teimam em manter um statuquo definitivamente inaceitável.
Mas onde poucos aceitam “mexer”, pois estamos a lidar com velhos, rezingões, antipáticos e doridos ninhos de vespas!
E, claro, dói quando se tenta pôr na ordem estas coboiadas!
Foi o que terá acontecido com Dominique Strauss-Kahn (DSK) que se terá posto a mexer no ninho terrível que é a dívida americana.
Na verdade, estranhamente, como todos o sabemos, os EUA já libertaram DSK sem grandes explicações, excepto o ter-se provado que a acusadora de assédio sexual não fora em
nada inocente na historieta inventada!
E, relevo, a informação que acima divulgo me surgiu ás mãos antes da libertação de DSK!
Quanto à segunda história, recordo, e saúdo, o meu amigo Camalata Numa que com a coragem que lhe é conhecida, ignorando temores que vêm da derrota militar da UNITA, se impôs no Huambo, denunciando as violações aos Direitos Humanos em Angola e, no caso, no Huambo, com uma greve da fome, que levou a Assembleia Nacional de Angola a ameaçar a expulsão de Camalata Numa de deputado de Angola, ele que é o secretário geral do principal partido da Oposição!
Também neste caso o poder estatuído recuou e as denuncias de Sakala bem ajudaram a tal!
Eis porque, apesar da Global Crise, apesar desta crescente vitória da Direita por este Planeta fora, me mantenho optimista !
Na verdade, há quem combata por mais Democracia no Mundo, e com o risco da sua Vida, Democracia nos planos político e social, mas também económico!
E um pouco aqui, um pouco ali, vamos vendo resultados, neste tempo que que até dirigentes socialistas portugueses já verberam contra a total incapacidade da Internacional Socialista se mostrar de garra afiada neste Planeta globalizado!
Estamos a pagar enfim, os Méxicos, as aceitações do MPLA na Internacional Socialista etc….
Com, claro, pagamos as traições à Esquerda do Partido Comunista da China, ou do Partido Comunista de Cuba, ou do MPLA.
Só que com ou sem a Internacional Socialista, com ou sem o Partido Socialista Europeu, o Mundo gira e Muda!
As greves crescentes na República Popular da China, as movimentações desta nova Geração Angolana, com as suas manifestações, por enquanto minoritárias, e de homens como Camalata Numa e Alcides Sakala, ou dos Justino e Vicente Pinto de Andrade, de Vieira Lopes, e o descontentamento em Cuba, mostram que isto Muda, a gosto ou a contra gosto de amigos meus, ou de inimigos meus claro!
As coboiadas têm os dias contados, a não ser que nos queiramos suicidar, deixando que as Agencias de Notação sejam consideradas algo natural, como surge hoje em mais um texto à cowboy de João Caetano e Nicolás Lori, que chegam ao despalnte de considerar que quem critica as Agencias de Notação está a atacar o meteorologista pelo mau tempo!
Dizer idiotices como “Poderão alguns, à esquerda, dizer que deveríamos abandonar o sistema de mercados para defender o Estado Social”, é tão idiota como dizer que Charles De Gaulle, ou Churchill, eram comunistas, (mas relevo, foi-o dito!...até pelos nazis!), como dizer ainda que “as agencias de rating representam os outros que emprestam dinheiro”, é fingir que sempre foi assim no Universo, o que é uma rematada mentira, mesmo no modelo capitalista selvagem!
Vivemos hoje sim um tempo em que a Esquerda se encontra totalmente desestruturada, dividida e amarrada a princípios e funcionalidades fora do contexto do século XX!, da Globalização, enquanto que a Direita se reorganizou, e existe Globalmente!
E, no pior dos sentidos, à volta de fascistas globais, ( mais no sentido dos sem pátria), como o senhor M. Friedman e seus capangas, os mesmos que mataram Salvador Allende!
Joffre Justino